ROMANOS
1:1-32
1Paulo,
servo de Cristo Jesus, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de
Deus, 2o qual foi prometido por ele de antemão por meio dos seus profetas nas
Escrituras Sagradas, 3acerca de seu Filho, que, como homem, era descendente de
Davi, 4e que mediante o Espírito de santidade foi declarado Filho de Deus com
poder, pela sua ressurreição dentre os mortos: Jesus Cristo, nosso Senhor. 5Por
meio dele e por causa do seu nome, recebemos graça e apostolado para chamar
dentre todas as nações um povo para a obediência que vem pela fé. 6E vocês
também estão entre os chamados para pertencerem a Jesus Cristo.
7A
todos os que em Roma são amados de Deus e chamados para serem santos:
A
vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.
PAULO ANSEIA VISITAR A IGREJA EM ROMA
8Antes
de tudo, sou grato a meu Deus, mediante Jesus Cristo, por todos vocês, porque
em todo o mundo está sendo anunciada a fé que vocês têm. 9Deus, a quem sirvo de
todo o coração pregando o evangelho de seu Filho, é minha testemunha de como
sempre me lembro de vocês 10em minhas orações; e peço que agora, finalmente,
pela vontade de Deus, me seja aberto o caminho para que eu possa visitá-los.
11Anseio
vê-los, a fim de compartilhar com vocês algum dom espiritual, para fortalecê-los,
12isto é, para que eu e vocês sejamos mutuamente encorajados pela fé. 13Quero
que vocês saibam, irmãos, que muitas vezes planejei visitá-los, mas fui
impedido até agora. Meu propósito é colher algum fruto entre vocês, assim como
tenho colhido entre os demais gentios.
14Sou
devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes. 15Por
isso estou disposto a pregar o evangelho também a vocês que estão em Roma.
16Não
me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo
aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego. 17Porque no evangelho é
revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como
está escrito: “O justo viverá pela fé”.
A IRA DE DEUS CONTRA A HUMANIDADE
18Portanto,
a ira de Deus é revelada dos céus contra toda impiedade e injustiça dos homens
que suprimem a verdade pela injustiça, 19pois o que de Deus se pode conhecer é
manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. 20Pois desde a criação do
mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina,
têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de
forma que tais homens são indesculpáveis; 21porque, tendo conhecido a Deus, não
o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos
tornaram-se fúteis e o coração insensato deles obscureceu-se. 22Dizendo-se
sábios, tornaram-se loucos 23e trocaram a glória do Deus imortal por imagens
feitas segundo a semelhança do homem mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes
e répteis.
24Por
isso Deus os entregou à impureza sexual, segundo os desejos pecaminosos do seu
coração, para a degradação do seu corpo entre si. 25Trocaram a verdade de Deus
pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do
Criador, que é bendito para sempre. Amém.
26Por
causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram
suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. 27Da mesma
forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se
inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes,
homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua
perversão.
28Além do mais, visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam. 29Tornaram-se cheios de toda sorte de injustiça, maldade, ganância e depravação. Estão cheios de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia. São bisbilhoteiros, 30caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos; inventam maneiras de praticar o mal; desobedecem a seus pais; 31são insensatos, desleais, sem amor pela família, implacáveis. 32Embora conheçam o justo decreto de Deus, de que as pessoas que praticam tais coisas merecem a morte, não somente continuam a praticá-las, mas também aprovam aqueles que as praticam.
ENTREM PELA PORTA ESTREITA
POIS LARGA É A PORTA
E AMPLO O CAMINHO
QUE LEVA À PERDIÇÃO
E SÃO MUITOS OS QUE
ENTRAM POR ELA
"NÃO FOSTES CRIADOS
PARA VIVER COMO BESTAS
MAS PARA PERSEGUIR
A VIRTUDE E O
CONHECIMENTO"
O ódio do bem
O conluio do bem
A mentira do bem
A dissimulação do bem
A perseguição do bem
A calúnia do bem
A traição do bem
A sabotagem do bem
A corrupção do bem
O roubo do bem
A feitiçaria do bem
Os demônios do bem
O satanismo do bem
NOOOOSSA
Que maravilha
Quanta bondade!!!
Raça de víboras
Vocês amaram mais as trevas
Do que a luz!!!
EDUCAÇÃO SEM REFLEXÃO
É PURA ESQUERDOPATIA
Os acadêmicos e universitários
De mente científica
Analítica
E muito questionadora
Negam radicalmente
A existência de Deus
Em contrapartida
Acreditam cegamente
Na inocência do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva
A alma mais honesta
Do Brasil
Não é bom
Para a saúde mental
Dos educadores
E muito menos
Para o desenvolvimento
Cognitivo comportamental
Dos educandos
Transgredir
A veracidade dos fatos
Infringir
O raciocínio lógico
Violar
O senso crítico
E por fim
Censurar
A liberdade de expressão
Não obstante
Por que insistir estupidamente
Com a ideologia comunista
Ou pedagogia marxista
(Doutrinação)
Uma vez que
Intrinsecamente
Moralmente
E factualmente
Não é capaz de
Transformar
Iluminar
E libertar
O próprio
Revolucionário???
Eis o cúmulo do absurdo:
Insistir com uma revolução
Que não revoluciona
O próprio revolucionador
Sejamos francos e diretos:
Ou é muita burrice
Ou é muita canalhice
O ateísmo e o materialismo
São filhos do erro e da ignorância
Da imoralidade e da corrupção
O marxismo
O comunismo e o socialismo
Com outras palavras
A inveja, a ganância e a trapaça
São três atitudes mentais
Incompatíveis
Com a realização
Do reino dos céus
Em Deus, o culto racional
Não há dialética da falsidade
Dissimulação e hipocrisia
Porém a revelação sublime
Do Espírito da Verdade
É óbvio e indiscutível
Para qualquer pessoa sensata
Que o fim do conflito
Entre o opressor e o oprimido
A velha luta de classes
Se dará unicamente
Com o advento
Da gestação
Do Homem Novo
Mas para que este evento
De natureza crística ocorra
É indispensável e urgente
Estabelecer o autoconhecimento
Como base para a educação
A educação
Sem o conhecimento de si mesmo
Se não for um vergonhoso
Pão-com-mortadela
(Militância política)
É sem sombra de dúvida
Um edifício belo e grandioso
Todavia sem nenhum alicerce
(Ativismo judicial)
"E desceu a chuva
E correram rios
E assopraram ventos
E combateram aquela casa
E caiu
E foi grande a sua queda"
CARINHOSAMENTE E
COM INFINITO AMOR
A TODES QUERIDES AMIGUES
O Terrível Adestrador
"A instrução ensina o homem a descobrir as leis da natureza, isto é, a ciência; mas a educação leva o homem a criar valores dentro de si mesmo."
Huberto Rohden
Coleção Filosofia Universal
https://drive.google.com/file/d/1NOlafedLXA5j-bIe3np6MVCInkWK2ENp/view?usp=sharing
O Espírito da Filosofia Oriental05.09.2019
Coleção Filosofia do Evangelho
O Triunfo da Vida sobre a Morte
Coleção Filosofia da Vida
https://drive.google.com/file/d/18rw25pak8pVRQabczLMUg7Jcyhczj3zI/view?usp=sharing
Porque Sofremos
https://drive.google.com/file/d/1JkQCwC-IPc2DF6wraxl2oc7sP7DyoGJ4/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/14uvx4sM4gIdJ2hp-RvLkzHRAY2iyzgx4/view?usp=sharing
Luzes e Sombras da Alvorada20.08.2019
https://drive.google.com/file/d/1xriXdfOPFhFCEfqDczAPyjx11_oqlyab/view?usp=sharing
Rumo à Consciência Cósmica16.09.2019
https://drive.google.com/file/d/1J2D8ZisXRNdsWXIp8QOAAxcqRGUYzSsK/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1blCOxiQ6IhREY6MKii2kkiO6HC83og7n/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/13DWoDZNdS6B4FuzhjV8jWOQxd7yBHcuI/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1DqUyNlkfO6qADFfYevs1b_38OyFPKC5H/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/0B6bn6CL5zMVZaE5kdnBYVlMxeUU/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/0B6bn6CL5zMVZMkxCdlNmVVctZ00/view?usp=sharing
Em Espírito e Verdade*
https://drive.google.com/file/d/0B6bn6CL5zMVZWkhNNnNHQjVYRU0/view?usp=sharing
Novo Testamento NOVO!!! 29.05.2021
https://drive.google.com/file/d/1nEsZ8zxtZU42M8Q48Z7_RAC593F8i5kp/view?usp=sharing
Primeira Epístola de São Pedro NOVO!!! 23.06.2020
Segunda Epístola de São Pedro NOVO!!! 23.06.2020
Primeira Epístola de São João NOVO!!! 25.06.2020
https://drive.google.com/file/d/1SijzKDMkw9qaWn6KVQxzoMGN-NxfU1UM/view?usp=sharing
Segunda e Terceira Epístola de São João NOVO!!! 26.06.2020
Coleção Mistérios da Natureza
https://drive.google.com/file/d/19HMkP2D92uvR4ejEqAEVkYgB5Y0HKNx7/view?usp=sharing
Coleção Biografias
https://drive.google.com/file/d/13Q5KVS-fyD6zfnKh1iIUBzVrJA11YXOI/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1aFJjdxh64TioWJqHiRCcXm7bFWhmKxuX/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1w--MzP_HSGmllizC4Ta3l5mp6m_Gv1XY/view?usp=sharing
Coleção Opúsculos
https://drive.google.com/file/d/1xpnPQ4eULYdYnZMn0Imb0SBwsOfr-0ao/view?usp=sharing
Pelo Prestígio da Bíblia
Swami Sivananda - O Poder do Pensamento pela Ioga NOVO!!! 08.12.2019
Zoraida H. Guimarães - Um Pilar de Luz no Cosmo - Huberto Rohden NOVO!!! 18.12.2019
Hazrat Inayat Khan - Filosofia, Psicologia e Misticismo NOVO!!! 15.02.2020
Rudolf Steiner - A Arte da Educação I
Rudolf Steiner - A Arte da Educação II
Rudolf Steiner - A Arte da Educação III
Rudolf Steiner - A Ciência Oculta
https://drive.google.com/file/d/120sGSxpAwj5BS0p0coM2xC1yerJVBdFr/view?usp=sharing
Rudolf Steiner - A Eterização do Sangue
Rudolf Steiner - Andar, Falar, Pensar
https://drive.google.com/file/d/1LZSUzIEXE78XPdsh_18qfQn3gxyi969G/view?usp=sharing
Rudolf Steiner - Educação na Puberdade (O Ensino Criativo)
Rudolf Steiner - O Evangelho Segundo Marcos
https://drive.google.com/file/d/1GoyRxMYXAIDklY2H9GIrOw_1_LfyeNg3/view?usp=sharing
Rudolf Steiner - O Portal da Iniciação
https://drive.google.com/file/d/1IpCLLl48xW11zqHm4sMVmizlqM8KVtnI/view?usp=sharing
Rudolf Steiner - Verdade e Ciência
https://drive.google.com/file/d/1X8AcbL6diGuwa3tlXdMaufEsOS_fefYH/view?usp=sharing
Trigueirinho - A Energia dos Raios em Nossa Vida
Trigueirinho - Hora de Crescer Interiormente
Trigueirinho - Caminhos para a Cura Interior
Trigueirinho - O Novo Começo do Mundo
Trigueirinho - A Nave de Noé
Trigueirinho - Aos que Despertam
Trigueirinho - O Livro dos Sinais
Trigueirinho - Viagem por Mundos Sutis
Paramhansa Yogananda
Yogananda - Como Ser Feliz o Tempo Todo
Ramatís
Obras psicografadas por Hercílio Maes
Ramatís - 03 - A Vida Além da Sepultura
https://drive.google.com/file/d/0B6bn6CL5zMVZVHFWYk8yN1Q4Sms/edit?usp=sharing
Ramatís - 04 - A Sobrevivência do Espírito
https://drive.google.com/file/d/0B6bn6CL5zMVZQmdwQWpGZjVuRVk/edit?usp=sharing
Ramatís - 05 - Fisiologia da Alma
https://drive.google.com/file/d/0B6bn6CL5zMVZOWJVZFpOMUVxVWc/edit?usp=sharing
Ramatís - 06 - Mediunismo
https://drive.google.com/file/d/0B6bn6CL5zMVZcGEySUIxYWhXZGM/edit?usp=sharing
Ramatís - 07 - Mediunidade de Cura
Ramatís - 08 - O Sublime Peregrino
Ramatís - 09 - Elucidações do Além
Ramatís - 10 - A Missão do Espiritismo
Ramatís - 11 - Magia de Redenção
Ramatís - 12 - A Vida Humana e o Espírito Imortal
Ramatís - 13 - O Evangelho à Luz do Cosmo
Ramatís - 14 - Sob a Luz do Espiritismo
Obras psicografadas por América Paoliello Marques
Ramatís - 15 - Mensagens do Grande Coração
https://drive.google.com/file/d/0B6bn6CL5zMVZQ21EUEhoOUlJQ2c/edit?usp=sharing
Ramatís - 16 - Brasil, Terra de Promissão
https://drive.google.com/file/d/0B6bn6CL5zMVZZnVEY3BndmJtV0E/edit?usp=sharing
Ramatís - 17 - Jesus e a Jerusalém Renovada
Ramatís - 18 - Evangelho, Psicologia, Ioga
Ramatís -19 - Viagem em Torno do Eu
Obras psicografadas por Maria Margarida Liguori
Ramatís - 20 - Momento de Reflexão Vol. 1
Ramatís - 21 - Momento de Reflexão Vol. 2
Ramatís - 22 - Momento de Reflexão Vol. 3
Ramatís - 23 - O Homem e o Planeta Terra
Ramatís - 24 - O Despertar da Consciência
Ramatís - 25 - Jornada de Luz
Ramatís - 26 - Em Busca da Luz Interior
Obra psicografada por Beatriz Bergamo
Obras psicografadas por Marcio Godinho
Ramatís - 28 - As Flores do Oriente
Ramatís - 29 - O Universo Humano
Ramatís - 30 - Resgate nos Umbrais
Obra psicografada por Hur Than De Shidha
Obras psicografadas por Norberto Peixoto
Ramatís - 33 - Chama Crística
Ramatís - 34 - Samadhi
Ramatís 40 - Diário Mediúnico
Ramatís - 41 - Mediunidade e Sacerdócio
Ramatís - 42 - O Triunfo do Mestre
W. W. da Matta e Silva
W. W. da Matta e Silva - Umbanda e o Poder da Mediunidade
W. W. da Matta e Silva - Umbanda de Todos Nós
Helena P. Blavatsky
Ísis Sem Véu
VOLUME I - CIÊNCIA I
Prefácio
Capítulo 1 - Coisas Velhas com Nomes Novos
Capítulo 2 - Fenômenos e Forças
Capítulo 3 - Condutores Cegos dos Cegos
Capítulo 4 - Teorias a Respeito dos Fenômenos Psíquicos
Capítulo 5 - O Éter ou Luz Astral
Capítulo 6 - Fenômenos Psicofísicos
Capítulo 7 - Os Elementos, os Elementais e os Elementares
Capítulo 8 - Alguns Mistérios da Natureza
VOLUME II - CIÊNCIA II
Capítulo 9 - Fenômenos Cíclicos
Capítulo 10 - O Homem Interior e Exterior
Capítulo 11 - Maravilhas Psicológicas e Físicas
Capítulo 12 - O Abismo Impenetrável
Jorge Elias Adoum
Jorge Adoum - As Chaves do Reino Interno
Jorge Adoum - A Magia do Verbo ou o Poder das Letras
Jorge Adoum - Poderes ou o Livro que Diviniza
Jorge Adoum - Rumo aos Mistérios
Jorge Adoum - O Reino ou o Homem Desvendado
Santiago Bovisio
Curso 3 - Vida Interior
https://drive.google.com/file/d/1vSNP3yJ0Tu_AHxjR5auOrsWCp3wUJkP8/view?usp=sharing
Curso 4 - Vida Espiritual de Cafh
Curso 11 - Cerimoniais, Orações e Hinos
Curso 13 - A Ascética da Oração
https://drive.google.com/file/d/1MC_xeRmbNKPaB17RnRCab0vC-xDQKffY/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1XT8VJPIv8lhJX4njrHFjs-Qr-QCn3ubp/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1H4LTTAKbq3HDPjgVRilln35sXwJo34B3/view?usp=sharing
Curso 17 - A Vocação Contemplativa
https://drive.google.com/file/d/1C11g77AqXzkvvYcOVd_uv5iV5cLoQZ4R/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1IKh-tVZRdJ3ugpAEcY9CoWgJG5Nbbj0a/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1VZw6f6PVkmtA5zsBCmUE62XSCvynEsaR/view?usp=sharing
Curso 22 - Métodos de Meditação
Curso 26 - História das Ordens Esotéricas
https://drive.google.com/file/d/1VES1iKFAHs5XF-lYx3ResxZOvebl5cLn/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1NfPTaEDLDEVQAVrPm1QHmF2G35qQOpHR/view?usp=sharing
Curso 31 - Teologia
https://drive.google.com/file/d/1euj9HCZGfWgU_7orZrGuQ5UInli1FU6M/view?usp=sharing
Curso 36 - O Devenir
Curso 37 - A Ciência da Vida
Curso 38 - A Aura Astral
Curso 39 - O Sistema Planetário
Curso 41 - As Rodas Etéreas
Curso 42 - Exercícios Mágicos
Curso 44 - Superiores de Comunidade
Curso 45 - Intimidade dos Perfeitos
Curso 46 - Interpretação para Ordenados de Comunidade
https://drive.google.com/file/d/1rKH8UBo6Peoir6s69V-vCo39peDtgWxf/view?usp=sharing
Curso 47 - Conferencias de Embalse
Francisco Cândido Xavier
Obras ditadas pelo espírito André Luiz
Chico Xavier - 1 - Nosso Lar
Chico Xavier - 2 - Os Mensageiros
Chico Xavier - 3 - Missionários da Luz
Chico Xavier - 4 - Obreiros da Vida Eterna
Chico Xavier - 5 - No Mundo Maior
Chico Xavier - 6 - Libertação
Chico Xavier - 7 - Entre a Terra e o Céu
Chico Xavier - 8 - Nos Domínios da Mediunidade
Chico Xavier - 9 - Ação e Reação
Chico Xavier - 10 - Evolução em Dois Mundos
Chico Xavier - 11 - Mecanismos da Mediunidade
Chico Xavier - 12 - Sexo e Destino
Chico Xavier - 13 - E a Vida Continua
Mabel Collins - Luz no Caminho
Krishnamurti - Aos Pés do Mestre
Papus
Papus - A Pedra Filosofal
https://drive.google.com/file/d/0B6bn6CL5zMVZME41ZDhSaS1HSVE/view?usp=sharing
Papus - A Reencarnação
Papus - Como Está Constituído o Ser Humano
O que é a Revolução WOKE que AVANÇA sobre o mundo DESCRISTIANIZADO?
