ROMANOS
1:1-32
1Paulo,
servo de Cristo Jesus, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de
Deus, 2o qual foi prometido por ele de antemão por meio dos seus profetas nas
Escrituras Sagradas, 3acerca de seu Filho, que, como homem, era descendente de
Davi, 4e que mediante o Espírito de santidade foi declarado Filho de Deus com
poder, pela sua ressurreição dentre os mortos: Jesus Cristo, nosso Senhor. 5Por
meio dele e por causa do seu nome, recebemos graça e apostolado para chamar
dentre todas as nações um povo para a obediência que vem pela fé. 6E vocês
também estão entre os chamados para pertencerem a Jesus Cristo.
7A
todos os que em Roma são amados de Deus e chamados para serem santos:
A
vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.
PAULO ANSEIA VISITAR A IGREJA EM ROMA
8Antes
de tudo, sou grato a meu Deus, mediante Jesus Cristo, por todos vocês, porque
em todo o mundo está sendo anunciada a fé que vocês têm. 9Deus, a quem sirvo de
todo o coração pregando o evangelho de seu Filho, é minha testemunha de como
sempre me lembro de vocês 10em minhas orações; e peço que agora, finalmente,
pela vontade de Deus, me seja aberto o caminho para que eu possa visitá-los.
11Anseio
vê-los, a fim de compartilhar com vocês algum dom espiritual, para fortalecê-los,
12isto é, para que eu e vocês sejamos mutuamente encorajados pela fé. 13Quero
que vocês saibam, irmãos, que muitas vezes planejei visitá-los, mas fui
impedido até agora. Meu propósito é colher algum fruto entre vocês, assim como
tenho colhido entre os demais gentios.
14Sou
devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes. 15Por
isso estou disposto a pregar o evangelho também a vocês que estão em Roma.
16Não
me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo
aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego. 17Porque no evangelho é
revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como
está escrito: “O justo viverá pela fé”.
A IRA DE DEUS CONTRA A HUMANIDADE
18Portanto,
a ira de Deus é revelada dos céus contra toda impiedade e injustiça dos homens
que suprimem a verdade pela injustiça, 19pois o que de Deus se pode conhecer é
manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. 20Pois desde a criação do
mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina,
têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de
forma que tais homens são indesculpáveis; 21porque, tendo conhecido a Deus, não
o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos
tornaram-se fúteis e o coração insensato deles obscureceu-se. 22Dizendo-se
sábios, tornaram-se loucos 23e trocaram a glória do Deus imortal por imagens
feitas segundo a semelhança do homem mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes
e répteis.
24Por
isso Deus os entregou à impureza sexual, segundo os desejos pecaminosos do seu
coração, para a degradação do seu corpo entre si. 25Trocaram a verdade de Deus
pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do
Criador, que é bendito para sempre. Amém.
26Por
causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram
suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. 27Da mesma
forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se
inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes,
homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua
perversão.
28Além do mais, visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam. 29Tornaram-se cheios de toda sorte de injustiça, maldade, ganância e depravação. Estão cheios de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia. São bisbilhoteiros, 30caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos; inventam maneiras de praticar o mal; desobedecem a seus pais; 31são insensatos, desleais, sem amor pela família, implacáveis. 32Embora conheçam o justo decreto de Deus, de que as pessoas que praticam tais coisas merecem a morte, não somente continuam a praticá-las, mas também aprovam aqueles que as praticam.
ENTREM PELA PORTA ESTREITA
POIS LARGA É A PORTA
E AMPLO O CAMINHO
QUE LEVA À PERDIÇÃO
E SÃO MUITOS OS QUE
ENTRAM POR ELA
"NÃO FOSTES CRIADOS
PARA VIVER COMO BESTAS
MAS PARA PERSEGUIR
A VIRTUDE E O
CONHECIMENTO"
O ódio do bem
O conluio do bem
A mentira do bem
A dissimulação do bem
A perseguição do bem
A calúnia do bem
A traição do bem
A sabotagem do bem
A corrupção do bem
O roubo do bem
A feitiçaria do bem
Os demônios do bem
O satanismo do bem
NOOOOSSA
Que maravilha
Quanta bondade!!!
Raça de víboras
Vocês amaram mais as trevas
Do que a luz!!!
EDUCAÇÃO SEM REFLEXÃO
É PURA ESQUERDOPATIA
Os acadêmicos e universitários
De mente científica
Analítica
E muito questionadora
Negam radicalmente
A existência de Deus
Em contrapartida
Acreditam cegamente
Na inocência do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva
A alma mais honesta
Do Brasil
Não é bom
Para a saúde mental
Dos educadores
E muito menos
Para o desenvolvimento
Cognitivo comportamental
Dos educandos
Transgredir
A veracidade dos fatos
Infringir
O raciocínio lógico
Violar
O senso crítico
E por fim
Censurar
A liberdade de expressão
Não obstante
Por que insistir estupidamente
Com a ideologia comunista
Ou pedagogia marxista
(Doutrinação)
Uma vez que
Intrinsecamente
Moralmente
E factualmente
Não é capaz de
Transformar
Iluminar
E libertar
O próprio
Revolucionário???