https://www.youtube.com/watch?v=dAAq3Z5nVRU
Pessoas que se identificam como cães fazem protesto: IDEOLOGIA das ESPÉCIES
Infiltração na IGREJA: REPRESENTANTE do Brasil no SÍNODO em ROMA usa linguagem "inclusiva"
https://www.youtube.com/watch?v=PZ8ZVisVCGU
MST doutrina CRIANÇAS para o COMUNISMO
https://www.youtube.com/watch?v=u1fsWPnIWq0
HAMAS diz que CONQUISTARÁ ROMA e ANIQUILARÁ ISRAEL
https://www.youtube.com/watch?v=vfg615BgOXY
SATANISMO cresce no BRASIL: "IGREJA LUCIFERIANA" usa CRUZ INVERTIDA e zomba da QUARESMA
https://www.youtube.com/watch?v=MXcZcL5gj9c
PADRE em DEFESA do TERROR
https://www.youtube.com/watch?v=tGyf9DnNY9A&t=2s
BALANÇO do SÍNODO DA SINODALIDAE 2023! Quais serão os FRUTOS?
https://www.youtube.com/watch?v=2W1oMquAfAE
CARDEAL de São Paulo assusta católicos com PERSEGUIÇÃO à SANTA MISSA
https://www.youtube.com/watch?v=cyx4wZfokQs
O ENEM virou um exame de QI (QUOCIENTE DE IMBECILIDADE)
https://www.youtube.com/watch?v=SE6wsURivJA
E AGORA DOM ODILO?
https://www.youtube.com/watch?v=6iyca49WdG4
A ESQUERDA NÃO QUER A EXISTÊNCIA DE JUDEUS?
https://www.youtube.com/watch?v=ZTZ1_APBfYw
Profanação no Altar da Catedral de Brasília gera indignação: Orquestra Mundana e Pró-Palestina
https://www.youtube.com/watch?v=Bt_NNufqtf8
FILOSOFIA BOVINA
https://www.youtube.com/watch?v=nl4WcGkU5eI&t=6s
PAPA FRANCISCO remove DOM STRICKLAND por ser católico demais!
https://www.youtube.com/watch?v=DW-B6qfrTlw
CONFIRMADO: FRANCISCO É UM DELES! (29 de Agosto de 2019)
https://www.youtube.com/watch?v=8DWn8ESapr8
Escola ou antro de degeneração?
https://www.youtube.com/watch?v=awH1ypjUEBg
CULTO ASTECA dentro de IGREJA na ITÁLIA
https://www.youtube.com/watch?v=ikfzSi9yMHg
ATENÇÃO PAIS: Novo livro DOUTRINA Crianças nos Colégios
https://www.youtube.com/watch?v=QQZpwIqFKRg
CONAE 2024: O PLANO DO GOVERNO PARA EDUCAR SEUS FILHOS
https://www.youtube.com/watch?v=VbbaQ_MBL5w&t=0s
PASSOU DOS LIMITES!!!
https://www.youtube.com/watch?v=xYbPr7iTMsQ
FRATERNIDADE COMUNISTA E LGBTXYZCNBB
https://www.youtube.com/watch?v=3Rw4LMmZ6zY
ECLESIÁSTICO,
7
1.Não
pratiques o mal, e o mal não te iludirá.
2.Afasta-te
da injustiça, e a injustiça se afastará de ti.
3.Meu filho,
não semeies o mal nos sulcos da injustiça, e dele não recolherás o sétuplo.
4.Não peças
ao Senhor o encargo de guiar outrem nem ao rei um lugar de destaque.
5.Não te
justifiques perante Deus, pois ele conhece o fundo dos corações; não pretendas
parecer sábio diante do rei.
6.Não
procures tornar-te juiz, se não fores bastante forte para destruir a
iniquidade, para que não aconteça que temas perante um homem poderoso, e te
exponhas a pecar contra a equidade.
7.Não
ofendas a população inteira de uma cidade, não te lances em meio da multidão.
8.Não
acrescentes um segundo pecado ao primeiro, pois mesmo por causa de um só não
ficarás impune.
9.Não te
deixes levar ao desânimo.
10.Não
descuides de orar nem de dar esmola.*
11.Não
digas: “Deus há de considerar a quantidade de meus dons; quando os oferecer ao
Deus Altíssimo, ele há de aceitá-los”.
12.Não
zombes de um homem que está na aflição, pois há alguém que humilha e exalta:
Deus que tudo vê.
13.Não
inventes mentira contra teu irmão, não inventes nenhuma mentira contra teu
amigo.
14.Cuida-te
para não dizeres mentira alguma, pois o costume de mentir é coisa má.
15.Na
companhia dos anciãos, não sejas falador, não multipliques as palavras em tua
oração.
16.Não
abomines as tarefas penosas nem o labor da terra, que foi criado pelo
Altíssimo.
17.Não te
coloques no número das pessoas corrompidas,
18.lembra-te
de que a cólera não tarda.
19.Humilha
profundamente o teu espírito, pois o fogo e o verme são o castigo da carne do
ímpio.
20.Não
pratiques o mal contra um amigo que demora em te pagar, não desprezes por causa
do ouro um irmão bem-amado.
21.Não te
afastes da mulher sensata e virtuosa que te foi concedida no temor do Senhor;
pois a graça de sua modéstia vale mais do que o ouro.
22.Não
maltrates um escravo que trabalha pontualmente, nem o operário que te é
devotado.
23.Que o
escravo sensato te seja tão caro quanto a tua própria vida! Não o prives da
liberdade nem o abandones na indigência.
24.Tens
rebanhos? Cuida deles; se te forem úteis, guarda-os em tua casa.
25.Tens
filhos? Educa-os, e curva-os à obediência desde a infância.
26.Tens
filhas? Vela pela integridade de seus corpos, não lhes mostres um rosto por
demais jovial.
27.Casa tua
filha, e terás feito um grande negócio; dá-a a um homem sensato.
28.Se
tiveres mulher conforme teu coração, não a repudies, e não confies na que é
odiosa.
29.Honra teu
pai de todo o coração, não esqueças os gemidos de tua mãe;
30.lembra-te
de que sem eles não terias nascido, e faze por eles o que fizeram por ti.
31.Teme a
Deus com toda a tua alma, tem um profundo respeito pelos seus sacerdotes.
32.Ama com
todas as tuas forças aquele que te criou; não abandones os seus ministros.
33.Honra a
Deus com toda a tua alma, respeita os sacerdotes; (nos sacrifícios)
oferece-lhes as espáduas.
34.Dá-lhes,
como te foi prescrito, a parte das primícias e das vítimas expiatórias;
purifica-te de tuas omissões com pequenas (oferendas);
35.oferece
ao Senhor os dons das espáduas, os sacrifícios de santificação e as primícias
das coisas santas.
36.Estende a
mão para o pobre, a fim de que sejam perfeitos teu sacrifício e tua oferenda.
37.Dá de boa
vontade a todos os vivos, não recuses esse benefício a um morto.*
38.Não
deixes de consolar os que choram, aproxima-te dos que estão aflitos.
39.Não
tenhas preguiça de visitar um doente, pois é assim que te firmarás na caridade.
40.Em tudo o
que fizeres, lembra-te de teu fim, e jamais pecarás.
BÍBLIA AVE
MARIA
Versículos
relacionados com Eclesiástico, 7:
Eclesiástico
7 contém uma série de conselhos práticos e morais sobre como viver uma vida
justa e virtuosa, incluindo a importância de ter temor a Deus, evitar o orgulho
e a inveja, e buscar a sabedoria. Abaixo estão cinco versículos relacionados
com esses temas:
Provérbios
22:4: "A recompensa da humildade e do temor do Senhor é riqueza, honra e
vida." Este versículo destaca a importância do temor a Deus e da
humildade, que são temas abordados em Eclesiástico 7.
Tiago 3:13:
"Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre em mansidão de conduta as
suas obras, em sabedoria." Esse verso incentiva as pessoas a demonstrarem
sabedoria através de suas ações e comportamento.
Provérbios
27:4: "O furor é cruel, a ira é como uma inundação, mas quem é capaz de
resistir à inveja?" Este verso adverte contra a inveja, um tema abordado
em Eclesiástico 7.
Provérbios
3:5-6: "Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu
próprio entendimento; em todos os seus caminhos, reconheça-o, e ele endireitará
as suas veredas." Esse versículo destaca a importância de confiar em Deus
e buscar sua orientação em todos os aspectos da vida.
Provérbios
4:7: "A sabedoria é a coisa principal, adquire, pois, a sabedoria, emprega
tudo o que possuis na aquisição de entendimento." Este verso incentiva a
busca pela sabedoria, um tema central em Eclesiástico 7.
Seção XIII
ResponderExcluirAS FORÇAS: MODOS DE MOVIMENTO OU INTELIGÊNCIA?
Os Efeitos da Matéria Primitiva sentidos através de Inteligências denominadas Dhyân-Chohans — Estas Inteligências devem ser admitidas pela Ciência — A Mente Universal é a Luz Divina (Fohat) que emana do Logos — Os Fenômenos Terrestres são Aspectos da Natureza Dual dos Dhyân-Chohans Cósmicos — A Lei de Analogia é a Primeira Chave para o Problema do Mundo — Diferentes classes de Humanidades — Distintos Sentidos em outros Mundos — Tudo tem seu período de Vida: a Terra, a Humanidade, o Sol, a Lua, os Planetas, as Raças, etc.
Esta é a última palavra da Ciência Física, até o ano corrente de 1888. As leis mecânicas nunca serão capazes de provar a homogeneidade da Matéria Primordial, a não ser por via de inferência e como desesperada necessidade, quando não haja outro recurso, como no caso do Éter. A Ciência moderna não está segura de si mesma senão em seu próprio terreno e domínio, dentro dos limites físicos do nosso Sistema Solar, além do qual tudo, inclusive a menor partícula de Matéria, é diferente da Matéria que ela conhece, e onde a Matéria existe em estados de que não pode formar idéias. Esta Matéria, verdadeiramente homogênea, está muito além da percepção humana, se limita apenas aos nossos cinco sentidos. Nós lhe sentimos os efeitos por intermédio das INTELIGÊNCIAS que são os resultados de sua diferenciação primordial, Inteligências a que damos o nome de Dhyân Chohans e que são chamadas os “Sete Governadores” nas obras herméticas; aqueles que Pimandro, o “Pensamento Divino”, menciona como os “Poderes Construtores”, e Asclépio como os “Deuses Celestes”.
ResponderExcluirEsta Matéria, a Substância primordial verdadeira, o Númeno de toda a “matéria” que conhecemos, alguns de nossos astrônomos tiveram que admiti-la, porque já não esperam seja possível explicar a rotação, a gravidade e a origem das leis mecânicas físicas sem que a Ciência aceite aquelas INTELIGÊNCIAS. Em sua obra, já citada, sobre Astronomia, Wolf1 adota inteiramente a teoria de Kant, teoria que, senão em seu aspecto geral, pelo menos em alguns de seus traços, lembra muitíssimo certos ensinamentos esotéricos. Ali vemos o sistema do mundo, que “renasce de suas cinzas” por meio de uma nebulosa — a emanação dos corpos mortos e dissolvidos no Espaço, em virtude da incandescência do Centro Solar —, reanimar-se pela matéria combustível dos Planetas.
ResponderExcluir1. Hypothèses Cosmogoniques.
Nessa teoria, que surgiu e tomou forma no cérebro de um jovem de apenas vinte e cinco anos de idade, e que nunca saíra de sua terra natal, Königsberg, pequena cidade do norte da Prússia, não podemos deixar de reconhecer a presença de um poder inspirador externo — ou uma prova da reencarnação, como pensam os ocultistas. Preenche ela uma lacuna, que nem o próprio Newton com todo o seu gênio pôde suprir.
ResponderExcluirÉ certamente à nossa Matéria Primordial, Akâsha, que Kant se referia, quando pressupôs uma Substância primordial difundida por todo o Universo, a fim de evadir a dificuldade de Newton e sua falta de êxito em explicar só pelas forças naturais o impulso primitivo transmitido aos Planetas.
ResponderExcluirPorque, conforme observa ele no Capítulo VIII de sua obra, se se admite que a perfeita harmonia das Estrelas e dos Planetas e a coincidência dos planos de suas órbitas provam a existência de uma Causa natural, que seria portanto a Causa Primordial, “essa causa não pode realmente ser a matéria que ocupa hoje os espaços celestes”. Deve ser a que enchia o Espaço — a que era o Espaço — originariamente, e cujo movimento como Matéria diferenciada foi a origem dos movimentos atuais dos corpos siderais; e que, “transformando-se por condensação nesses mesmos corpos, abandonou assim o espaço que hoje se encontra vazio”.
ResponderExcluirEm outras palavras, os Planetas, os Cometas e o próprio Sol se compõem dessa mesma Matéria, a qual, tendo-se originariamente condensado nesses corpos, conservou a qualidade de movimento que lhe era inerente, qualidade que, estando agora concentrada nos núcleos de tais corpos, dirige todo o movimento. Uma ligeira alteração de palavras e alguns acréscimos bastariam para que isto se convertesse em nossa Doutrina Secreta.
ResponderExcluirEsta última ensina que a Matéria-prima original, divina e inteligente, direta emanação da Mente Universal, Daiviprakriti — a Luz Divina2 que emana do Logos — formou os núcleos de todos os orbes “que se movem” no Cosmos. É o poder de movimento e o princípio de vida informador, sempre presente; a Alma Vital dos Sóis, Luas e Planetas, inclusive de nossa Terra; latente o primeiro, ativo o segundo — o Soberano e Guia invisível do corpo grosseiro unido e associado à sua Alma, que é, em suma, a emanação espiritual dos respectivos Espíritos Planetários.
ResponderExcluir2. “Luz” a que nós chamamos Fohat.
Outra idéia completamente Oculta é aquela teoria de Kant segundo a qual a Matéria de que são formados os habitantes e os animais dos outros Planetas é de natureza mais leve e mais sutil, e de conformação mais perfeita, à medida que aumenta a distância do Sol. Este se acha demasiado provido de Eletricidade Vital, do princípio físico produtor da vida. Assim, os homens de Marte são mais etéreos que nós; ao passo que os de Vênus são mais densos, e muito mais inteligentes, embora menos espirituais.
ResponderExcluirA última doutrina não é de todo a nossa; não obstante, essas teorias de Kant são tão metafísicas e transcendentais como qualquer Doutrina Oculta; e mais de um homem de ciência, se tivesse a coragem de dizer o que sente, as aceitaria, como o fez Wolf. Da Mente e da Alma dos Sóis e Estrelas, de Kant, ao Mahat (a mente) e ao Prakriti dos Purânas, não há mais que um passo. Reconhecendo-o, a Ciência, afinal, não estaria senão admitindo uma causa natural, elevasse ou não suas crenças a tais alturas metafísicas. Mas em nosso caso Mahat, a Mente, é um “Deus”, e a Fisiologia só admite a “mente” como função temporária do cérebro material, e nada mais.
ResponderExcluirO Satanás do Materialismo de tudo igualmente escarnece, e nega tanto o visível como o invisível. Não vendo na luz, no calor, na eletricidade, e até no fenômeno da vida, senão propriedades inerentes à Matéria, ri-se quando chamamos a vida de Princípio Vital, desprezando a idéia de que seja independente e distinta do organismo.
ResponderExcluirMas, neste ponto como em tudo, também divergem as opiniões científicas, e há homens de ciência que esposam conceitos semelhantes aos nossos. Veja-se, por exemplo, o que diz o Dr. Richardson, F. R. S. (já tão citado em outra parte), quanto a esse “Princípio Vital”, por ele chamado “Éter Nervoso”.
ResponderExcluir“Refiro-me tão-só a um agente material verdadeiro, refinado, talvez, para o mundo em geral, mas efetivo e substancial; um agente com atributos de peso e volume; um agente suscetível de combinações químicas e, portanto, de alterar o seu estado físico; um agente passivo em sua ação, vale dizer, que é sempre impulsionado por fatores estranhos3, que obedece a outras influências; um agente que carece do poder de iniciativa, que não tem vis ou energia naturœ4, mas que desempenha um papel importantíssimo, senão primário, na produção dos fenômenos resultantes da ação da energia sobre a matéria visível.”5
ResponderExcluir3. Isto é um erro, por implicar um agente material, distinto das influências que o movem, ou seja, a matéria cega e, possivelmente, “Deus” também, quando essa Vida UNA é, “em si mesma”, Deus e os Deuses.
4. O mesmo erro.
5. Popular Science Review, vol. X.
Como a Biologia e a Fisiologia hoje negam in toto a existência de um “Princípio Vital”, esta opinião, juntamente com o admitido por Quatrefages, vale por uma confirmação clara de que existem homens de ciência que têm, sobre as “coisas Ocultas”, as mesmas idéias dos teósofos e dos ocultistas. Estes reconhecem um Princípio Vital distinto e independente do organismo — material, sem dúvida, porque a força física não pode ser divorciada da matéria — mas constituído por uma substância que existe em um estado não conhecido da Ciência. A vida, para eles, é alguma coisa mais que a interação de átomos e moléculas. Existe um Princípio Vital sem o qual nenhuma combinação molecular jamais poderia produzir um organismo vivo, e muito menos a chamada Matéria “inorgânica” do nosso plano de consciência.
ResponderExcluirPor “combinações moleculares” entendemos, é claro, as da matéria de nossas atuais percepções ilusórias, matéria que só transmite energia no plano em que nos encontramos — e este é o ponto principal que está em debate6.
ResponderExcluir6. “É o Jiva um mito, como diz a Ciência, ou não o é?” perguntam alguns teósofos, que vacilam entre a ciência materialista e a idealista. A dificuldade que sentimos para bem compreender os problemas esotéricos que dizem com o “estado último” da Matéria reedita aquele velho quebra-cabeça do objetivo e do subjetivo. Que é Matéria? É a Matéria de nossa presente consciência objetiva outra coisa além de nossas sensações? É verdade que as sensações que experimentamos vêm de fora; mas podemos realmente — exceto no tocante aos fenômenos — falar da “matéria grosseira” deste plano como de uma coisa à parte e independente de nós? A todos esses argumentos, responde o Ocultismo: A Matéria, na realidade, não é independente de nossas percepções, nem existe fora delas. O homem é uma ilusão: de acordo. Mas a efetiva existência de outras entidades ainda mais ilusórias, embora não menos reais do que nós, nem por isso deixa de afirmar-se, antes se robustece com aquela doutrina do idealismo vedantino ou mesmo a do idealismo de Kant.
É de acrescentar que os cristãos das Igrejas grega e católica romana, acreditando, como acreditam, em Anjos, Arcanjos, Arcontes, Serafins e Estrelas Matutinas, em suma, em todas aquelas deliciœ humani generis teológicas, que regem os Elementos Cósmicos — embora relacionem tudo isso, cegamente, a um Deus antropomórfico —, demonstram mais sabedoria que a Ciência quando os nega de modo absoluto e advoga suas forças mecânicas. Porque estas se comportam frequentemente com inteligência e precisão mais que humanas. A despeito disso, tal inteligência é negada, atribuindo-se tudo a um cego acaso. Mas, assim como De Maistre estava com a razão ao dizer que a lei de gravitação não era senão uma palavra destinada a substituir a “coisa desconhecida”, também nós temos o direito de aplicar a mesma observação a todas as outras Forças da Ciência. E se nos objetarem que o Conde era um católico romano apaixonado, poderemos citar Le Couturier, materialista não menos apaixonado, que disse a mesma coisa, como ainda Herschel e muitos outros7.
ResponderExcluir7. Veja-se Musée des Scienses, de agosto de 1856.
Dos Deuses aos homens, dos mundos aos átomos, da estrela ao vagalume, do Sol ao calor vital do mais humilde ser orgânico, o reino da Forma e da Existência é uma imensa cadeia, cujos elos se acham todos interligados. A lei de Analogia é a chave mestra para o problema do mundo, e os diversos elos da cadeia devem ser estudados coordenadamente em suas mútuas relações ocultas.
ResponderExcluirPor isso, quando a Doutrina Secreta pressupõe que o espaço condicionado ou limitado (o espaço de posição) só tem existência real neste mundo de ilusão ou, em outras palavras, em nossas faculdades de percepção, quer significar que todos os mundos, os superiores como os inferiores, interpenetram o nosso próprio mundo objetivo; que milhões de coisas e de seres se acham, quanto à localização, ao nosso redor e dentro de nós, assim como nós estamos ao redor deles, com eles e neles. E isso não é uma simples figura de retórica metafísica, mas sim a expressão de um fato real da Natureza, por mais incompreensível que seja para os nossos sentidos.
ResponderExcluirCumpre entender, porém, a linguagem do Ocultismo, antes de criticar suas afirmações. Por exemplo, a Doutrina se nega — como também o faz a Ciência em certo sentido — a empregar os termos “em cima” e “embaixo”, “superior” e “inferior”, com relação às esferas invisíveis, uma vez que neste particular tais expressões carecem de sentido. Da mesma forma, as palavras “Oriente” e “Ocidente” são meramente convencionais, e necessárias tão-só para ajudar as nossas percepções humanas; pois, embora tenha a Terra os seus dois pontos fixos nos pólos Norte e Sul, o Este e o Oeste variam segundo a posição que ocupamos na superfície da Terra e em virtude de sua rotação de Ocidente para Oriente.
ResponderExcluirAssim, quando se mencionam “outros mundos” — melhores ou piores, mais espirituais ou ainda mais materiais, invisíveis em qualquer dos casos — o ocultista não situa essas esferas nem fora nem dentro de nossa Terra, como o fazem os teólogos e os poetas; porque elas não se localizam em nenhuma parte do espaço conhecido ou concebido pelo profano. Fundem-se, por assim dizer, com o nosso mundo; interpenetram-no e são por ele interpenetrados.
ResponderExcluirHá milhões e milhões de mundos que nos são visíveis; muito maior é o número dos que se acham fora do alcance dos telescópios, e grande parte destes últimos não pertencem ao nosso plano objetivo de existência. Ainda que tão invisíveis como se estivessem situados a milhões de milhas do nosso Sistema Solar, coexistem conosco, junto de nós, dentro de nosso próprio mundo, e são tão objetivos e materiais, para seus respectivos habitantes, quanto o é o nosso mundo para nós. Mas a relação entre esses mundos e o nosso não é como a de uma série de caixas ovais encerradas umas nas outras, à maneira de certos brinquedos chineses; cada mundo está sujeito a suas próprias leis e condições especiais, sem ter relação direta com a nossa esfera.
ResponderExcluirOs habitantes desses mundos, já o dissemos, podem, sem o sabermos ou sentirmos, estar passando através de nós ou ao nosso lado, como num espaço vazio; suas moradas e suas regiões interpenetram as nossas, sem perturbar com isso a nossa visão, porque ainda não possuímos as faculdades necessárias à sua percepção. No entanto, graças à sua visão espiritual, os Adeptos, e até alguns videntes e sensitivos, podem distinguir, em maior ou menor grau, a presença entre nós e a proximidade de Seres que pertencem a outras esferas de vida. Os que vivem nos mundos espiritualmente superiores só se comunicam com os mortais terrestres que, por seus esforços individuais, se elevam até o plano mais elevado que aqueles ocupam.
ResponderExcluirOs filhos de Bhûmi [a Terra] consideram os filhos dos Devalokas [as Esferas Angélicas] como seus Deuses: e os Filhos dos reinos inferiores olham os homens de Bhûmi como seus Devas [Deuses]; os homens não têm consciência disso por causa de sua cegueira... Eles [os homens] tremem diante daqueles, ao mesmo tempo que os utilizam [para fins mágicos]... A primeira Raça de Homens era a dos “Filhos Nascidos da Mente” dos primeiros. Eles [os Pitris e os Devas] são os nossos progenitores8.
ResponderExcluir8. Livro II do Comentário do Livro de Dzyan.
As chamadas “pessoas cultas” ridicularizam a idéia de Sílfides, Salamandras, Ondinas e Gnomos; os homens de ciência consideram como um insulto a simples menção de semelhantes superstições; e, pondo de lado a lógica e o senso comum, com esse desprezo que tão amiúde é o apanágio da “autoridade reconhecida”, deixam que aqueles a quem lhes cumpre instruir fiquem sob a impressão absurda de que em todo o Cosmos, ou pelo menos em nossa própria atmosfera, não existem outros seres inteligentes e conscientes além de nós mesmos9. Qualquer outra humanidade (composta de seres humanos diferentes) não será chamada humana se os seus componentes não tiverem duas pernas, dois braços e uma cabeça com feições de homem, se bem que a etimologia da palavra não pareça ter muita relação com o aspecto geral da criatura. Assim, enquanto a Ciência rejeita e menospreza até a simples possibilidade da existência de tais seres invisíveis (invisíveis para nós), a Sociedade, apesar de no íntimo acreditar neles, troça abertamente da idéia. E acolhe com risos obras tais como O Conde de Gabalis, sem atentar que a sátira franca é a mais segura das máscaras.
ResponderExcluir9. A questão da pluralidade de mundos habitados por criaturas dotadas de o que disse o grande astrônomo francês Camille Flammarion em seu livro La Pluralité des Mondes Habités.
No entanto, esses mundos invisíveis existem. Tão densamente povoados quanto o nosso, acham-se disseminados no espaço aparente em número incontável; alguns são muito mais materiais que o nosso próprio mundo; outros vão se tornando cada vez mais etéreos, até que perdem a forma e ficam como “sopros”. O não serem vistos pelos nossos sentidos físicos não é razão para que se descreia de sua existência. Os físicos não podem ver os seus átomos, o seu éter, os seus “modos de movimento” ou forças; e contudo os aceitam, e os incluem entre os seus ensinamentos.
ResponderExcluirSe vemos que a matéria, mesmo no mundo natural que conhecemos, nos proporciona uma analogia parcial para a difícil concepção de semelhantes mundos invisíveis, parece fácil admitir a possibilidade de sua existência. A cauda de um cometa, que, atraindo a nossa atenção com o seu resplendor, não perturba nem impede a nossa visão, uma vez que através dela vemos os objetos situados do outro lado, já nos oferece um começo de prova quanto àquela existência. A cauda de um cometa passa rapidamente através do nosso horizonte, e não a sentimos, nem nos damos conta de sua passagem, senão por causa da luminosidade que ela projeta, luminosidade que muitas vezes só é percebida por um pequeno número de pessoas a quem o fenômeno interessa, continuando as demais a ignorar-lhe a presença acima ou através de uma região do nosso Globo. Essa cauda pode ou não ser parte integrante do cometa; a sua tenuidade, porém, nos basta como exemplo.
ResponderExcluirSim, porque não é uma questão de superstição, mas simplesmente de Ciência transcendente, e mais ainda de lógica, admitir a existência de mundos constituídos por Matéria muito mais tênue que a da cauda de um cometa. Negando tal possibilidade, a Ciência não caiu, durante o século passado, em mãos da filosofia nem da verdadeira religião, mas tão-somente nas da teologia. Para melhor contestar a pluralidade até mesmo dos mundos materiais, crenças que muitos homens da Igreja entendem ser incompatível com os ensinamentos e as doutrinas da Bíblia10, Maxwell chegou a caluniar a memória de Newton, tentando convencer os seus leitores de que os princípios consubstanciados na filosofia newtoniana são os que existem “no fundo de todos os sistemas ateus”11.
ResponderExcluir10. Não obstante, pode-se demonstrar, com o testemunho da própria Bíblia e o de tão bons teólogos cristãos como o Cardeal Wiseman, que esta pluralidade vem ensinada assim no Antigo como no Novo Testamento.
11. Veja-se Plurality of Worlds, vol. II.
“O Dr. Whewell negava a pluralidade dos mundos, apelando para as provas científicas” — escreve o Professor Winchell12. E se a habilidade dos mundos físicos, dos planetas e das longínquas estrelas que brilham por miríades acima de nossas cabeças, é tão discutida, que probabilidades pode haver de aceitar-se a existência de mundos invisíveis no espaço, aparentemente transparente, que nos rodeia!?
ResponderExcluir12. Consulte-se a esse respeito La Pluralité des Mondes Habités, de C. Flammarion, onde consta a lista dos numerosos homens de ciência que escreveram para demonstrar os bons fundamentos da teoria.
Se, porém, pudermos conceber um mundo formado de matéria ainda mais tênue, em relação aos nossos sentidos, que a da cauda de um cometa, e, consequentemente, imaginar habitantes que sejam tão etéreos, em comparação com o seu globo, quanto o somos em relação à nossa Terra de crosta dura e rochosa, nada haverá de estranho que não os vejamos e nem sequer tenhamos consciência de que existam e estejam ali presentes. Em que será essa idéia contrária à Ciência? Não se poderá supor que os homens e os animais, as plantas e as rochas, seriam ali dotados de sentidos completamente diferentes dos que possuímos? Não poderiam os seus organismos nascer, desenvolver-se e existir sob o império de leis outras que não as que regem o nosso pequeno mundo? Será absolutamente necessário que todo ser corpóreo seja revestido de um “envoltório cutâneo” idêntico aos que foram proporcionados a Adão e Eva, segundo a lenda do Gênesis? A corporeidade, assim nos diz mais de um homem de ciência, “pode existir sob as mais diversas condições”.
ResponderExcluir[O Professor Winchell, discutindo a pluralidade dos mundos, tece as seguintes considerações:
ResponderExcluir“Nada tem de improvável que substâncias de natureza refratária possam estar tão mescladas com outras, conhecidas ou desconhecidas, ao ponto de suportarem variações de frio e de calor muitíssimo superiores às suportáveis pelos organismos terrestres. Os tecidos dos animais terrestres são apropriados tão-somente às condições terrestres. Aqui mesmo vemos diferentes tipos e espécies de animais, organizados para viverem sob condições ambientes inteiramente díspares... Que um animal seja quadrúpede ou bípede, é coisa que não depende das necessidades da organização, do instinto ou da inteligência. Não é uma necessidade da existência perceptiva que um animal deva possuir exatamente cinco sentidos. Podem existir na Terra animais sem olfato nem paladar. Podem existir seres em outros mundos, e até neste, que sejam dotados de sentidos em número superior ao que possuímos. Semelhante possibilidade transparece se considerarmos como deve ser provável que outras propriedades e outros modos de existência façam parte dos recursos do Cosmos, inclusive os da matéria terrestre. Há animais que vivem ali onde o homem pereceria: no solo, nos rios, no mar...” [E neste caso por que não pode suceder o mesmo com seres humanos de organização diferente?]... “A existência corpórea racional não está condicionada ao sangue quente ou a uma temperatura qualquer, se esta não modifica a classe de matéria de que se compõe o organismo. Podem existir inteligências em corpos de tal natureza que não requeiram o processo de ingestão, assimilação e reprodução. Tais corpos não teriam necessidade de alimento diário nem de calor. Poderiam estar sumidos nos abismos insondáveis do Oceano, viver em um alcantilado rochedo expostos às tormentas do inverno ártico, ou ainda submergidos durante cem anos nas entranhas de um vulcão, sem contudo perderem a consciência e a faculdade de pensar. Isso é concebível. Por que não poderiam existir naturezas psíquicas encerradas no interior do sílex e da platina indestrutíveis? Estas substâncias não estão mais distanciadas da natureza da inteligência do que o estão o carbono, o hidrogênio, o oxigênio e o cálcio. Mas, sem deixar ir tão longe (?) o pensamento, não poderiam inteligências elevadas estar incorporadas em formas tão indiferentes às condições externas, como a sálvia das planícies ocidentais, o líquen do Lavrador, os rotíferos, que resistem à seca durante anos, ou as bactérias, que permanecem vivas em água fervente?... Estas sugestões têm simplesmente o objetivo de lembrar ao leitor quão pouco estamos à altura de determinar as condições necessárias para a vida inteligente e organizada, com base nos padrões de existência corpórea sobre a Terra. A inteligência é, por sua própria natureza, tão universal e uniforme como as leis do Universo. Os corpos representam apenas a adequação local da inteligência a modificações particulares da matéria universal ou da Força.”13]
ResponderExcluir13. World-Life, pp. 497-500 e segs.