Eis o cúmulo do absurdo:
Insistir com uma revolução
Que não revoluciona
O próprio revolucionador
Sejamos francos e diretos:
Ou é muita burrice
Ou é muita canalhice
O ateísmo e o materialismo
São filhos do erro e da ignorância
Da imoralidade e da corrupção
O marxismo
O comunismo e o socialismo
Com outras palavras
A inveja, a ganância e a trapaça
São três atitudes mentais
Incompatíveis
Com a realização
Do reino dos céus
Em Deus, o culto racional
Não há dialética da falsidade
Dissimulação e hipocrisia
Porém a revelação sublime
Do Espírito da Verdade
É óbvio e indiscutível
Para qualquer pessoa sensata
Que o fim do conflito
Entre o opressor e o oprimido
A velha luta de classes
Se dará unicamente
Com o advento
Da gestação
Do Homem Novo
Mas para que este evento
De natureza crística ocorra
É indispensável e urgente
Estabelecer o autoconhecimento
Como base para a educação
A educação
Sem o conhecimento de si mesmo
Se não for um vergonhoso
Pão-com-mortadela
(Militância política)
É sem sombra de dúvida
Um edifício belo e grandioso
Todavia sem nenhum alicerce
(Ativismo judicial)
"E desceu a chuva
E correram rios
E assopraram ventos
E combateram aquela casa
E caiu
E foi grande a sua queda"
CARINHOSAMENTE E
COM INFINITO AMOR
A TODES QUERIDES AMIGUES
O Terrível Adestrador
"A instrução ensina o homem a descobrir as leis da natureza, isto é, a ciência; mas a educação leva o homem a criar valores dentro de si mesmo."
Huberto Rohden
Coleção Filosofia Universal
https://drive.google.com/file/d/1NOlafedLXA5j-bIe3np6MVCInkWK2ENp/view?usp=sharing
O Espírito da Filosofia Oriental05.09.2019
Coleção Filosofia do Evangelho
O Triunfo da Vida sobre a Morte
Coleção Filosofia da Vida
https://drive.google.com/file/d/18rw25pak8pVRQabczLMUg7Jcyhczj3zI/view?usp=sharing
Porque Sofremos
https://drive.google.com/file/d/1JkQCwC-IPc2DF6wraxl2oc7sP7DyoGJ4/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/14uvx4sM4gIdJ2hp-RvLkzHRAY2iyzgx4/view?usp=sharing
Luzes e Sombras da Alvorada20.08.2019
https://drive.google.com/file/d/1xriXdfOPFhFCEfqDczAPyjx11_oqlyab/view?usp=sharing
Rumo à Consciência Cósmica16.09.2019
https://drive.google.com/file/d/1J2D8ZisXRNdsWXIp8QOAAxcqRGUYzSsK/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1blCOxiQ6IhREY6MKii2kkiO6HC83og7n/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/13DWoDZNdS6B4FuzhjV8jWOQxd7yBHcuI/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1DqUyNlkfO6qADFfYevs1b_38OyFPKC5H/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/0B6bn6CL5zMVZaE5kdnBYVlMxeUU/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/0B6bn6CL5zMVZMkxCdlNmVVctZ00/view?usp=sharing
Em Espírito e Verdade*
https://drive.google.com/file/d/0B6bn6CL5zMVZWkhNNnNHQjVYRU0/view?usp=sharing
Novo Testamento NOVO!!! 29.05.2021
https://drive.google.com/file/d/1nEsZ8zxtZU42M8Q48Z7_RAC593F8i5kp/view?usp=sharing
Primeira Epístola de São Pedro NOVO!!! 23.06.2020
Segunda Epístola de São Pedro NOVO!!! 23.06.2020
Primeira Epístola de São João NOVO!!! 25.06.2020
https://drive.google.com/file/d/1SijzKDMkw9qaWn6KVQxzoMGN-NxfU1UM/view?usp=sharing
Segunda e Terceira Epístola de São João NOVO!!! 26.06.2020
Coleção Mistérios da Natureza
https://drive.google.com/file/d/19HMkP2D92uvR4ejEqAEVkYgB5Y0HKNx7/view?usp=sharing
Coleção Biografias
https://drive.google.com/file/d/13Q5KVS-fyD6zfnKh1iIUBzVrJA11YXOI/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1aFJjdxh64TioWJqHiRCcXm7bFWhmKxuX/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1w--MzP_HSGmllizC4Ta3l5mp6m_Gv1XY/view?usp=sharing
Coleção Opúsculos
https://drive.google.com/file/d/1xpnPQ4eULYdYnZMn0Imb0SBwsOfr-0ao/view?usp=sharing
Pelo Prestígio da Bíblia
Swami Sivananda - O Poder do Pensamento pela Ioga NOVO!!! 08.12.2019
Zoraida H. Guimarães - Um Pilar de Luz no Cosmo - Huberto Rohden NOVO!!! 18.12.2019