Não sabemos, graças às descobertas dessa mesma Ciência que tudo nega, que nos achamos rodeados por miríades de vidas invisíveis? Se os micróbios, as bactérias e os tutti quanti do infinitamente pequeno são invisíveis aos nossos olhos em razão de suas ínfimas dimensões, não poderiam acaso existir, no pólo oposto, seres igualmente invisíveis em razão da contextura de sua matéria, ou, numa palavra, de sua tenuidade? O raio de sol que penetra em nosso aposento revela, em seu percurso, uma infinidade de seres minúsculos, cuja vida fugaz se passa e chega ao fim na mais completa indiferença de que sejam ou não percebidos pelos nossos sentidos mais grosseiros. E o mesmo sucede com os micróbios, as bactérias e outros organismos semelhantes, também invisíveis, que povoam elementos diversos.
ResponderExcluirOs homens viveram sem a noção da existência daqueles seres durante os longos séculos de triste obscurantismo, depois que o facho do saber dos sistemas altamente filosóficos dos pagãos deixou de projetar sua luz resplandecente sobre as épocas de intolerância e fanatismo do Cristianismo primitivo. E agora parece que os homens como que desejam ainda passar por alto.
ResponderExcluirE, contudo, essas vidas nos rodeavam então, como hoje nos rodeiam. E trabalharam, obedientes a suas próprias leis; e só quando nos foram pouco a pouco reveladas pela Ciência é que começamos a travar conhecimento com elas e com os efeitos que produzem.
ResponderExcluirQuanto tempo foi necessário ao mundo para se tornar o que hoje é? Se se pode admitir que atualmente ainda chega ao nosso Globo poeira cósmica “que antes nunca havia pertencido à Terra”14, não será muito mais plausível acreditar, com os ocultistas, que, durante os milhões e milhões de anos transcorridos depois que aquela poeira se aglomerou para formar o nosso Globo em torno de seu núcleo central de Substância Primitiva inteligente, muitas humanidades — que diferiam da atual como desta vão diferir as que se desenvolverão daqui a milhões de anos — têm povoado a Terra e desaparecido em seguida, como há de desaparecer a nossa? Nega-se que tenham existido essas humanidades primitivas tão remotas, porque, segundo crêem os geólogos, elas não nos deixaram nenhuma relíquia tangível. Desapareceram todos os traços de sua passagem, e portanto nunca existiram. No entanto, tais relíquias — é verdade que raríssimas — podem ser encontradas, e algum dia virão à luz do sol nas investigações geológicas. Mas, ainda quando assim não aconteça, razão não haverá para se afirmar que não podiam ter existido homens nos períodos geológicos que os ocultistas atribuem àquelas raças. Porque o organismo desses homens não precisava nem de sangue quente, nem de ar, nem de alimento; o autor de World-Life tem razão, e não é nenhuma extravagância acreditar, como acreditamos, que, se podem existir, consoante hipóteses científicas, “naturezas psíquicas encerradas no seixo e na platina indestrutíveis”, terão existido, do mesmo modo, naturezas psíquicas encerradas em formas de Matéria Primitiva igualmente indestrutível: os verdadeiros progenitores de nossa Quinta Raça.
ResponderExcluir14. World-Life.
Por isso, quando nos volumes III e IV falamos de homens que há 18 000 000 de anos habitaram este Globo, não tivemos em mentes nem os homens de nossas raças atuais, nem as leis atmosféricas, condições térmicas, etc., do nosso tempo. A Terra e a Humanidade, como o Sol, a Lua e os planetas, têm todos as suas fases de crescimento, transformações, desenvolvimento e evolução gradual, durante a sua existência; nascem, tornam-se crianças, adolescentes, chegam à idade madura, depois envelhecem e finalmente morrem. Por que não estaria a Humanidade também sujeita a essa lei universal? Dizia Uriel a Enoch:
ResponderExcluir“Eis que te mostrei todas as coisas, ó Enoch! Vês o Sol, a Lua e os que conduzem as estrelas do céu e produzem todas as suas operações, estações e revoluções. No tempo dos pecadores os anos serão encurtados, tudo o que se fizer na Terra será subvertido... a Lua mudará suas leis...”15
ResponderExcluir15. O Livro de Enoch, tradução do Arcebispo Laurence, capítulo LXXIX.
O “tempo dos pecadores” significa o tempo em que a Matéria alcançaria o seu apogeu na Terra, e o homem o máximo de desenvolvimento físico em estatura e animalidade. Ocorreu isso durante o período dos Atlantes, quando esta Raça estava em seu ponto médio, perecendo ela afogada, conforme profetizou Uriel. Desde então foi o homem decrescendo em estatura física, em força e em anos de vida, como se mostrará nos volumes III e IV. Mas, como já estamos no ponto médio da idade da nossa sub-raça da Quinta Raça-Raiz — época do apogeu da materialidade —, as propensões animais, ainda que mais requintadas, nem por isso têm menor desenvoltura, o que se observa principalmente nos países civilizados.
ResponderExcluirDo livro: A Doutrina Secreta
Síntese da Ciência, da Religião e da Filosofia
Volume II - Simbolismo Arcaico Universal
De: Helena Petrovna Blavatsky
Seção XIV
ResponderExcluirDEUSES, MÔNADAS E ÁTOMOS
O Cosmos está cheio de Existências Invisíveis e Inteligentes — Só os mais elevados Iniciados e Adeptos são capazes de apreender o Pleno Conhecimento dos Mistérios da Natureza — Aquele que dominar os Mistérios de nossa própria Terra dominará todos os demais — O Ponto Matemático — O Universo Absolutamente Ideal e o Cosmos Invisível porém Manifestado — A Mônada é o Ápice do Triângulo Equilátero Manifestado, o “Pai” — O Espaço é o Mundo Real — Os Dez Pontos Pitagóricos — O Triângulo Ideal — A Mônada e a Díada — Almas Atômicas e sua Peregrinação Individual — A Descida e a Ascensão da Mônada Individualizada — A Química do Futuro — A Ciência Esotérica abrange todo o Plano de Evolução, desde o Espírito à Matéria — O Número do Oxigênio, Hidrogênio e Nitrogênio — As Teorias de Leibnitz — Natureza da Mônada — Os “Deuses” são as Radiações da Natureza Primordial — Os Átomos são o Movimento que mantêm em perpétua marcha as Rodas da Vida.
Há alguns anos fizemos a seguinte observação:
ResponderExcluirA Doutrina Esotérica poderia muito bem chamar-se... a “Doutrina-Fio”, visto que, como o Sûtrâtmâ [da Filosofia Vedanta]1, ela passa através de todos os sistemas filosófico-religiosos da antiguidade, unindo-os... e os concilia e explica 2.
ResponderExcluir1. O Âtmâ, ou Espírito, o Eu Espiritual, que passa como um fio através dos cinco Corpos Sutis ou Princípios, Koshas, é chamado “Alma-Fio” na Filosofia Vedantina.
2. “O Princípio Setenário”, Five Years of Theosophy, p. 197.
Agora diremos que faz ainda mais. Não somente concilia os diversos sistemas aparentemente contraditórios, mas também examina as descobertas da Ciência exata moderna, mostrando que algumas delas são necessariamente corretas, porque confirmadas pelos Anais Antigos. Tudo isso, não há dúvida, será considerado o cúmulo da impertinência e da falta de respeito, verdadeiro crime de lesa-ciência; mas o fato é que assim é.
ResponderExcluirA Ciência atual, não há por que negar, é ultramaterialista; mas, em certo sentido, tem sua justificativa. A Natureza procede sempre esotericamente in actu, e está, como dizem os cabalistas, in abscondito; por isso, só por sua aparência pode o profano julgá-la, e essa aparência é sempre enganosa no plano físico. Por outro lado, os naturalistas se recusam a estabelecer relação entre a física e a metafísica, entre o Corpo e a Alma-Espírito que o anima. Preferem ignorar estes dois últimos. É uma questão de gosto, para alguns; mas há uma minoria que se esforça, com justa razão, por ampliar o domínio da Ciência Física, penetrando no terreno proibido da Metafísica, que tanto desagrada aos materialistas. São sábios, em sua geração, esses homens de ciência; todavia, as suas maravilhosas descobertas nada significarão, e não passarão sempre de corpos sem cabeça, se não levantarem eles o véu da Matéria e não exercitarem a vista para ver mais além. E agora, que estudaram a contextura física da Natureza, em sua longitude, largura e espessura, é tempo de relegarem o esqueleto ao segundo plano, e de buscarem nas profundezas do desconhecido a entidade vivente e real, a substância — o Númeno da Matéria efêmera.
ResponderExcluirSó por esse caminho conseguirão eles descobrir que algumas verdades, batizadas hoje com o nome de “superstições ultrapassadas”, podem ser identificadas como fatos e como relíquias do antigo conhecimento e sabedoria.
ResponderExcluirUma de tais crenças “degradantes” — degradante na opinião do céptico que tudo nega — seria a idéia de que o Cosmos, além de seus habitantes planetários objetivos, suas humanidades de outros mundos habitados, esteja povoado de Existências invisíveis e inteligentes. Os chamados Arcanjos, Anjos e Espíritos do Ocidente, cópias de seus protótipos os Dhyân Chohans, os Devas e os Pitris do Oriente, não são Seres reais, mas apenas ficções. Neste ponto a ciência materialista é implacável. Para sustentar sua posição, ela subverte os seus próprios axiomas — as leis de continuidade e de uniformidade na Natureza, e toda a série lógica e sucessiva de analogias na evolução do Ser. Pedem que a massa profana creia, e fazem-na crer, que o testemunho acumulado da História — testemunho que inclui até os “Ateus” da antiguidade, homens como Epicuro e Demócrito, entre os que acreditavam nos Deuses — é falso, e que filósofos como Sócrates e Platão, que afirmavam a existência dos Deuses, não passavam de uns fanáticos iludidos ou loucos.
ResponderExcluirAinda quando as nossas opiniões só estivessem baseadas em fundamentos históricos, na autoridade daquelas legiões de grandes Sábios, como os neoplatônicos e os místicos de todos os tempos, desde Pitágoras até os eminentes professores e cientistas deste século, que, embora não admitindo os “Deuses”, crêem nos “Espíritos”, deveríamos considerar tais autoridades tão pobres de inteligência e tão ingênuos como qualquer aldeão católico romano que crê em seus santos humanos ou no Arcanjo São Miguel, e faz orações a eles? Será que não há nenhuma diferença entre a crença do aldeão e a dos herdeiros ocidentais dos Rosacruzes e alquimistas da Idade Média? Será que os Van Helmonts, os Khunraths, os Paracelsos e os Agripas, desde Rogério Bacon até Saint-Germain, foram todos cegos fanáticos, histéricos e impostores? Ou é este punhado de cépticos modernos — os “mestres do pensamento” — que se acha atacado pela cegueira da negação? Opinamos pelo segundo termo da alternativa. Seria realmente um milagre, um fato de todo em todo anormal no domínio das probabilidades e da lógica, que uns poucos negativistas representassem os únicos guardiães da verdade, e os milhões de pessoas que acreditam em Deuses, Anjos e Espíritos — por falar somente na Europa e na América —, a saber: cristãos gregos e latinos, teósofos, espíritas, místicos, etc., não fossem outra coisa senão gente fanática e iludida, médiuns alucinados, quase sempre vítimas de charlatães e impostores!
ResponderExcluirPor mais que variem as formas externas e os dogmas, as crenças em Legiões de Inteligências invisíveis de graus diversos têm todas o mesmo fundamento. Há em todas elas um misto de verdade e de erro. O total exato — a profundidade, a amplitude e a extensão — dos mistérios da Natureza só se encontra na Ciência Esotérica Oriental. Tão vastos e profundos são, que apenas um número mui restrito dentre os mais altos Iniciados — aqueles cuja existência mesma só é conhecida de uns poucos Adeptos — são capazes de apreender tais conhecimentos. Tudo, porém, ali está; e os fatos e processos do laboratório da Natureza podem, um por um, abrir caminho na Ciência exata, quando uma assistência misteriosa é proporcionada a uns poucos indivíduos em seus esforços para desvendar os arcanos. É no fim dos grandes Ciclos, relacionados com o desenvolvimento das raças, que geralmente se produzem esses acontecimentos. Estamos chegando precisamente ao termo do ciclo de 5 000 anos do presente Kali Yuga Ariano; e até o ano de 1897 dar-se-á um grande rasgão no Véu da Natureza, e a Ciência materialista receberá um golpe mortal.
ResponderExcluirSem a intenção de lançar o menor descrédito sobre as crenças que o tempo consagrou, vemo-nos obrigados a traçar uma linha divisória entre a fé cega, alimentada pelas teologias, e os conhecimentos devidos às investigações de longas gerações de Adeptos; numa palavra, entre a fé e a filosofia. É inegável que em todos os tempos houve homens sábios e bons, que, tendo sido educados em crenças sectárias, morreram com as suas convicções cristalizadas. Para os protestantes, o jardim do Éden é o primeiro ponto de partida no drama da Humanidade, e a solene tragédia que teve por teatro o cume do Calvário é o prelúdio do esperado Milênio. Para os católicos romanos, Satã está na base do Cosmos, Cristo no centro e o Anticristo no ápice. Para uns e outros, a Hierarquia dos Seres principia e termina nos limites estreitos de suas respectivas teologias: um Deus pessoal que se criou a si mesmo, e um empíreo no qual ressoam as aleluias de Anjos criados; o resto, falsos Deuses, Satã e demônios.
ResponderExcluirA Teofilosofia se move em um campo muito mais amplo. Desde o início dos séculos — no tempo e no espaço, em nossa Ronda e em nosso Globo — os mistérios da Natureza (pelo menos os que às nossas Raças é permitido conhecer) foram classificados e inscritos pelos discípulos daqueles “Homens Celestes” (agora invisíveis) em figuras geométricas e símbolos. As chaves que podiam decifrá-los foram transmitidas de uma a outra geração de “Sábios”. Alguns símbolos passaram assim do Oriente para o Ocidente, trazidos por Pitágoras, que não foi o inventor do famoso “Triângulo” que tem o seu nome. Esta figura geométrica, o quadrado e o círculo representam descrições da ordem em que se processou a evolução do Universo, espiritual, psíquica e fisicamente, descrições que são muito mais eloquentes e científicas que volumes inteiros de Cosmogonia descritiva e de “Gêneses” reveladas. Os dez Pontos inscritos no “Triângulo Pitagórico” valem por todas as teogonias e angeologias já concebidas pelos cérebros teológicos. Aquele que souber interpretar os dezessete pontos (inclusive os sete Pontos Matemáticos ocultos) — tais como ali estão e na ordem indicada — encontrará neles a série ininterrupta das genealogias, desde o primeiro Homem Celeste até o homem terrestre. E, assim como eles dão a ordem dos Seres, revelam também a ordem em que se desenvolveram o Cosmos, a nossa Terra e os Elementos Primordiais de que se originou esta última. Engendrada nos “Abismos” invisíveis e na Matriz da mesma Mãe, como seus companheiros, quem dominar os mistérios da nossa Terra terá dominado os de todos os demais Globos.
ResponderExcluirSeja o que for a ignorância, o orgulho e o fanatismo possam arguir em contrário, não é difícil demonstrar que a Cosmogonia Esotérica está inseparavelmente ligada tanto... filosofia como à Ciência moderna. Os Deuses e as Mônadas dos antigos — de Pitágoras a Leibnitz — e os Átomos das escolas materialistas de hoje (que os foram buscar nas teorias dos antigos atomistas gregos) são apenas unidades compostas ou formam uma unidade graduada, como a estrutura humana, que principia com o corpo e termina com o Espírito. Nas Ciências Ocultas podem-se estudar separadamente; mas nunca será possível aprofundar esse estudo, a não ser considerando-os em suas mútuas correlações, durante o seu ciclo de vida, e como uma Unidade Universal durante os Pralayas.
ResponderExcluirLa Pluche revela sinceridade, mas dá uma pobre idéia de sua capacidade filosófica ao expor suas opiniões pessoais sobre a Mônada ou o Ponto Matemático. Diz ele:
ResponderExcluir“Basta um ponto para ater fogo a todas as escolas do mundo. Mas que necessidade tem o homem de conhecer esse ponto, se a criação de um ser assim tão pequeno está fora de seu alcance? A fortiori, vai a filosofia de encontro a toda probabilidade quando tenta passar desse ponto, que absorve e desconcerta todas as suas especulações, à geração do mundo.”
ResponderExcluirA Filosofia, no entanto, nunca poderia formar o conceito de uma Divindade lógica, universal e absoluta, se não houvesse, no interior do Círculo, nenhum Ponto Matemático em que basear suas especulações.
ResponderExcluirSomente o Ponto manifestado, perdido para os nossos sentidos após o seu aparecimento pré-genético no infinito e no incognoscível do Círculo, torna possível a conciliação da Filosofia com a Teologia — sob a condição de que esta última abandone seus grosseiros dogmas materialistas. E foi precisamente por haver a Teologia cristã renegado tão imprudentemente a Mônada Pitagórica e as figuras geométricas, que ela teve de recorrer àquele seu Deus humano e pessoal criado por si mesmo, a Cabeça monstruosa de onde fluem, em duas correntes, os dogmas da Salvação e da Condenação. Tanto isso é verdade que até os sacerdotes que, sendo maçons, desejariam ser filósofos atribuíram, em suas interpretações arbitrárias, aos sábios antigos a paternidade da estranha idéia de que
ResponderExcluir“A Mônada representava [para eles] o trono da Divindade onipotente, colocado no centro do Empíreo para indicar T.G.A.O.T.U. [leia-se “the Great Architect of the Universe”, o Grande Arquiteto do Universo].”3
ResponderExcluir3. Pythagorean Triangle, pelo Rev. G. Oliver, p. 36.
É uma curiosa explicação, mais de caráter maçônico que estritamente pitagórico.
ResponderExcluirO “Hierograma em um Círculo, ou Triângulo equilátero”, nunca significou tampouco “o símbolo da unidade da Essência divina”, pois que esta era simbolizada pelo plano do Círculo ilimitado. O que realmente significava aquele Triângulo era a Natureza trina co-igual da primeira Substância diferenciada, ou a consubstancialidade do Espírito (manifestado), da Matéria e do Universo — “Filho” dos dois — que procede do Ponto, o Logos esotérico real ou Mônada Pitagórica. A palavra grega Monas significa “Unidade”, em seu sentido primário.
ResponderExcluirOs que são incapazes de discernir a diferença entre a Mônada — Unidade Universal — e as Mônadas — Unidade manifestada —, como também a que existe entre o Logos sempre oculto e o Logos revelado, ou Verbo, nunca deviam ocupar-se de filosofia, e muito menos de ciências esotéricas. Não é necessário recordar ao leitor culto a tese desenvolvida por Kant para demonstrar a sua segunda Antinomia4. Os que a tiverem lido e compreendido verão claramente a linha divisória que traçamos entre o Universo absolutamente ideal e o Cosmos invisível, porém manifestado. Nem a Filosofia Esotérica, nem Kant, para nada dizer de Leibnitz, admitiriam jamais que a extensão possa compor-se de partes simples ou inextensas. Mas os filósofos da teologia não querem compreender isso. O Círculo e o Ponto — este último afastando-se dentro do primeiro e com ele se fundindo depois de produzir os três primeiros Pontos e de uni-los com linhas, formando assim a primeira base numênica do Segundo Triângulo no Mundo Manifestado — constituíram sempre um obstáculo insuperável aos vôos teológicos nos empíreos dogmáticos. Com base na autoridade deste símbolo arcaico, um Deus masculino, pessoal, Criador e Pai de todas as coisas, converte-se em uma emanação de terceira ordem, o Sephira, que ocupa o quarto lugar, de cima para baixo e à esquerda de Ain Soph, na Árvore da Vida cabalística. Fica assim a Mônada rebaixada à condição de um Veículo — um “Trono”!
ResponderExcluir4. Kant, Crítica da Razão Pura, tradução de Barni, II, 54. (Nota da Ed. Adyar: Veja-se também a tradução de J. M. D. Meiklejohn, p. 271: “Toda substância composta, neste mundo, consiste em partes simples; e não existe coisa alguma que não seja ou simples ou composta de partes simples”.)
A Mônada — emanação e reflexo tão-somente do Ponto, ou Logos, no Mundo fenomenal — torna-se, como ápice do Triângulo equilátero, manifestado, o “Pai”. A linha ou lado esquerdo é a Díada, a “Mãe”, considerada como o princípio mau, oposto5; o lado direito representa o “Filho”, “Esposo de sua Mãe”, uno com o ápice, em todas as cosmogonias; a base é o plano material da Natureza produtora, que unifica, no plano fenomenal, Pai-Mãe-Filho, assim como estes se acham unificados pelo ápice no Mundo supra-sensível6. Por transmutação mística, eles se converteram no Quaternário: o Triângulo passou a ser o Tetraktys.
ResponderExcluir5. Plutarco, De Placitis Philosophorum.
6. Nas igrejas grega e latina — que consideram o matrimônio como um dos sacramentos —, o sacerdote que oficia na cerimônia nupcial representa o vértice do triângulo; a noiva, o lado esquerdo ou feminino; e o noivo, o lado direito; sendo a linha de base simbolizada pela fila de testemunhas e convidados. Mais atrás do sacerdote está o Sanctum Sanctorum, com seu misterioso conteúdo e sua significação simbólica, e no qual só os sacerdotes consagrados devem entrar. Nos primeiros tempos do Cristianismo a cerimônia matrimonial constituía um mistério e um verdadeiro símbolo. Hoje, as próprias Igrejas perderam o verdadeiro significado deste simbolismo.
Essa aplicação transcendental da geometria à teogonia cósmica e divina — o Alfa e o Ômega da concepção mística — foi depreciada por Aristóteles, depois de Pitágoras. Omitindo o Ponto e o Círculo, e não levando em conta o ápice, reduziu ele o valor metafísico da idéia, limitando assim a doutrina da extensão a uma simples Tríade: a linha, a superfície e o corpo. Seus herdeiros modernos, que brincam de Idealismo, interpretaram estas três figuras geométricas como Espaço, Força e Matéria: “as potências de uma Unidade que atua sobre todas as coisas”. A ciência materialista, que só percebe a linha-base do Triângulo manifestado — o plano da Matéria — as interpreta praticamente como (Pai) Matéria, (Mãe) Matéria e (Filho) Matéria, e teoricamente como Matéria, Força e Correlação.
ResponderExcluirMas para a generalidade dos físicos, conforme observou um cabalista,
ResponderExcluir“O Espaço, a Força e a Matéria têm o mesmo valor que os signos algébricos para o matemático: são símbolos meramente convencionais; [ou] a Força, como Força, e a Matéria, como Matéria, são tão absolutamente incognoscíveis quanto o é o suposto espaço vazio em que também supostamente atuam.”7
ResponderExcluir7. New Aspects of Life and Religion, por Henry Pratt, M.D., p. 7, Ed. 1886.
Os símbolos representam abstrações, e sobre estas
ResponderExcluir“Baseia o físico hipóteses, racionais acerca da origem das coisas... e vê três necessidades para o que ele chama criação: Um lugar onde criar. Um meio para poder criar. Um material com que criar. E dando expressão lógica a esta hipótese, com os termos Espaço, Força e Matéria, acredita haver provado a existência do que representa cada uma dessas palavras, tal como ele o concebe.”8
ResponderExcluir8. Ibid., pp. 7 e 8.
O físico que considera o Espaço como simples representação de nossa mente, ou como extensão sem nenhuma relação com as coisas nele contidas, e que Locke define como incapaz de resistência e de movimento; e o materialista paradoxal que desejaria ter o vácuo ali onde ele não pode ver matéria — repudiariam com superior desprezo a proposição de que o Espaço seja
ResponderExcluir“Uma Entidade substancial vivente, ainda que [aparente e absolutamente] incognoscível.”9
ResponderExcluir9. Ibid., p. 8.
Tal é, contudo, o ensinamento cabalístico e também o da Filosofia Arcaica. O Espaço é o mundo real, ao passo que o nosso é um mundo artificial. É a Unidade Única em toda a sua extensão infinita; em seus abismos sem fundo, como em sua superfície ilusória, superfície pontilhada de inumeráveis Universos fenomenais, de Sistemas e de Mundos à semelhança de miragens. Mas, para o ocultista oriental, que no fundo é um idealista objetivo, existe no Mundo real, que é uma Unidade de Forças, “uma conexão de toda a Matéria no Plenum”, como diria Leibnitz. E isto se acha simbolizado no Triângulo Pitagórico.
ResponderExcluirConsiste ele em Dez Pontos inscritos em forma de pirâmide (de um a quatro) nos seus três lados, e simboliza o Universo na famosa Década Pitagórica. O ponto isolado de cima é uma Mônada, e representa o Ponto-Unidade, que é a Unidade de onde tudo procede. Tudo é da mesma essência que ele. Ao passo que os dez pontos dentro do Triângulo equilátero representam o mundo fenomenal, os três lados que encerram a pirâmide são as barreiras da matéria numênica, ou Substância, que a separam do mundo do Pensamento.
ResponderExcluir“Pitágoras considerava que o ponto corresponde em proporção à unidade; a linha, ao 2; a superfície, ao 3; o sólido, ao 4; e definia o ponto como uma mônada que toma uma posição, sendo o princípio de todas as coisas; uma linha equivalia à dualidade, porque produzida pelo primeiro movimento da natureza indivisível, formando a união entre dois pontos. Uma superfície era comparada ao número três, por ser a primeira de todas as causas que se encontram nas formas; pois um círculo, que é a principal de todas as figuras redondas, compreende uma tríade, composta de centro, espaço e circunferência. Mas o triângulo, que é a primeira de todas as figuras retilíneas, se inclui no ternário, recebendo sua forma de acordo com este número; era considerado pelos pitagóricos como o produto de todas as coisas sublunares. Os quatro pontos da base do triângulo pitagórico correspondiam a um sólido ou cubo, que combina os princípios de comprimento, largura e espessura; pois nenhum sólido pode ter menos de quatro pontos-limites extremos.”10
ResponderExcluir10. Pythagorean Triangle, pelo Rev. G. Oliver, pp. 18-19.
Alega-se que “a inteligência humana não pode conceber unidade indivisível, porque seria a aniquilação da idéia com o seu sujeito”. É um erro, conforme provaram os pitagóricos e, antes deles, certo número de Videntes, embora se faça necessária uma educação especial para esta compreensão, sendo difícil que a mente profana possa alcançá-la. Mas existe o que chamaremos “Meta-matemática” e “Meta-geometria”. A própria ciência matemática, pura e simples, procede do universal para o particular, desde o ponto matemático indivisível às figuras sólidas. A doutrina teve origem na Índia, e foi ensinada na Europa por Pitágoras, que, lançando um véu sobre o Círculo e o Ponto — os quais nenhum ser humano vivo pode definir senão como abstrações incompreensíveis —, situou na base do Triângulo a origem da Matéria cósmica diferenciada. Tornou-se assim o Triângulo a primeira das figuras geométricas. O autor de New Aspects of Life opõe-se, quando se refere aos Mistérios cabalísticos, à objetivação, se assim podemos dizer, do conceito pitagórico e a esse uso do triângulo equilátero, classificando tudo isso como “um erro”11. Seu argumento de que um corpo sólido equilátero,
ResponderExcluir11. New Aspects of Life, p. 387.
“cuja base e cada um de cujos lados formam triângulos iguais, deve ter quatro faces ou superfícies co-iguais, ao passo que um plano triangular possuirá necessariamente cinco”11-A,
ResponderExcluir11-A. Ibid.
demonstra, pelo contrário, a grandeza do conceito, em toda sua aplicação esotérica à idéia da pré-gênese e da gênese do Cosmos. Concedemos que um Triângulo ideal, definido por linhas matemáticas imaginárias,
ResponderExcluir“não pode ter lados de espécie alguma, sendo apenas um fantasma da mente; os lados que lhe fossem atribuídos seriam os do objeto que semelhante imagem representa”12.
ResponderExcluir12. Ibid.
Mas, nesse caso, a maior parte das hipóteses científicas não são mais que “fantasmas da mente”; não podem ser demonstradas, a não ser por via de inferência, e foram adotadas simplesmente para atender a necessidades científicas. Demais, o Triângulo ideal — “como idéia abstrata de um corpo triangular, e, portanto, como tipo de uma idéia abstrata” — realizou e expressou à perfeição o duplo simbolismo que se tinha em mira. Como emblema aplicável à idéia objetiva, o triângulo simples converteu-se em um sólido. Quando reproduzido em pedra, dando frente para os quatro pontos cardeais, assumiu a forma de pirâmide, símbolo do Universo fenomenal que se funde com o Universo numênico do pensamento, no vértice dos quatro triângulos; e, “como figura imaginária construída com três linhas matemáticas”, simbolizou as esferas subjetivas, “encerrando as linhas um espaço matemático, o que é igual a nada dentro de nada”. E assim é, porque, para os sentidos e a consciência não educada do profano e do homem de ciência, tudo o que está além da linha da Matéria diferenciada — isto é, fora e além do reino da Substância mais Espiritual — deve para sempre permanecer igual a nada. É o Ain Soph, Não-Coisa.
ResponderExcluirTodavia, esses “fantasmas da mente” não são, em verdade, abstrações maiores que as idéias abstratas em geral quanto à evolução e o desenvolvimento físico, como a Gravidade, a Força, a Matéria, etc., em que se baseiam as ciências exatas. Os nossos químicos e físicos mais eminentes se esforçam com tenacidade em tentativas, aliás promissoras, para remontar até a origem oculta do Protilo ou da linha básica do Triângulo Pitagórico. Este último é, como dissemos, o mais grandioso conceito que se possa imaginar, pois simboliza a um tempo o Universo ideal e o Universo visível13. Efetivamente, se
ResponderExcluir13. No Mundo da Forma, o simbolismo que encontra expressão nas pirâmides, tendo nelas ao mesmo tempo o triângulo e o quadrado, quatro triângulos ou superfícies co-iguais, quatro pontos na base e o quinto ponto no vértice.
“A unidade possível é só uma possibilidade como realidade da natureza, como um indivíduo de qualquer espécie, [e se] todo objeto natural individual é suscetível de divisão, e com a divisão perde sua unidade ou cessa de ser uma unidade”14,
ResponderExcluir14. New Aspects of Life, pp. 385 e 386.
isso não é verdade senão no domínio da Ciência exata, em um mundo tão falaz quanto ilusório. No domínio da Ciência Esotérica, a Unidade dividida ad infinitum, em vez de perder sua unidade, aproxima-se, a cada divisão, dos planos da REALIDADE única e eterna. O olho do Vidente pode segui-la e contemplá-la em toda a sua glória pré-genética. Esta mesma idéia da realidade do Universo subjetivo e da não-realidade do Universo objetivo se encontra no fundo dos ensinamentos de Pitágoras e de Platão que eram reservados aos Eleitos; assim, Porfirio, referindo-se à Mônada e à Díada, menciona que só a primeira era considerada como substancial e real, “o Ser mais simples, a causa de toda unidade e a medida de todas as coisas”.
ResponderExcluirA Díada, porém, embora sendo a origem do Mal, ou da Matéria — por conseguinte irreal em Filosofia — é também Substância durante o Manvantara, e recebe muitas vezes, em Ocultismo, o nome de Terceira Mônada, a linha de união entre dois Pontos, ou Números, que procedem de AQUILO “que existia antes de todos os Números”, como se expressou o Rabi Barahiel. Dessa Díada saíram todas as Centelhas dos três Mundos ou Planos superiores e os quatro inferiores — que estão em constante interação e correspondência. É este um ensinamento que a Cabala tem em comum com o Ocultismo oriental, pois na Filosofia Oculta há a “Causa UMA” e a “Causa Primeira”, de modo que a última se converte paradoxalmente na Segunda, tal como o esclarece o autor de Qabbalah from the Philosophical Writings of Ibn Gebirol, quando diz:
ResponderExcluir“Ao tratar-se da Causa Primária, duas coisas devem ser consideradas: a Causa Primária per ser e sua relação e conexão com o Universo visível e invisível.”15
ResponderExcluir15. Op. cit., de Isaac Myer, p. 174.
Mostra ele assim que os hebreus primitivos, assim como os árabes posteriores, seguiram os passos da Filosofia oriental, representada pela dos caldeus, a dos persas, a dos hindus, etc. A Causa Primária daqueles era, no princípio, designada
ResponderExcluir“Pelo שדי Shaddai triádico, o [triunfo] Todo poderoso; depois pelo Tetragrammaton יהוה, YHVH, símbolo do Passado, do Presente e do Futuro”16,
ResponderExcluir16. Ibid., p. 175.
e, devemos acrescentar, do eterno É ou EU SOU. Ademais, na Cabala o nome YHVH (ou Jeová) exprime um “Ele” e uma “Ela”, macho e fêmea; dois em um, ou Chokmah e Binah, e o Shekinah dele, ou melhor, o Shekinah ou Espírito Sintetizador (ou Graça) deles, que ainda transforma a Díada em Tríade. Confirmam-no a liturgia judaica do Pentecostes e a seguinte oração:
ResponderExcluir“Em nome da Unidade, do Santo e Bendito Hû [Ele] e do Seu She’kinah, o Oculto e Escondido Hû, bendito seja YHVH [o Quaternário] por todo o sempre”.