Hazrat Inayat Khan - Filosofia, Psicologia e Misticismo NOVO!!! 15.02.2020
Rudolf Steiner - A Arte da Educação I
Rudolf Steiner - A Arte da Educação II
Rudolf Steiner - A Arte da Educação III
Rudolf Steiner - A Ciência Oculta
https://drive.google.com/file/d/120sGSxpAwj5BS0p0coM2xC1yerJVBdFr/view?usp=sharing
Rudolf Steiner - A Eterização do Sangue
Rudolf Steiner - Andar, Falar, Pensar
https://drive.google.com/file/d/1LZSUzIEXE78XPdsh_18qfQn3gxyi969G/view?usp=sharing
Rudolf Steiner - Educação na Puberdade (O Ensino Criativo)
Rudolf Steiner - O Evangelho Segundo Marcos
https://drive.google.com/file/d/1GoyRxMYXAIDklY2H9GIrOw_1_LfyeNg3/view?usp=sharing
Rudolf Steiner - O Portal da Iniciação
https://drive.google.com/file/d/1IpCLLl48xW11zqHm4sMVmizlqM8KVtnI/view?usp=sharing
Rudolf Steiner - Verdade e Ciência
https://drive.google.com/file/d/1X8AcbL6diGuwa3tlXdMaufEsOS_fefYH/view?usp=sharing
Trigueirinho - A Energia dos Raios em Nossa Vida
Trigueirinho - Hora de Crescer Interiormente
Trigueirinho - Caminhos para a Cura Interior
Trigueirinho - O Novo Começo do Mundo
Trigueirinho - A Nave de Noé
Trigueirinho - Aos que Despertam
Trigueirinho - O Livro dos Sinais
Trigueirinho - Viagem por Mundos Sutis
Paramhansa Yogananda
Yogananda - Como Ser Feliz o Tempo Todo
Ramatís
Obras psicografadas por Hercílio Maes
Ramatís - 03 - A Vida Além da Sepultura
https://drive.google.com/file/d/0B6bn6CL5zMVZVHFWYk8yN1Q4Sms/edit?usp=sharing
Ramatís - 04 - A Sobrevivência do Espírito
https://drive.google.com/file/d/0B6bn6CL5zMVZQmdwQWpGZjVuRVk/edit?usp=sharing
Ramatís - 05 - Fisiologia da Alma
https://drive.google.com/file/d/0B6bn6CL5zMVZOWJVZFpOMUVxVWc/edit?usp=sharing
Ramatís - 06 - Mediunismo
https://drive.google.com/file/d/0B6bn6CL5zMVZcGEySUIxYWhXZGM/edit?usp=sharing
Ramatís - 07 - Mediunidade de Cura
Ramatís - 08 - O Sublime Peregrino
Ramatís - 09 - Elucidações do Além
Ramatís - 10 - A Missão do Espiritismo
Ramatís - 11 - Magia de Redenção
Ramatís - 12 - A Vida Humana e o Espírito Imortal
Ramatís - 13 - O Evangelho à Luz do Cosmo
Ramatís - 14 - Sob a Luz do Espiritismo
Obras psicografadas por América Paoliello Marques
Ramatís - 15 - Mensagens do Grande Coração
https://drive.google.com/file/d/0B6bn6CL5zMVZQ21EUEhoOUlJQ2c/edit?usp=sharing
Ramatís - 16 - Brasil, Terra de Promissão
https://drive.google.com/file/d/0B6bn6CL5zMVZZnVEY3BndmJtV0E/edit?usp=sharing
Ramatís - 17 - Jesus e a Jerusalém Renovada
Ramatís - 18 - Evangelho, Psicologia, Ioga
Ramatís -19 - Viagem em Torno do Eu
Obras psicografadas por Maria Margarida Liguori
Ramatís - 20 - Momento de Reflexão Vol. 1
Ramatís - 21 - Momento de Reflexão Vol. 2
Ramatís - 22 - Momento de Reflexão Vol. 3
Ramatís - 23 - O Homem e o Planeta Terra
Ramatís - 24 - O Despertar da Consciência
Ramatís - 25 - Jornada de Luz
Ramatís - 26 - Em Busca da Luz Interior
Obra psicografada por Beatriz Bergamo
Obras psicografadas por Marcio Godinho
Ramatís - 28 - As Flores do Oriente
Ramatís - 29 - O Universo Humano
Ramatís - 30 - Resgate nos Umbrais
Obra psicografada por Hur Than De Shidha
Obras psicografadas por Norberto Peixoto
Ramatís - 33 - Chama Crística
Ramatís - 34 - Samadhi
Ramatís 40 - Diário Mediúnico
Ramatís - 41 - Mediunidade e Sacerdócio
Ramatís - 42 - O Triunfo do Mestre
W. W. da Matta e Silva
W. W. da Matta e Silva - Umbanda e o Poder da Mediunidade
W. W. da Matta e Silva - Umbanda de Todos Nós
Helena P. Blavatsky
Ísis Sem Véu
VOLUME I - CIÊNCIA I
Prefácio
Capítulo 1 - Coisas Velhas com Nomes Novos
Capítulo 2 - Fenômenos e Forças
Capítulo 3 - Condutores Cegos dos Cegos
Capítulo 4 - Teorias a Respeito dos Fenômenos Psíquicos
Capítulo 5 - O Éter ou Luz Astral
Capítulo 6 - Fenômenos Psicofísicos
Capítulo 7 - Os Elementos, os Elementais e os Elementares
Capítulo 8 - Alguns Mistérios da Natureza
VOLUME II - CIÊNCIA II
Capítulo 9 - Fenômenos Cíclicos