ResponderExcluirHû é considerado masculino, e YaH feminino; juntos fazem יהוה אחד ou seja, um YHVH. Um só, mas de natureza macho-fêmea, o She’kinah foi sempre considerado na Cabala como feminino.”17
17. Ibid., p. 175.
Assim também nos Purânas esotéricos, porque Shekinah, neste caso, não é mais que Shakti — o duplo feminino de qualquer Deus. O mesmo se dava quanto aos primeiros cristãos, cujo Espírito Santo era feminino, como o era Sophia entre os gnósticos. Contudo, na Cabala caldéia transcendente, ou Livro dos Números, Shekinah não tem sexo, e representa a mais pura abstração, um estado como o do Nirvana, nem subjetivo nem objetivo nem nada, exceto a absoluta PRESENÇA.
ResponderExcluirDesse modo, só nos sistemas antropomorfizados — como em grande parte passou a ser a Cabala de hoje — é que Shekinah-Shakti tem aspecto feminino. Como tal, converte-se na Díada de Pitágoras, as duas linhas retas que não podem formar nenhuma figura geométrica e são o símbolo da Matéria. Dessa Díada, quando unida à linha-base do Triângulo sobre o plano inferior (o Triângulo superior da Árvore Sephirotal), surgem os Elohim, ou a Divindade na Natureza Cósmica, a designação inferior para o verdadeiro cabalista, traduzida na Bíblia por “Deus”18. Deste (os Elohim) procedem as Centelhas.
ResponderExcluir18. “A designação inferior, ou a Divindade na Natureza, o termo mais geral Elohim, foi traduzida por ‘Deus’” (p. 175). Obras recentes, como a Qabbalah de Isaac Myer e de S. L. MacGregor Mathers, justificam plenamente nossa atitude em relação à Divindade jeovista. Não é a abstração transcendental, filosófica e altamente metafísica do pensamento original cabalístico — Ain-Soph-Shekinah-Adão-Kadmon e todos os demais — não é essa abstração que combatemos, mas a cristalização de tudo isso no Jeová antropomórfico, extremamente antifilosófico e inaceitável, a divindade finita e andrógina, para a qual se pretende a eternidade, a onipotência e a onisciência. Não nos opomos à Realidade Ideal, e sim à sua horrível Sombra teológica.
As Centelhas são as “Almas”, e estas Almas aparecem sob a tríplice forma de Mônadas (Unidades), Átomos e Deuses, segundo a nossa Doutrina. Como diz o Catecismo Esotérico:
ResponderExcluirCada Átomo se converte em uma unidade visível complexa [molécula], e, uma vez atraída à esfera da atividade terrestre, a essência Monádica, passando através dos reinos mineral, vegetal e animal, se converte em homem.
ResponderExcluirE mais:
ResponderExcluirDeus, Mônada e Átomo são as correspondências de Espírito, Mente e Corpo [Âtmâ, Manas e Sthûla Sharira] no homem.
ResponderExcluirEm sua agregação setenária, formam o “Homem Celeste”, no sentido cabalístico; de modo que o homem terrestre é o reflexo provisório do Celeste. Ou ainda:
ResponderExcluirAs Mônadas [Jivas] são as Almas dos Átomos; aquelas e estes são a estrutura com que se revestem os Chohans [Dhyânis, Deuses] quando uma forma se faz necessária.
ResponderExcluirRefere-se isso às Mônadas cósmicas e subplanetárias; não ao Monas supracósmico, a Mônada Pitagórica, conforme é chamado, em seu caráter sintético, pelos peripatéticos panteístas. As Mônadas objeto de nossa dissertação, e do ponto de vista de sua individualidade, são consideradas como Almas Atômicas, antes de descerem os Átomos às formas puramente terrestres. Porque esta descida na Matéria concreta marca o ponto médio de sua própria peregrinação individual. Aqui, perdendo sua individualidade no reino mineral, começam elas a subir, através dos sete estados de evolução terrestre, para aquele ponto em que se estabelece firmemente uma correspondência entre a consciência humana e a consciência Deva (divina). Por enquanto, porém, não nos vamos ocupar de suas metamorfoses e atribulações terrestres, mas sim de sua vida e atitude no Espaço, em planos até onde a visão do mais intuitivo dos químicos e dos físicos não pode alcançar, a não ser que haja desenvolvido em si faculdades de clarividência superior.
ResponderExcluirÉ bem sabido que Leibnitz muito se aproximou da verdade várias vezes; mas definiu a Evolução Monádica incorretamente, o que não deve surpreender, pois não era um Iniciado, nem sequer um místico, sendo apenas um filósofo dotado de bastante intuição. Apesar disso, nenhum psicofísico chegou, como ele, tão perto do esboço geral esotérico da Evolução.
ResponderExcluirEsta Evolução (considerada em seus diversos ângulos, isto é, como a Mônada Universal e a Individualizada, e sob os aspectos principais da Energia que se desenvolve após a diferenciação, o aspecto puramente Espiritual, o Intelectual, o Psíquico e o Físico) esta Evolução, dizíamos, pode formular-se, como lei invariável, deste modo: uma descida do Espírito na Matéria, equivalente a um período ascendente da evolução física; uma reascensão desde as profundezas da materialidade até o statu quo ante, com um correspondente esvaecer da forma concreta e da substância, até o estado “Laya”, ou o que a Ciência chama de “ponto zero”, e ainda além.
ResponderExcluirTais estados — uma vez que se tenha bem apreendido o espírito da Filosofia Esotérica — se fazem absolutamente necessários, por simples considerações lógicas e analógicas. A Ciência física, que já chegou a determinar, graças ao ramo da química, a lei invariável dessa evolução dos Átomos — desde a sua condição de “Protilo” até a de partículas físicas e depois químicas (ou moléculas) — não pode rejeitar esses estados como lei geral. E, uma vez obrigada por seus inimigos — a Metafísica e a Psicologia19 — a sair de suas fortalezas supostamente inexpugnáveis, haverá de reconhecer mais difícil, do que hoje parece, recusar um lugar nos Espaços do ESPAÇO aos Espíritos Planetários (Deuses), aos Elementais e até mesmo aos Espectros ou Fantasmas Elementares, e outros. Já Figuier e Paul D’Assier, positivistas e materialistas ambos, se renderam diante dessa necessidade lógica. Outros homens de ciência ainda mais eminentes os seguirão nessa “Queda” intelectual. Serão eles desalojados de suas posições, não por fenômenos espiritistas ou teosóficos, nem por outro fenômeno físico ou mental, mas tão-somente pelas enormes fendas e abismos que se abrem todos os dias e continuarão a abrir-se aos seus pés, à medida que se sucedem as descobertas, até que finalmente sejam todos lançados à terra pela simples vaga do senso comum.
ResponderExcluir19. Que a palavra “Psicologia” não induza o leitor, por uma associação de idéias, a pensar nos chamados “psicólogos” modernos, cujo Idealismo não passa de outro nome dado ao materialismo intransigente, e cujo pretenso monismo não é mais que uma máscara destinada a ocultar o vazio do aniquilamento final, inclusive o da própria consciência. Queremos aqui referir-nos à Psicologia espiritual.
Podemos citar como exemplo a última descoberta do Sr. W. Crookes, a que ele deu o nome de Prótilo. Em Notes on the Bhagavad Gitâ, de autoria de um dos mais eminentes metafísicos e eruditos vedantinos da Índia, vemos uma observação tão significativa quanto rigorosamente exata, a propósito das “coisas Ocultas” que se contêm naquela grande obra esotérica hindu:
ResponderExcluir“É desnecessário descer às minúcias da evolução do sistema solar. Podeis formar uma idéia do modo como vem à existência cada um dos elementos procedentes destes três princípios em que se diferencia Mûlaprakriti” [o Triângulo Pitagórico] “estudando a conferência pronunciada pelo Professor Crookes, há pouco tempo, sobre os chamados corpos simples da ciência moderna. Essa conferência vos dará uma noção de como esses chamados corpos simples surgem de Vishvânara20, o mais objetivo dos três princípios, que parece ocupar o lugar do prótilo mencionado naquela conferência. Salvo em certos pormenores, a mesma conferência parece apresentar as grandes linhas da teoria de evolução física no plano de Vishvânara, e representa, que eu saiba, a maior aproximação da verdadeira teoria oculta, que já alcançaram os investigadores modernos sobre tal assunto.”21
ResponderExcluir20. “Vishvânara não é apenas o mundo objetivo manifestado, mas também a base física una (a linha horizontal do triângulo) de onde surge à existência todo o mundo objetivo.” É o Díada Cósmica, a Substância Andrógina. Mais além desta só há o verdadeiro Prótilo.
21. T. Subba Row. Veja-se The Theosophist, de fevereiro de 1887, p. 308.
Todos os ocultistas orientais aprovarão e repetirão as palavras acima. Na Seção XI tivemos oportunidade de citar muitos trechos da conferência do Sr. Crookes. Proferiu ele uma segunda conferência sobre a “Gênese dos Corpos Simples”22, e ainda uma terceira, ambas tão notáveis como a primeira. Aqui temos quase uma confirmação dos ensinamentos da Filosofia Esotérica quanto ao processo seguido pela evolução primordial. É realmente a maior aproximação da Doutrina Secreta a que podia chegar um grande cientista especializado em química23, à parte a aplicação das Mônadas e Átomos aos dogmas da metafísica puramente transcendente, assim como à sua correlação e conexão com os “Deuses e Mônadas conscientes e inteligentes”. Mas a química se acha agora em seu plano ascendente, graças a um de seus mais insignes representantes na Europa. Já não lhe seria possível retroceder aos dias em que os seus subelementos eram considerados como corpos absolutamente simples e homogêneos, quando o Materialismo, em sua cegueira, os havia promovido à categoria de elementos. A máscara foi arrancada por mão demasiado hábil, para que possa haver o temor de um novo equívoco. E depois de anos de muita falácia, de moléculas bastardas apresentadas pomposamente com o rótulo de Corpos Simples, por trás e além dos quais não podia haver senão o vácuo, pergunta mais uma vez um eminente professor de química:
ResponderExcluir22. Por W. Crookes, F.R.S., V.P.C.S., conferência na Royal Institution de Londres, em 18 de fevereiro de 1887.
23. A verdade deste asserto só estará plenamente demonstrada no dia em que a descoberta da matéria radiante do Sr. Crookes conduzir a um estudo mais completo sobre a verdadeira origem da luz, revolucionando todas as teorias atuais. Contribuirá para evidenciar aquela verdade um conhecimento maior das flâmulas da aurora borealis do Norte.
“Que são esses Corpos Simples, de onde vêm, qual a sua significação?... Esses elementos nos enchem de perplexidade em nossas investigações, confundem as nossas teorias e nos obsidiam em nossos próprios sonhos. Estendem-se à nossa frente como um mar desconhecido, zombando, mistificando e sussurrando estranhas revelações e possibilidades.”24
ResponderExcluir24. Genesis of the Elements, p. 1.
Os herdeiros das revelações primitivas ensinaram essas possibilidades no curso dos séculos, mas nunca foram ouvidos. As verdades inspiradas a Kepler, Leibnitz, Gassendi, Swedenborg, etc., foram sempre mescladas com suas próprias especulações em um ou outro sentido predeterminado; e daí o deformarem-se. Hoje, porém, uma das grandes verdades começou a brilhar ante os olhos de um eminente professor da ciência exata, e ele proclama sem receio, como um axioma fundamental, que até o presente não chegou a Ciência a conhecer os corpos realmente simples. Disse o Sr. Crookes ao seu auditório:
ResponderExcluir“Se me aventuro a declarar que os corpos geralmente aceitos como simples não são simples nem primários, que não surgiram por acaso, não foram criados de maneira mecânica e irregular, senão que se desenvolveram de matérias mais simples — ou mesmo, possivelmente, de uma única espécie de matéria —; se eu o declaro, não faço mais que dar forma a uma idéia que tem estado, por assim dizer, “no ar” da ciência desde já algum tempo. Químicos, físicos, filósofos do mais alto mérito, afirmam de modo explícito a sua convicção de que os setenta (ou coisa aproximada) corpos simples mencionados em nossos compêndios não representam colunas de Hércules que não possamos algum dia transpor... Filósofos de hoje e de ontem — homens que certamente nunca trabalharam em laboratório — chegaram à mesma conclusão por caminho diferente. O Sr. Herbert Spencer, por exemplo, manifesta sua crença de que “os átomos químicos são produzidos pelos átomos verdadeiros ou físicos, mediante processos evolutivos, sob condições que a química não pôde ainda reproduzir...” E o poeta se antecipou ao filósofo. Milton (O Paraíso Perdido, Canto V) põe na boca do Arcanjo Rafael palavras inspiradas na idéia evolucionária e o faz dizer a Adão que o Todo-Poderoso criou.
ResponderExcluir“...Uma só matéria-prima, dotada
ResponderExcluirDe formas várias, e de graus diversos
De substância...”
Contudo, a idéia teria permanecido cristalizada “no ar da Ciência”, sem descer à densa atmosfera do Materialismo e dos mortais profanos, talvez por muito tempo ainda, se o Sr. Crookes, decidida e corajosamente, não a houvesse reduzido a sua verdadeira expressão, e a impusesse publicamente à atenção da Ciência. Conforme disse Plutarco,
ResponderExcluir“Uma idéia é um Ser incorpóreo, que não subsiste por si mesmo, mas que dá forma e figura à matéria caótica e se converte em causa da manifestação.”25
ResponderExcluir25. De Placit. Philos.
A revolução levada a efeito por Avogadro na velha Química foi a primeira página do volume da “Nova Química”. O Sr. Crookes acaba de virar a segunda página, e valorosamente aponta a que pode ser a última. Porque, uma vez aceito e reconhecido o Prótilo — como o foi o Éter invisível, sendo ambos necessidades lógicas e científicas —, a Química terá virtualmente cessado de existir, para reaparecer, em sua reencarnação, como “Nova Alquimia” ou “Metaquímica”. O descobridor da matéria radiante terá feito justiça às antigas obras arianas sobre o Ocultismo, inclusive aos Vedas e aos Purânas. Pois, que são a “Mãe” manifestada, o “Pai-Filho-Esposo” (Aditi e Daksha, uma forma de Brahmâ, como Criadores) e o “Filho” — os três “Primogênitos” — senão simplesmente o Hidrogênio, o Oxigênio e o que, em sua manifestação terrestre, é chamado Nitrogênio? Até mesmo as descrições exotéricas da Tríade “Primogênita” dão todas as características desses três gases. E dizemos que Priestley foi o “descobridor” do oxigênio, que já era conhecido na mais remota antiguidade!
ResponderExcluirVemos, além disso, que até nos livros exotéricos hindus todos os poetas e filósofos, antigos e modernos, inclusive os medievais, têm sido antecipados quanto aos Vórtices Elementais postos em ação pela Mente Universal: o “Plenum” de Matéria diferenciada em partículas, de Descartes; o “fluido etéreo” de Leibnitz e o “fluido primitivo” de Kant, dissociado em seus elementos; o torvelinho solar e os vórtices sistemáticos de Kepler; em suma, desde Anaxágoras até Galileu, Torricelli e Swedenborg, e, depois deles, até as últimas especulações dos místicos europeus, tudo isso se encontra nos hinos ou Mantras hindus, dedicados aos “Deuses, Mônadas e Átomos” em seu conjunto — porque são inseparáveis. Nos Ensinamentos Esotéricos, conciliam-se as concepções mais transcendentes do Universo e seus mistérios, assim como as especulações mais aparentemente materialistas, pois as Ciências Ocultas abrangem todo o campo da evolução, desde o Espírito à Matéria. Como declarou um teósofo americano,
ResponderExcluir“As Mônadas [de Leibnitz] podem, de um certo ponto de vista, ser chamadas forças, procedentes de outra matéria. Para a Ciência Oculta, força e matéria não são mais que dois aspectos da mesma substância.”26
ResponderExcluir26. The Path, janeiro de 1887, p. 297.
Recorde o leitor aquelas “Mônadas” de Leibnitz, cada uma das quais é um espelho vivo do Universo, em que se refletem todas as outras, e compare este conceito e esta definição com certos “slokas” sânscritos, traduzidos por Sir William Jones, nos quais se diz que a fonte criadora da Mente Divina,
ResponderExcluir“Oculta atrás de um véu de densas trevas, formou espelhos com os átomos do mundo, e projetou o reflexo de sua própria face sobre cada átomo”.
ResponderExcluirAssim, quando o Sr. Crookes declara que,
ResponderExcluir“Se pudéssemos mostrar como foram gerados os chamados corpos simples da química, teríamos preenchido uma enorme lacuna em nosso conhecimento do Universo”,
ResponderExcluira resposta de pronto se apresenta. O conhecimento teórico se acha no significado esotérico de todas as cosmogonias hindus, nos Purânas; a demonstração prática está em mãos de homens que não serão reconhecidos neste século, a não ser por muito poucos. As possibilidades científicas de várias descobertas, que devem inevitavelmente conduzir a Ciência à aceitação das teorias ocultas do Oriente, teorias que contêm tudo o de que se necessita para preencher as “lacunas”, têm estado até o momento ao dispor do materialismo intransigente dos nossos dias. Só trilhando o caminho seguido pelo Sr. William Crookes é que pode haver alguma esperança de que se venha a reconhecer certas verdades, até agora ocultas.
ResponderExcluirNeste meio tempo, todo aquele que aspire a obter, mediante um diagrama prático, algum vislumbre da evolução da Matéria primordial — que, separando-se e diferenciando-se sob o impulso da lei cíclica, se divide, em termos gerais, em uma gradação setenária de Substância — o melhor que pode fazer é examinar os gráficos que acompanham a conferência do Sr. Crookes sobre a Gênese dos Elementos, e ponderar bem certas passagens do texto. Ali se diz:
ResponderExcluir“Ampliaram-se as noções que tínhamos do elemento químico. Até aqui a molécula era considerada como um agregado de dois ou mais átomos, não se levando em conta o plano arquitetônico a que obedece a união destes átomos. Podemos conjeturar que a estrutura de um corpo simples é bem mais complexa do que se supunha até agora. Entre as moléculas que estamos habituados a tratar nas reações químicas e os átomos primários, tais quais foram criados, surgem moléculas menores ou agregados de átomos físicos; na construção do ítrio estas submoléculas diferem entre si conforme a posição que ocupam.
ResponderExcluirTalvez simplifiquemos essa hipótese imaginando o ítrio representado por uma moeda de cinco xelins. Por meio do fracionamento químico chego a dividi-la em cinco xelins separados, e observo que estes xelins não são partes exatamente iguais, mas, como os átomos de carbono no anel de benzol, trazem a marca de suas posições, 1, 2, 3, 4, 5, estampada sobre eles... Se jogo os meus xelins no cadinho ou os dissolvo quimicamente, o cunho desaparece, e todos eles se transformam em prata.”27
ResponderExcluir27. Genesis of the Elements, p. 11.
É o que sucederá com todos os Átomos e moléculas quando forem separados de suas formas e corpos compostos, ao começar o Pralaya. Inverta-se o caso, e imagine-se a aurora de um novo Manvantara. A “prata” pura do material absorvido se converterá mais uma vez na SUBSTÂNCIA, a qual produzirá “Essências Divinas”, cujos “Princípios”28 são os Elementos Primários, os Subelementos, as Energias Físicas e a Matéria subjetiva e objetiva, ou, abreviando, DEUSES, MÔNADAS e ÁTOMOS. Se deixarmos por um instante o aspecto metafísico ou transcendental da questão — não levando em conta os Seres e Entidades supra-sensíveis e inteligentes, em que os cabalistas e os cristãos acreditam — para nos cingirmos à teoria da evolução atômica, veremos que as Doutrinas Ocultas se acham também confirmadas pela Ciência exata em seus postulados, ao menos no que se refere aos supostos “corpos simples”, agora rebaixados à categoria de parentes pobres e afastados, nem sequer primos segundos, dos que devem ostentar aquele título. O Sr. Crookes realmente nos diz que:
ResponderExcluir28. Correspondentes na escala cósmica a Espírito, Alma, Mente, Vida e os três veículos: Corpo Astral, Corpo Mayávico e Corpo Físico (da Humanidade), seja qual for a divisão adotada.
“Até então prevalecia a crença de que, se o peso atômico de um metal, determinado por vários experimentadores a partir de compostos diferentes, se mostrava sempre constante... era por que esse metal devia entrar na categoria dos corpos simples ou elementais. Agora sabemos... que não é assim. Ainda aqui nos vemos em face de rodas dentro de rodas. O gadolínio não é um corpo simples, mas um composto... Mostramos que o ítrio é um corpo composto de cinco ou mais elementos. E quem ousará afirmar que cada um destes elementos constituintes, se atacado de maneira diferente, e submetido o resultado a uma prova mais delicada e minuciosa que a da matéria radiante, não chegaria, por sua vez, a tornar-se divisível? Onde, pois, se acha o verdadeiro corpo simples primário? À medida que avançamos, ele recua, como aquelas miragens de bosques e lagos que aparecem no deserto aos olhos do viajante cansado e sequioso. Devemos assim deixar-nos iludir e decepcionar em nossa pesquisa da verdade? A idéia mesma de um corpo simples, como algo absolutamente primário e final, começa a tornar-se cada vez menos precisa.”29
ResponderExcluir29. Genesis of the Elements, p. 16.
Dissemos em Ísis sem Véu que:
ResponderExcluir“Este mistério da primeira criação, que sempre constituiu o desespero da Ciência, é insondável, a não ser que aceitemos a doutrina de Hermes. Se ele [Darwin] pudesse transferir suas investigações do Universo visível para o invisível, encontrar-se-ia na verdadeira senda. Mas estaria então seguindo os passos dos hermetistas.”30
ResponderExcluir30. Vol. I, p. 429.
Começa a cumprir-se a nossa profecia.
ResponderExcluirEntre Hermes e Huxley há, porém, um ponto intermédio. Que os homens de ciência estendam uma ponte só até a metade da distância, e que meditem seriamente nas teorias de Leibnitz. Mostramos que as nossas teorias acerca da evolução dos Átomos — cuja última transformação em moléculas químicas compostas se processa nos laboratórios terrestres, na atmosfera da Terra, e não em outro lugar — coincide de modo surpreendente com a evolução dos átomos apresentada nos gráficos do Sr. Crookes. Foi mencionado várias vezes neste volume que Mârtânda, o Sol, se havia formado e desenvolvido, juntamente com os seus sete Irmãos menores, no meio de sua Mãe Aditi, seio este que não é senão a matéria-prima, o Prótilo do conferencista. A Doutrina Secreta ensina a existência de
ResponderExcluir“Uma forma antecedente de energia que passa por ciclos periódicos de fluxo e de refluxo, de repouso e de atividade.”31
ResponderExcluir31. Genesis of the Elements, p. 21.
Eis que um dos luminares da Ciência pede agora ao mundo que aceite isso como um de seus postulados!
ResponderExcluirMostramos como a “Mãe”, ígnea e cálida, se tornava gradualmente fria e radiante; e é esse mesmo homem de ciência quem reclama como segundo postulado (uma necessidade científica ao que parece)
ResponderExcluir“Uma ação interna, semelhante ao esfriamento, operando lentamente sobre o prótilo”.
ResponderExcluirA Ciência Oculta ensina que a “Mãe” permanece difundida no Infinito, durante o Pralaya, como o Grande Abismo, as “Águas secas do Espaço”, na curiosa expressão do Catecismo, e se converte em úmida somente após a separação e a passagem, sobre a sua face, de Nârâyana,
ResponderExcluiro Espírito que é a Chama invisível que nunca arde, mas inflama tudo aquilo em que toca, e lhe dá a vida e o poder de geração32.
ResponderExcluir32. “O Senhor é um fogo devorador”. “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens”.
E a Ciência nos diz que “o primogênito dos corpos simples... mais próximo do prótilo” deve ser “o hidrogênio... que durante algum tempo terá sido a única forma existente de matéria” no Universo. Que diz a Ciência Antiga? Responde: É exato; mas nós preferimos chamar Espírito e Númeno ao Hidrogênio (e ao Oxigênio) que — nas idades pré-geológicas e até pré-genéticas — insufla, por incubação, o sopro de vida na “Mãe” — o Espírito e o Númeno do que se converte, em sua forma mais grosseira sobre a nossa Terra, em Hidrogênio, Oxigênio e Nitrogênio — não sendo este último de natureza divina, mas unicamente um cimento terrestre para unir outros gases e fluidos, e servir como uma esponja para levar consigo o sopro de vida, o ar puro33. Os gases e fluidos, antes de se tornarem no que são em nossa atmosfera, foram Éter interestelar; anteriormente a isto, e em um plano mais profundo, outra coisa; e assim sucessivamente in infinitum.
ResponderExcluir33. Que, decomposto alquimicamente, nos daria o Espírito de Vida e seu Elixir.
O sábio e eminente Professor perdoará ao ocultista o havê-lo citado tantas vezes; tal é o castigo reservado a um membro da Sociedade Real que se aproxima tanto do recinto do Ádito sagrado dos Mistérios Ocultos, ao ponto de transpor virtualmente os limites proibidos.
ResponderExcluirMas é tempo de deixar a ciência física moderna para tratar do aspecto psicológico e metafísico da questão.
ResponderExcluirDesejamos apenas observar que, aos “dois postulados bem razoáveis”, requeridos pelo ilustre conferencista, “para obter-se um vislumbre de alguns dos segredos tão profundamente ocultos”, atrás da “porta do Desconhecido”, cumpre acrescentar um terceiro34, a fim de não se bater em vão para abri-la; o postulado de que Leibnitz havia baseado suas teorias no terreno firme da verdade e dos fatos. A sinopse admirável e meditada dessas especulações — tais como expostas por John Theodore Mertz em seu Leibniz — prova quanto este filósofo chegou perto dos segredos ocultos da Teogonia Esotérica em sua Monadologia. E no entanto ele, em suas especulações, apenas se elevou acima dos primeiros planos, dos princípios inferiores do Grande Corpo Cósmico. Sua teoria não vai a alturas mais sublimes que as da vida manifestada, as da consciência e da inteligência, deixando intangíveis os mistérios pós-genéticos anteriores, pois que o seu fluido etéreo é pós-planetário.
ResponderExcluir34. Sobretudo, o postulado de que na Natureza não há substâncias ou corpos inorgânicos. As pedras, os minerais, as rochas e até os “átomos” químicos não passam de unidades orgânicas em letargia profunda. Seu estado de coma tem um fim, e sua inércia se converte em atividade.
Mas esse terceiro postulado dificilmente será aceito pelos homens de ciência modernos; como Descartes, hão de preferir ater-se às coisas externas, que são incapazes, como a extensão por exemplo, de explicar os fenômenos do movimento, a admitir que este último seja uma Força independente. Jamais se tornarão anticartesianos na presente geração, e tampouco aceitarão que
ResponderExcluir“A propriedade da inércia não é uma propriedade puramente geométrica, senão que indica a existência de algo nos corpos externos que não é simplesmente extensão.”
ResponderExcluirÉ o pensamento de Leibnitz, tal como o analisou Mertz, o qual acrescenta que a esse “algo” dava ele o nome de Força, sustentando que as coisas externas são dotadas de Força, e que, sendo portadoras de Força, devem ter uma Substância; pois não são massas inertes e sem vida, mas centros e veículos da Forma — proposição de caráter puramente esotérico, uma vez que a Forma era para Leibnitz um princípio ativo —; desaparecendo com esta conclusão a separação entre a Mente e a Matéria.
ResponderExcluir“As investigações matemáticas e dinâmicas de Leibnitz não teriam conduzido ao mesmo resultado na mente de um investigador puramente científico. Mas Leibnitz não era um homem de ciência na acepção moderna do termo. Se o houvesse sido, teria desenvolvido o conceito da energia; definido matematicamente as idéias de força e trabalho mecânico; e chegado à conclusão de que, até mesmo para fins rigorosamente científicos, convém considerar a força, não como uma quantidade primária, mas como uma quantidade derivada de outra.”
ResponderExcluirMas, felizmente para a verdade,
ResponderExcluir“Leibnitz era um filósofo; e, como tal, adotava certos princípios fundamentais, que o inclinavam em favor de determinadas conclusões; e a sua descoberta de que as coisas externas eram substâncias dotadas de força desde logo foi empregada para fins de aplicação daqueles princípios. Um deles consistia na lei de continuidade, na convicção de que o mundo tinha todas as suas partes relacionadas umas com as outras, não existindo fendas ou vazios que não pudessem ser transpostos. Era-lhe insuportável o contraste de substâncias pensantes extensas. A definição das substancias extensas já se havia tornado insustentável: era natural que se fizesse uma investigação semelhante a respeito da definição da mente, a substância pensante.”
ResponderExcluirAs divisões adotadas por Leibnitz, ainda que incompletas e defeituosas do ponto de vista do Ocultismo, revelam um espírito de intuição metafísica que nenhum homem de ciência, nem Descartes, nem o próprio Kant, jamais alcançou. Para ele existe uma gradação infinita de pensamento. Dizia que só uma pequena parte do conteúdo de nosso pensamento se eleva ao nível da apercepção clara, do conhecimento interno; “à luz da consciência perfeita”. Muitos permanecem em um estado confuso ou obscuro, no estado de “percepções”; mas ali estão. Descartes negava a alma aos animais; Leibnitz, como os ocultistas, dotava “toda a criação de vida mental, sendo esta, segundo ele, capaz de gradações infinitas”. E isso, como judiciosamente observa Mertz:
ResponderExcluir“Ampliou o reino da vida mental, eliminando o contraste entre a matéria inanimada e a animada; mais ainda, reagiu sobre o conceito de matéria, de substância extensa. Porque evidenciou que as coisas externas ou materiais só para os nossos sentidos apresentavam a propriedade de extensão, e não para as nossas faculdades pensantes. O matemático, para poder calcular figuras geométricas, teve que dividi-las em um número infinito de partes infinitamente pequenas, e o físico não viu limites à divisibilidade da matéria em átomos. O volume com que as coisas externas parecem encher o espaço é uma propriedade que elas adquirem unicamente em razão da condição grosseira dos nossos sentidos... Leibnitz seguiu até certo ponto o raciocínio destes argumentos, mas não podia contentar-se com admitir que a matéria fosse composta de um número limitado de partes minúsculas. Seu espírito matemático o obrigou a estender o raciocínio in infinitum. Que sucedeu então com os átomos? Perderam sua extensão, e só conservaram a sua propriedade de resistência; eram centros de força. Foram reduzidos a pontos matemáticos... Imaginando que a existência interna, como a da mente humana, seja uma nova dimensão, não uma dimensão geométrica, mas metafísica, ...e reduzindo a nada a extensão geométrica dos átomos, Leibnitz lhes conferiu uma extensão infinita no sentido de sua dimensão metafísica. Depois de havê-los perdido de vista no mundo do espaço, deve a mente penetrar, por assim dizer, no mundo metafísico, para descobrir e compreender a essência verdadeira do que aparece no espaço tão-somente como um ponto matemático... Como um cone que se mantém sobre o seu vértice, ou como uma linha reta perpendicular que corta um plano horizontal só em um ponto matemático, mas pode estender-se ao infinito em altura e profundidade, assim as essências das coisas reais têm, neste mundo físico do espaço, uma existência representada apenas por um ponto, mas possuem uma infinita profundidade de vida interna no mundo metafísico do pensamento.”35
ResponderExcluir35. Ibid., p. 144.
Aí está o espírito, a raiz mesma da doutrina e do pensamento ocultos. O “Espírito-Matéria” e a “Matéria-Espírito” se estendem infinitamente em profundidade; e, como a “essência das coisas” de Leibnitz, a nossa essência das coisas reais está na sétima profundidade; ao passo que a matéria grosseira e irreal da Ciência e do mundo exterior se encontra no extremo inferior de nossos sentidos perceptivos. O ocultista conhece o valor ou a ausência de valor desta última.
ResponderExcluirDevemos agora explicar ao estudante a diferença fundamental entre o sistema de Leibnitz e o da Filosofia Oculta, na questão das Mônadas, o que se pode fazer tendo presente a sua Monadologia. Podemos dizer, em verdade, que, nos pontos em que se conciliam os sistemas de Leibnitz36 e de Spinoza, a essência e o espírito da Filosofia Esotérica aparecem. Do encontro entre os dois — como opostos ao sistema cartesiano — surgem as verdades da Doutrina Arcaica. Ambos são contrários à metafísica de Descartes. A idéia cartesiana do contraste de duas Substâncias — Extensão e Pensamento —, diferindo radicalmente uma da outra, e sendo mutuamente irredutíveis, é demasiado arbitrária e antifilosófica para aqueles. Assim, Leibnitz fez das duas Substâncias cartesianas dois atributos de uma Unidade universal, em que via Deus. Spinoza só reconhecia uma Substância Universal indivisível, um TODO absoluto, como Parabrahman. Ao contrário, Leibnitz percebia a existência de uma pluralidade de Substâncias. Para Spinoza não havia mais que o UNO; para Leibnitz havia uma infinidade de Seres procedentes do Uno ou no Uno. De modo que, embora ambos não admitissem mais que Uma Entidade Real, Spinoza a considerava impessoal e indivisível, enquanto Leibnitz dividia a sua Divindade pessoal em numerosos Seres divinos e semidivinos. Spinoza era um panteísta subjetivo, e Leibnitz um panteísta objetivo; mas ambos eram grandes filósofos em suas percepções intuitivas.