Capítulo 10 - O Homem Interior e Exterior
Capítulo 11 - Maravilhas Psicológicas e Físicas
Capítulo 12 - O Abismo Impenetrável
Jorge Elias Adoum
Jorge Adoum - As Chaves do Reino Interno
Jorge Adoum - A Magia do Verbo ou o Poder das Letras
Jorge Adoum - Poderes ou o Livro que Diviniza
Jorge Adoum - Rumo aos Mistérios
Jorge Adoum - O Reino ou o Homem Desvendado
Santiago Bovisio
Curso 3 - Vida Interior
https://drive.google.com/file/d/1vSNP3yJ0Tu_AHxjR5auOrsWCp3wUJkP8/view?usp=sharing
Curso 4 - Vida Espiritual de Cafh
Curso 11 - Cerimoniais, Orações e Hinos
Curso 13 - A Ascética da Oração
https://drive.google.com/file/d/1MC_xeRmbNKPaB17RnRCab0vC-xDQKffY/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1XT8VJPIv8lhJX4njrHFjs-Qr-QCn3ubp/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1H4LTTAKbq3HDPjgVRilln35sXwJo34B3/view?usp=sharing
Curso 17 - A Vocação Contemplativa
https://drive.google.com/file/d/1C11g77AqXzkvvYcOVd_uv5iV5cLoQZ4R/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1IKh-tVZRdJ3ugpAEcY9CoWgJG5Nbbj0a/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1VZw6f6PVkmtA5zsBCmUE62XSCvynEsaR/view?usp=sharing
Curso 22 - Métodos de Meditação
Curso 26 - História das Ordens Esotéricas
https://drive.google.com/file/d/1VES1iKFAHs5XF-lYx3ResxZOvebl5cLn/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1NfPTaEDLDEVQAVrPm1QHmF2G35qQOpHR/view?usp=sharing
Curso 31 - Teologia
https://drive.google.com/file/d/1euj9HCZGfWgU_7orZrGuQ5UInli1FU6M/view?usp=sharing
Curso 36 - O Devenir
Curso 37 - A Ciência da Vida
Curso 38 - A Aura Astral
Curso 39 - O Sistema Planetário
Curso 41 - As Rodas Etéreas
Curso 42 - Exercícios Mágicos
Curso 44 - Superiores de Comunidade
Curso 45 - Intimidade dos Perfeitos
Curso 46 - Interpretação para Ordenados de Comunidade
https://drive.google.com/file/d/1rKH8UBo6Peoir6s69V-vCo39peDtgWxf/view?usp=sharing
Curso 47 - Conferencias de Embalse
Francisco Cândido Xavier
Obras ditadas pelo espírito André Luiz
Chico Xavier - 1 - Nosso Lar
Chico Xavier - 2 - Os Mensageiros
Chico Xavier - 3 - Missionários da Luz
Chico Xavier - 4 - Obreiros da Vida Eterna
Chico Xavier - 5 - No Mundo Maior
Chico Xavier - 6 - Libertação
Chico Xavier - 7 - Entre a Terra e o Céu
Chico Xavier - 8 - Nos Domínios da Mediunidade
Chico Xavier - 9 - Ação e Reação
Chico Xavier - 10 - Evolução em Dois Mundos
Chico Xavier - 11 - Mecanismos da Mediunidade
Chico Xavier - 12 - Sexo e Destino
Chico Xavier - 13 - E a Vida Continua
Mabel Collins - Luz no Caminho
Krishnamurti - Aos Pés do Mestre
Papus
Papus - A Pedra Filosofal
https://drive.google.com/file/d/0B6bn6CL5zMVZME41ZDhSaS1HSVE/view?usp=sharing
Papus - A Reencarnação
Papus - Como Está Constituído o Ser Humano
O que é a Revolução WOKE que AVANÇA sobre o mundo DESCRISTIANIZADO?
https://www.youtube.com/watch?v=dAAq3Z5nVRU
Pessoas que se identificam como cães fazem protesto: IDEOLOGIA das ESPÉCIES
Infiltração na IGREJA: REPRESENTANTE do Brasil no SÍNODO em ROMA usa linguagem "inclusiva"
https://www.youtube.com/watch?v=PZ8ZVisVCGU
MST doutrina CRIANÇAS para o COMUNISMO
https://www.youtube.com/watch?v=u1fsWPnIWq0
HAMAS diz que CONQUISTARÁ ROMA e ANIQUILARÁ ISRAEL
https://www.youtube.com/watch?v=vfg615BgOXY
SATANISMO cresce no BRASIL: "IGREJA LUCIFERIANA" usa CRUZ INVERTIDA e zomba da QUARESMA
https://www.youtube.com/watch?v=MXcZcL5gj9c
PADRE em DEFESA do TERROR
https://www.youtube.com/watch?v=tGyf9DnNY9A&t=2s
BALANÇO do SÍNODO DA SINODALIDAE 2023! Quais serão os FRUTOS?
https://www.youtube.com/watch?v=2W1oMquAfAE
CARDEAL de São Paulo assusta católicos com PERSEGUIÇÃO à SANTA MISSA
https://www.youtube.com/watch?v=cyx4wZfokQs
O ENEM virou um exame de QI (QUOCIENTE DE IMBECILIDADE)
https://www.youtube.com/watch?v=SE6wsURivJA
E AGORA DOM ODILO?
https://www.youtube.com/watch?v=6iyca49WdG4
A ESQUERDA NÃO QUER A EXISTÊNCIA DE JUDEUS?