ResponderExcluir36. A ortografia do nome, segundo ele próprio escrevia, é Leibnitz. Era de origem eslava, embora nascido na Alemanha. Seu nome completo: Gottfried Wilhelm Leibnitz.
Ora, se as duas doutrinas se fundissem em uma só, corrigindo-se mutuamente — e, sobretudo, sendo a Realidade Una libertada de sua personalidade —, nelas ficaria como resultado um verdadeiro espírito de Filosofia Esotérica: a Essência Divina absoluta, impessoal, sem atributos, que já não é “Ser”, mas a raiz de todos os Seres. Traçai em pensamento uma profunda linha divisória entre a sempre incognoscível Essência e a Presença invisível, mas compreensível, Mûlaprakriti ou Shekinah, desde além da qual e através da qual vibra o Som do Verbo, e de onde se desenvolvem as inumeráveis Hierarquias de Seres, conscientes e inconscientes, de percepção “externa” e de percepção “interna”, cuja Essência é Força Espiritual, cuja Substância são os Elementos, e cujos Corpos (quando necessários) são os Átomos — e tereis aqui a nossa Doutrina. Porque diz Leibnitz:
ResponderExcluir“Sendo a força o elemento primitivo de todo corpo material, e não tendo nenhuma das características da matéria, pode ser concebida, mas nunca ser objeto de uma representação da imaginação.”
ResponderExcluirO que para ele constituía o elemento primordial e último em todo corpo ou objeto não eram, pois, os átomos materiais ou as moléculas, necessariamente mais ou menos extensos, como os de Epicuro e Gassendi; e sim, como o demonstra Mertz, Átomos imateriais e metafísicos, “pontos matemáticos” ou almas verdadeiras, conforme explicação de Henri Lachelier (Professor Adjunto de Filosofia), seu biógrafo francês:
ResponderExcluir“O que existe fora de nós, de modo absoluto, são Almas, cuja essência é a força.”37
ResponderExcluir37. Monadologia, introdução.
Assim, a realidade no mundo manifestado se compõe de uma unidade de unidades, de certo modo imaterial — do nosso ponto de vista — e infinita. Leibnitz chama a estas unidades Mônadas; a Filosofia Oriental, Jivas; enquanto o Ocultismo, como sucede também com os cabalistas e os cristãos, lhes dá uma variedade de nomes. Para nós, como para Leibnitz, elas são “a expressão do Universo”38, e cada ponto físico não é senão a expressão fenomenal do Ponto metafísico numênico. Sua distinção entre a “percepção” (externa) e a “a-percepção” (percepção interna) é a expressão filosófica, posto que obscurecida, dos Ensinamentos Esotéricos. Seus “universos reduzidos”, que são tão numerosos quanto as mônadas”, constituem a representação caótica do nosso Sistema Setenário com suas divisões e subdivisões.
ResponderExcluir38. “A dinâmica de Leibnitz” — diz o Professor Lachelier — “ofereceria pouca dificuldade se a mônada fosse, para ele, um simples átomo de força cega. Mas...” Compreende-se perfeitamente a perplexidade do materialismo moderno!
Quanto à relação que podem ter as suas Mônadas com os nossos Dhyân Chohans, Espíritos Cósmicos, Devas e Elementais, julgamos oportuno reproduzir a opinião de um erudito pensador teósofo, o Sr. C. H. A. Bjerregaard. Em seu excelente trabalho “Sobre os Elementos, os Espíritos Elementares e sua Relação com os Seres Humanos” lido perante a Sociedade Teosófica Ária de Nova York, ele a expôs com muita clareza nos seguintes termos:
ResponderExcluir“Para Spinoza, a substância é morta e inativa; mas para o espírito penetrante de Leibnitz tudo é atividade vivente e energia ativa. Sustentando esta opinião, ele se aproxima infinitamente mais do Oriente que outro pensador contemporâneo ou posterior. Sua descoberta de que uma energia ativa forma a essência da substância representa um princípio que o associa diretamente as Videntes do Oriente.”39
ResponderExcluir39. The Path, I, janeiro de 1887, p. 297.
Mostra depois o conferencista que para Leibnitz os Átomos e os Elementos são Centros de Força, ou melhor, “seres espirituais cuja natureza mesma é a ação”, pois
ResponderExcluir“as partículas elementais são forças vitais, que não atuam mecanicamente, senão em virtude de um princípio interno. São unidades incorpóreas, espirituais [‘substanciais’, porém, e não ‘imateriais’, no sentido que damos a esta palavra], inacessíveis a toda mudança externa... [e] indestrutíveis por qualquer força do exterior. As mônadas de Leibnitz diferem dos átomos pelas seguintes particularidades, que devemos sempre ter em mente, pois de outro modo não estaremos em condições de ver a diferença entre os Elementais e a matéria ordinária. Os átomos não se distinguem uns dos outros, são qualitativamente iguais, mas cada mônada difere qualitativamente de todas as demais, e cada qual constitui um mundo peculiar, um mundo que lhe é próprio. Não sucede o mesmo com os átomos; são absolutamente iguais, qualitativa e quantitativamente; carecem de individualidade própria40. Além disso, os átomos [ou antes, as moléculas] da filosofia materialista podem ser considerados como extensos e divisíveis, ao passo que as mônadas são “meros pontos metafísicos” e indivisíveis. Finalmente, e eis aqui um ponto em que as mônadas de Leibnitz muito se parecem com os Elementais da filosofia mística, essas mônadas são seres representativos. Cada mônada reflete todas as outras. Cada mônada é um espelho vivo do Universo, em sua própria esfera. E — atentai bem nisto, de que depende o poder destas mônadas, assim como a tarefa que podem realizar por nós — ao refletirem o mundo, as mônadas não são meros agentes refletores passivos, mas são espontaneamente ativas por si mesmas; representam imagens de modo espontâneo, como a alma que produz um sonho. Por isso, em cada mônada pode o Adepto ler tudo inclusive o futuro. Cada Mônada — ou Elemental — é um espelho que pode falar.”
ResponderExcluir40. Leibnitz revela-se um idealista absoluto ao sustentar que “átomos materiais são contrários à razão” (Système Nouveau, Erdmann, p. 126, col. 2). Para ele, a Matéria era uma simples representação da Mônada, atômica ou humano. Pensava que as Mônadas (como também nós pensamos) se acham em toda a parte. Assim, a Alma humana é uma Mônada, e cada célula do corpo humano tem sua Mônada, do mesmo modo que cada célula do animal, do vegetal e até mesmo dos corpos ditos inorgânicos. Seus Átomos são as moléculas da Ciência moderna, e suas Mônadas os átomos simples que a ciência materialista aceita pela fé, muito embora jamais possa entrar em contato com eles, a não ser em imaginação. Todavia, Leibnitz cai em contradição consigo mesmo em suas opiniões sobre as Mônadas. Fala de seus “Pontos Metafísicos” e de seus “Átomos formais” ora como realidades que ocupam o espaço, ora como idéias puramente espirituais, ora dotando-os novamente de objetividade, de agregação e de posições em suas correlações.
É nesse ponto que claudica a filosofia de Leibnitz. Ela nada prevê, nem faz distinção alguma entre a Mônada “Elemental” e a de um elevado Espírito Planetário, ou mesmo a Mônada humana ou Alma. E às vezes vai tão longe ao ponto de perguntar se
ResponderExcluir“Deus fez porventura outra coisa além de Mônadas ou substâncias sem extensão.”41
ResponderExcluir41. Examen des Principes du P. Malebranche.
Leibnitz traça uma diferença entre Mônadas e Átomos42, porque, como repetidamente declara:
ResponderExcluir42. Os Átomos de Leibnitz, em verdade, nada têm de comum, a não ser o nome, com os átomos dos materialistas gregos, nem sequer com as moléculas da Ciência moderna. Ele os chama “Átomos Formais”, e os compara às “Formas Substanciais” de Aristóteles (ver Système Nouveau, § 3º).
“os corpos, com todas as suas qualidades, não passam de fenômenos, como o arco-íris. Corpora omnia cum omnibas qualitatibus suis non sunt aliud quam phenomena bene fundata, ut Iris.”43
ResponderExcluir43. Carta ao Padre Desbosses, Correspondence, XVIII.
Mas logo depois ele salva a dificuldade, estabelecendo uma correspondência substancial, certo laço metafísico, entre as Mônadas — vinculum substanciale. A Filosofia Esotérica, ao ensinar um Idealismo objetivo (embora considere o Universo objetivo e tudo o que nele se contém como Mâyâ, Ilusão temporária) faz uma distinção prática entre a Ilusão Coletiva, Mahâmâyâ, do ponto de vista puramente metafísico, e as relações objetivas, que ela comporta, entre diversos Egos conscientes, enquanto dura essa Ilusão. O Adepto pode, consequentemente, ler o futuro em uma Mônada Elemental; mas lhe é necessário, para isso, reunir um grande número delas, pois cada Mônada representa só uma parcela do reino a que pertence.
ResponderExcluir“As mônadas são limitadas, não ao objeto, mas às modificações da cognição do objeto; todas elas tendem (confusamente) ao infinito, ao todo, mas estão limitadas e se diferenciam pelo grau de clareza de sua percepção.”44
ResponderExcluir44. Monadologia, parágrafo 60. Como Aristóteles, Leibnitz as chama Mônadas “criadas” ou emanadas (os Elementais procedentes de Espíritos Cósmicos ou Deuses), Enteléquias, ῾Εντελέχεια, e “autômatos incorpóreos”. (Monadologia, par. 18.)
E, segundo explica Leibnitz,
ResponderExcluir“Todas as partes do Universo estão distintamente representadas nas mônadas; mas algumas se refletem em uma mônada, algumas em outra.”
ResponderExcluirUma coleção de mônadas poderia representar simultaneamente os pensamentos de dois milhões de habitantes de Paris.
ResponderExcluirQue dizem sobre isso as Ciências Ocultas, e que têm a acrescentar?
ResponderExcluirDizem que o que Leibnitz chama de Mônadas Coletivas — em termos gerais, e deixando de lado, por enquanto, todas as subdivisões — pode dividir-se em três Grupos distintos45, que, contados a partir dos planos mais elevados, são, em primeiro lugar, os “Deuses” ou Egos espirituais conscientes, os Arquitetos inteligentes que trabalham segundo o plano traçado na Mente Divina; vindo em seguida os Elementais ou “Mônadas”, que constituem, coletiva e inconscientemente, os grandes Espelhos Universais de tudo o que se refere aos seus respectivos reinos; e por último os “Átomos” ou moléculas materiais, animados, a seu turno, por suas Mônadas “perceptivas”, exatamente como o é cada uma das células do corpo humano. Existem multidões desses Átomos animados, que por sua vez animam as moléculas; uma infinidade de Mônadas, ou de Elementais propriamente ditos, e de Forças espirituais inumeráveis — sem Mônada, por serem puras incorporeidades46, salvo sob o império de certas leis, quando tomam uma forma, não necessariamente humana. De onde vem a substância que as reveste — o organismo aparente que elas desenvolvem ao redor de seus centros? As Radiações Sem Forma (Arûpa), que existem na harmonia da Vontade Universal, e constituem o que chamamos o conjunto ou agregado da Vontade Cósmica no plano do Universo subjetivo, reúnem uma infinidade de Mônadas — cada qual o espelho de seu próprio Universo — e individualizam assim, em dado momento, uma Mente independente, onisciente e universal; e, por idêntico processo de agregação magnética, criam para si mesmas corpos objetivos visíveis, com os Átomos interestelares. Porque Átomos e Mônadas, associados ou dissociados, simples ou complexos, não são, desde o momento da primeira diferenciação, senão os “princípios” corpóreos, psíquicos e espirituais dos “Deuses” — estes, por sua vez, as Radiações da Natureza Primordial.
ResponderExcluir45. Estas três “divisões sumárias” correspondem a Espírito, Mente (ou Alma) e Corpo, na constituição humana.
46. O irmão C. H. A. Bjerregaard, em sua citada conferência, adverte aos seus ouvintes que não se deve considerar demasiado os Sephiroth como individualidades, evitando-se ao mesmo tempo ver neles somente abstrações. “Jamais alcançaremos a verdade” — diz ele — “e muito menos a faculdade de nos associarmos a essas entidades celestiais, enquanto não retornarmos à simplicidade e à intrepidez das eras primitivas, quando os homens conviviam livremente com os deuses e os deuses desciam entre os homens para guiá-los no caminho da verdade e da santidade” (p. 296). “Há na Bíblia várias referências aos “Anjos” que indicam claramente tratar-se de seres como os elementais da Cabala e as mônadas de Leibnitz, devendo ser esta a significação daquele termo, e não a que comumente se lhe atribui. Eles são chamados “Estrelas da Manhã”, “Fogos Ardentes”, “Entes Poderosos”; e São Paulo os vê, em sua visão cosmogônica, como “Principados e Potências”. Nomes como estes excluem a idéia de personalidade, e somos levados a considerá-los como existências impessoais... como uma influência, uma substância espiritual, ou uma força consciente”. (The Path, janeiro de 1887, pp. 331, 332.)
Desse modo, os Poderes Planetários superiores aparecem, aos olhos do Vidente, sob dois aspectos: o subjetivo, como influências, e o objetivo, como formas místicas que, em virtude da lei Cármica, se convertem em uma Presença, unificando-se o Espírito e a Matéria, como dissemos repetidas vezes. O Espírito é Matéria no sétimo plano; a Matéria é Espírito no plano inferior de sua atividade cíclica; e ambos são — Mâyâ.
ResponderExcluirEm Ocultismo, os Átomos são chamados vibrações, e também, coletivamente, Som. Nada tem isto a ver com a descoberta científica do Sr. Tyndall. Descreveu ele, nos graus inferiores da escala da existência monádica, a sucessão completa das vibrações atmosféricas — o que representa a parte objetiva do processo da Natureza. Descobriu e registrou a velocidade de seu movimento e de sua transmissão; a força de seu choque; sua repercussão vibratória no tímpano e a transmissão aos otólitos, etc., até que se inicia a vibração do nervo auditivo, dando lugar a um novo fenômeno: o lado subjetivo do processo da sensação do som. Será que ele o vê ou percebe? Não, porque sua especialidade consiste em descobrir o modo de ser da Matéria. Mas, por que não o haveria de ver um Psíquico, ou um Vidente espiritual, cujo Olho interno estivesse aberto, alguém que pudesse ver através do véu da Matéria? As ondas e ondulações da Ciência são todas produzidas por Átomos que, de dentro, impulsionam suas moléculas à atividade.
ResponderExcluirOs Átomos enchem a imensidão do Espaço e, por sua vibração contínua, constituem aquele MOVIMENTO que mantém em perpétua marcha as rodas da Vida. É a essa obra interna que se deve o fenômeno natural chamado correlação das forças. Só que na origem de cada uma dessas “Forças” se encontra o Númeno consciente que a dirige — Anjo ou Deus, Espírito ou Demônio, poderes dirigentes, em suma.
ResponderExcluirSegundo a descrição dos Videntes — aqueles que podem ver o movimento das multidões interestelares, e segui-las clarividentemente em sua evolução —, são elas deslumbrantes como flocos de neve virgem à luz radiante do sol. Sua velocidade é mais rápida que o pensamento, demasiado rápida para que possa acompanhá-la o olho físico de um mortal; e, tanto quanto a rapidez vertiginosa permita ajuizar, o movimento é circular. Para quem esteja em um campo aberto, e principalmente no alto de uma montanha, e fixe o olhar na imensa abóbada e nos infinitos espaços em derredor, toda a atmosfera se apresenta iluminada por aqueles Átomos, e repassada de relâmpagos ofuscantes. Às vezes a intensidade do seu movimento produz resplendores como as Luzes do Norte nas Auroras Boreais. O espetáculo é tão maravilhoso que o Vidente, ao contemplar este mundo interior e sentir o perpassar célere dos pontos cintilantes, se deixa possuir de um temor respeitoso ante o pensamento de outros mistérios ainda maiores, que existem dentro e além desse radioso Oceano.
ResponderExcluirIncompleta e imperfeita que seja esta explicação a respeito dos “Deuses, Mônadas e Átomos”, esperamos que pelo menos alguns estudantes e teósofos vejam que pode verdadeiramente existir uma estreita relação entre a Ciência Materialista e o Ocultismo, que é o complemento e a alma que faltam à primeira.
ResponderExcluirDo livro: A Doutrina Secreta
Síntese da Ciência, da Religião e da Filosofia
Volume II - Simbolismo Arcaico Universal
De: Helena Petrovna Blavatsky