https://www.youtube.com/watch?v=ZTZ1_APBfYw
Profanação no Altar da Catedral de Brasília gera indignação: Orquestra Mundana e Pró-Palestina
https://www.youtube.com/watch?v=Bt_NNufqtf8
FILOSOFIA BOVINA
https://www.youtube.com/watch?v=nl4WcGkU5eI&t=6s
PAPA FRANCISCO remove DOM STRICKLAND por ser católico demais!
https://www.youtube.com/watch?v=DW-B6qfrTlw
CONFIRMADO: FRANCISCO É UM DELES! (29 de Agosto de 2019)
https://www.youtube.com/watch?v=8DWn8ESapr8
Escola ou antro de degeneração?
https://www.youtube.com/watch?v=awH1ypjUEBg
CULTO ASTECA dentro de IGREJA na ITÁLIA
https://www.youtube.com/watch?v=ikfzSi9yMHg
ATENÇÃO PAIS: Novo livro DOUTRINA Crianças nos Colégios
https://www.youtube.com/watch?v=QQZpwIqFKRg
CONAE 2024: O PLANO DO GOVERNO PARA EDUCAR SEUS FILHOS
https://www.youtube.com/watch?v=VbbaQ_MBL5w&t=0s
PASSOU DOS LIMITES!!!
https://www.youtube.com/watch?v=xYbPr7iTMsQ
FRATERNIDADE COMUNISTA E LGBTXYZCNBB
https://www.youtube.com/watch?v=3Rw4LMmZ6zY
PARTE I A EVOLUÇÃO CÓSMICA
ResponderExcluirSETE ESTÂNCIAS DO LIVRO SECRETO DE DZYAN
COM COMENTÁRIOS
ResponderExcluirNão existia nada: nem o claro céu,
Nem ao alto a imensa abóbada celeste.
O que tudo encerrava, tudo abrigava,
E tudo encobria, que era? Era das águas
O abismo insondável? Não existia a morte,
Mas nada havia imortal. E separação
Também não existia entre a noite e o dia.
Só o UNO respirava em Si mesmo e sem ar:
Não existia nada, senão ELE. E ali
Reinavam as trevas, tudo se escondia
Na escuridão profunda: oceano sem luz.
O germe, que dormitava em seu casulo,
Desperta ao influxo do ardente calor
E faz então brotar a Natureza una.
....................................................................
Quem sabe o segredo? Quem o revelou?
De onde, de onde veio a criação multiforme?
Os Deuses só mais tarde à vida surgiram.
De onde esta criação imensa? Quem o sabe?
Por ação ou omissão de Sua Vontade?
O Sublime Vidente, no alto dos céus,
O segredo conhece... Talvez nem ele...
Profundando a eternidade... Inda mesmo antes
De lançados os alicerces do mundo,
..................................................................
Tu eras. E quando o fogo subterrâneo
Romper sua prisão, destruindo a estrutura,
Oh! ainda serás Tu como eras antes.
Também quando o tempo já não existir
Nenhuma transformação conhecerás,
Mente infinita, divina Eternidade!
RIG VEDA
A EVOLUÇÃO CÓSMICA NAS SETE ESTÂNCIAS DO LIVRO DE DZYAN
ResponderExcluirESTÂNCIA I
1. O Eterno Pai, envolto em suas Sempre Invisíveis Vestes, havia adormecido uma vez mais durante Sete Eternidades.
2. O Tempo não existia, porque dormia no Seio Infinito da Duração.
3. A Mente Universal não existia, porque não havia Ah-hi para contê-la.
4. Os Sete Caminhos da Felicidade não existiam. As Grandes Causas da Desgraça não existiam, porque não havia ninguém que as produzisse e fosse por elas aprisionado.
5. Só as trevas enchiam o Todo Sem Limites, porque Pai, Mãe e Filho eram novamente Um, e o Filho ainda não havia despertado para a Nova Roda e a Peregrinação por ela.
6. Os Sete Senhores Sublimes e as Sete Verdades haviam cessado de ser; e o Universo, filho da Necessidade, estava mergulhado em Paranishpanna, para ser expirado por aquele que é e todavia não é. Nada existia.
7. As Causas da Existência haviam sido eliminadas; o Visível, que foi, e o Invisível, que é, repousavam no Eterno Não-Ser — o Único Ser.
8. A Forma Una de Existência, sem limites, infinita, sem causa, permanecia sozinha, em um Sono sem Sonhos; e a Vida pulsava inconsciente no Espaço Universal, em toda a extensão daquela Onipresença que o Olho Aberto de Dangma percebe.
9. Onde, porém, estava Dangma quando o Alaya do Universo se encontrava em Paramârtha, e a Grande Roda era Anupâdaka?
ESTÂNCIA II
ResponderExcluir1. ...Onde estavam os Construtores, os Filhos Resplandecentes da Aurora do Manvantara?... Nas Trevas Desconhecidas, em seu Ah-hi Paranishpanna. Os Produtores da Forma, tirada da Não-Forma, que é a Raiz do Mundo, Devamâtri e Svabhâvat, repousavam na felicidade do Não-Ser.
2. ...Onde estava o Silêncio? Onde os ouvidos para percebê-lo? Não; não havia Silêncio nem Som: nada, a não ser o Incessante Alento Eterno, para si mesmo ignoto.
3. A Hora ainda não havia soado; o Raio ainda não havia brilhado dentro do Germe; a Matripâdma ainda não entumecera.
4. Seu Coração ainda não se abrira para deixar penetrar o Raio Único e fazê-lo cair em seguida, como Três em Quatro, no Regaço de Mâyâ.
5. Os Sete não haviam ainda nascido do Tecido de Luz. O Pai-Mãe, Svabhâvat, era só Trevas; e Svabhâvat jazia nas Trevas.
6. Estes Dois são o Germe, e o Germe é Uno. O Universo ainda estava oculto no Pensamento Divino e no Divino Seio.
ESTÂNCIA III
ResponderExcluir1. ...A última Vibração da Sétima Eternidade palpita através do Infinito. A Mãe entumece e se expande de dentro para fora, como o Botão de Lótus.
2. A Vibração se propaga, e suas velozes Asas tocam o Universo inteiro e o Germe que mora nas Trevas; as Trevas que sopram sobre as adormecidas Águas da Vida.
3. As Trevas irradiam a Luz, e a Luz emite um Raio solitário sobre as Águas e dentro das Entranhas da Mãe. O Raio atravessa o Ovo Virgem; faz o Ovo Eterno estremecer, e desprende o Germe não Eterno, que se condensa no Ovo do Mundo.
4. Os Três caem nos Quatro. A Essência Radiante passa a ser Sete interiormente e Sete exteriormente. O Ovo Luminoso, que é Três em si mesmo, coagula-se e espalha os seus Coágulos brancos como o leite por toda a extensão das Profundezas da Mãe: a Raiz que cresce nos Abismos do Oceano da Vida.
5. A Raiz permanece, a Luz permanece, os Coágulos permanecem; e, não obstante, Oeaohoo é Uno.
6. A Raiz da Vida estava em cada Gota do Oceano da Imortalidade, e o Oceano era Luz Radiante, que era Fogo, Calor e Movimento. As Trevas se desvaneceram, e não existiram mais: sumiram-se em sua própria Essência, o Corpo de Fogo e Água, do Pai e da Mãe.
7. Vê, ó Lanu! o Radiante Filho dos Dois, a Glória refulgente e sem par: o Espaço Luminoso, Filho do Negro Espaço, que surge das Profundezas das Grandes Águas Sombrias. É Oeaohoo, o mais Jovem, o ***. Ele brilha como o Sol. É o Resplandecente Dragão Divino da Sabedoria. O Eka1 é Chatur, e Chatur toma para si Tri, e a união produz Sapta, no qual estão os Sete, que se tornam o Tridasha, as Hostes e as Multidões. Contempla-o levantando o Véu e desdobrando-o de Oriente a Ocidente. Ele oculta o Acima, e deixa ver o Abaixo como a Grande Ilusão. Assinala os lugares para os Resplandecentes, e converte o Acima num Oceano de Fogo sem praias, e o Uno Manifestado nas Grandes Águas.
1. Eka = Um, Chatur = Quatro, Tri = Três, Sapta = Sete. Tri x Dasha (dez) = Tridasha = três dezenas, ou uma hoste.
8. Onde estava o Germe, onde então se encontravam as Trevas? Onde está o Espírito da Chama que arde em tua Lâmpada, ó Lanu? O Germe é Aquilo, e Aquilo é a Luz, o Alvo e Refulgente Filho do Pai Obscuro e Oculto.
9. A Luz é a Chama Fria, e a Chama é o Fogo, e o Fogo produz o Calor, que dá a Água — a Água da Vida na Grande Mãe.
10. O Pai-Mãe urde uma Tela, cujo extremo superior está unido ao Espírito, Luz da Obscuridade Única, e o inferior à Matéria, sua Sombra. A Tela é o Universo, tecido com as Duas Substâncias combinadas em Uma, que é Svabhâvat.
11. A Tela se distende quando o Sopro do Fogo a envolve; e se contrai quando tocada pelo Sopro da Mãe. Então os Filhos se separam, dispersando-se, para voltar ao Seio de sua Mãe no fim do Grande Dia, tornando-se de novo uno com ela. Quando esfria, a Tela fica radiante. Seus Filhos se dilatam e se retraem dentro de Si mesmos e em seus Corações; elas abrangem o Infinito.
12. Então Svabhâvat envia Fohat para endurecer os Átomos. Cada qual é uma parte da Tela. Refletindo o “Senhor Existente por Si Mesmo” como um Espelho, cada um vem a ser, por sua vez, um Mundo.
ESTÂNCIA IV
ResponderExcluir1. ...Escutai, ó Filhos da Terra. Escutai os vossos Instrutores, os Filhos do Fogo. Sabei: não há nem primeiro nem último; porque tudo é Um Número que procede do Não-Número.
2. Aprendei o que nós, que descendemos dos Sete Primeiros, nós, que nascemos da Chama Primitiva, temos aprendido de nossos Pais...
3. Do Resplendor da Luz — o Raio das Trevas Eternas — surgem no Espaço as Energias despertadas de novo; o Um do Ovo, o Seis e o Cinco. Depois o Três, o Um, o Quatro, o Um, o Cinco, o duplo Sete, a Soma Total. E estas são as Essências, as Chamas, os Construtores, os Números, os Arûpa, os Rûpa e a Força ou o Homem Divino, a Soma Total. E do Homem Divino, a Soma Total. E do Homem Divino emanaram as Formas, as Centelhas, os Animais Sagrados e os Mensageiros dos Sagrados Pais dentro do Santo Quatro.
4. Este foi o Exército da Voz, a Divina Mãe dos Sete. As Centelhas dos Sete são os súditos e os servidores do Primeiro, do Segundo, do Terceiro, do Quarto, do Quinto, do Sexto e do Sétimo dos Sete. Estas Centelhas são chamadas Esferas, Triângulos, Cubos, Linhas e Modeladores; porque deste modo se conserva o Eterno Nidâna — o Oi-Ha-Hou.
5. O Oi-Ha-Hou — as Trevas, o Sem Limites, ou o Não-Número, Âdi-Nidâna, Svabhâvat, o :
I. O Âdi-Sanat, o Número; porque ele é Um.
II. A Voz da Palavra, Svabhâvat, os Números; porque ele é Um e Nove.
III. O “Quadrado sem Forma”.
E estes Três, encerrados no , são o Quatro Sagrado; e os Dez são o Universo Arûpa. Depois vêm os Filhos, os Sete Combatentes, o Um, o Oitavo excluído, e seu Sopro, que é o Artífice da Luz.
6. ...Em seguida, os Segundos Sete, que são os Lipika, produzidos pelos Três. O Filho excluído é Um. Os “Filhos-Sóis” são inumeráveis.
ESTÂNCIA V
ResponderExcluir1. Os Sete Primordiais, os Sete Primeiros Sopros do Dragão de Sabedoria, produzem por sua vez o Torvelinho de Fogo com os seus Sagrados Sopros de Circulação giratória.
2. Dele fazem o Mensageiro de sua Vontade. O Dzyu converte-se em Fohat; o Filho veloz dos Filhos Divinos, cujos Filhos são os Lipika, leva mensagens circulares. Fohat é o Corcel, e o Pensamento, o Cavaleiro. Ele passa como um raio através de nuvens de fogo; dá Três, Cinco e Sete Passos através das Sete Regiões Superiores e das Sete Inferiores. Ergue a sua Voz para chamar as Centelhas inumeráveis e as reúne.
3. Ele é o seu condutor, o espírito que as guia. Ao iniciar a sua obra, separa as Centelhas do Reino Inferior, que se agitam e vibram de alegria em suas radiantes moradas, e com elas forma os Germes das Rodas. Colocando-as nas Seis Direções do Espaço, deixa uma no Centro: a Roda Central.
4. Fohat traça linhas espirais para unir a Sexta à Sétima — a Coroa. Um Exército dos Filhos da Luz situa-se em cada um dos ângulos; os Lipika ficam na Roda Central. Dizem eles: “Isto é bom.” O primeiro Mundo Divino está pronto; o Primeiro, o Segundo. Então o “Divino Arûpa” se reflete no Chhâyâ Loka, a Primeira Veste de Anupâdaka.
5. Fohat dá cinco passos, e constrói uma roda alada em cada um dos ângulos do quadrado para os Quatro Santos... e seus Exércitos.
6. Os Lipika circunscrevem o Triângulo, o Primeiro Um, o Cubo, o Segundo Um e o Pentágono dentro do Ovo. É o Anel chamado “Não Passarás”, para os que descem e sobem; para os que, durante o Kalpa, estão marchando para o Grande Dia “Sê Conosco”... Assim foram formados os Arûpa e os Rûpa: da Luz Única, Sete Luzes; de cada uma das Sete, sete vezes Sete Luzes. As Rodas velam pelo Anel...
ESTÂNCIA VI
ResponderExcluir1. Pelo poder da Mãe de Misericórdia e Conhecimento, Kwan-Yin — a Trina de Kwan-Shai-Yin, que mora em Kwan-Yin-Tien — Fohat, o Sopro de sua Progênie, o Filho dos Filhos, tendo feito sair das profundezas do Abismo inferior a Forma Ilusória de Sien-Tchan e os Sete Elementos.
2. O Veloz e Radiante Um produz os Sete Centros Laya, contra os quais ninguém prevalecerá até o Grande Dia “Sê Conosco”; e assenta o Universo sobre estes Eternos Fundamentos, rodeando Sien-Tchan com os Germes Elementais.
3. Dos Sete — primeiro Um manifestado, Seis ocultos, Dois manifestados, Cinco ocultos; Três manifestados, Quatro ocultos; Quatro produzidos, Três ocultos; Quatro e Um Tsan revelados, Dois e Meio ocultos; Seis para serem manifestados, Um deixado à parte. Por último, Sete Pequenas Rodas girando; uma dando nascimento à outra.
4. Ele as constrói à semelhança das Rodas mais antigas, colocando-as nos Centros Imperecíveis.
Como as constrói Fohat? Ele junta a Poeira de Fogo. Forma Esferas de Fogo, corre através delas e em seu derredor, insuflando-lhes a vida; e em seguida as põe em movimento; umas nesta direção, outras naquela. Elas estão frias, ele as aquece. Estão secas, ele as umedece. Brilham, ele as ventila e refresca. Assim procede Fohat, de um a outro Crepúsculo, durante Sete Eternidades.
5. Na Quarta, os Filhos recebem ordem de criar suas Imagens. Um Terço recusa-se Dois Terços obedecem.
A Maldição é proferida. Nascerão na Quarta; sofrerão e causarão sofrimento. É a Primeira Guerra.
6. As Rodas mais antigas giravam para baixo e para cima...
Os frutos da Mãe enchiam o Todo. Houve combates renhidos entre os Criadores e os Destruidores, e Combates renhidos pelo Espaço; aparecendo e reaparecendo a Semente continuamente.
7. Faze os teus cálculos, ó Lanu, se queres saber a idade exata da Pequena Roda. Seu Quarto Raio “é” nossa Mãe. Alcança o Quarto Fruto da Quarta Senda do Conhecimento que conduz ao Nirvana, e tu compreenderás, porque verás...
ESTÂNCIA VII
ResponderExcluir1. Observa o começo da Vida informe senciente.
Primeiro, o Divino, o Um que procede do Espírito-Mãe; depois, o Espiritual; os Três provindos do Um, os Quatro do Um, e os Cinco de que procedem os Três, os Cinco e os Sete. São os Triplos e os Quádruplos em sentido descendente; os Filhos nascidos da Mente do Primeiro Senhor, os Sete Radiantes. São eles o mesmo que tu, eu, ele, ó Lanu, os que velam sobre ti e tua mãe, Bhumi.
2. O Raio Único multiplica os Raios menores. A Vida precede a Forma, e a Vida sobrevive ao último átomo. Através dos Raios inumeráveis, o Raio da Vida, o Um, semelhante ao Fio que passa através de muitas contas.
3. Quando o Um se converte em Dois, aparece o Triplo, e os Três são Um; é o nosso Fio, ó Lanu! o Coração do Homem-Planta, chamado Saptaparma.
4. É a Raiz que jamais perece; a Chama de Três Línguas e Quatro Mechas. As Mechas são as Centelhas que partem da Chama de Três Línguas projetada pelos Sete — dos quais é a Chama — Raios de Luz e Centelhas de uma Lua que se reflete nas Ondas moventes de todos os Rios da Terra.
5. A Centelha pende da Chama pelo mais tênue fio de Fohat. Ela viaja através dos Sete Mundos de Mâyâ. Detém-se no Primeiro, e é um Metal e uma Pedra; passa ao Segundo, e eis uma Planta; a Planta gira através de sete mutações, e vem a ser um Animal Sagrado. Dos atributos combinados de todos esses, forma-se Manu, o Pensador. Quem o forma? As Sete Vidas e a Vida Una. Quem o completa? O Quíntuplo Lha. E quem aperfeiçoa o último Corpo? O Peixe, o Pecado e Soma...
6. Desde o Primeiro Nascido, o Fio que une o Vigilante Silencioso à sua Sombra torna-se mais e mais forte e radiante a cada Mutação. A Luz do Sol da manhã se transformou no esplendor do meio-dia...
7. “Eis a tua Roda atual” — diz a Chama à Centelha. “Tu és eu mesma, minha imagem e minha sombra. Eu me revesti de ti, e tu és o Meu Vâham até o dia ‘Sê Conosco’, quando voltarás a ser eu mesma, e os outros tu mesma e eu.” Então os Construtores, metidos em sua primeira Vestimenta, descem à radiante Terra, e reinam sobre os homens — que são eles mesmos...
(Assim termina o fragmento da narração arcaica, obscura, confusa, quase incompreensível. Tentaremos agora iluminar essas trevas, para extrair o significado dos aparentes absurdos.)
Do livro: A Doutrina Secreta - Volume 1 - Cosmogênese
De: Helena Petrovna Blavatsky
COMENTÁRIOS
ResponderExcluirAOS TEXTOS E EXPRESSÕES DAS SETE ESTÂNCIAS
(SEGUNDO A NUMERAÇÃO DAS ESTÂNCIAS E DOS SLOKAS)
ESTÂNCIA I A NOITE DO UNIVERSO
As Sete Eternidades — O Tempo — A Mente Universal e os Dhyân-Chohans — Nidânas ou Causas da Existência — Mâyâ ou Ilusão — Trevas, a Matriz Eterna — Os Princípios masculino e feminino na Natureza-Raiz — Os Sete Espíritos Criadores, os Dhyân Chohans — O Grande Sopro — A Causa do Universo Material — O Ser Uno é o Número de todos os Números — A Forma Una de Existência — O olho aberto de Dangma, um Jivanmukta — Âlaya, a Vida Una, ou Alma Universal — O Mistério do Ser Absoluto — O mistério da hierarquia dos Anupâdaka.
1. O ETERNO PAI1, ENVOLTO EM SUAS SEMPRE INVISÍVEIS VESTES, HAVIA ADORMECIDO UMA VEZ MAIS DURANTE SETE ETERNIDADES.
ResponderExcluir1. O Espaço.
O “Pai”, o Espaço, é a Causa eterna, onipresente, a incompreensível DIVINDADE, cujas “Invisíveis Vestes” são a Raiz mística de toda Matéria e do Universo. O Espaço é a única coisa eterna que somos capazes de imaginar facilmente, imutável em sua abstração, e que não é influenciado nem pela presença nem pela ausência de um Universo objetivo. Não tem dimensões, seja em que sentido for, e existe por si mesmo. O Espírito é a primeira diferenciação de “AQUILO” — a Causa sem Causa do Espírito e da Matéria. Segundo o ensinamento do Catecismo Esotérico, não é nem o “vazio sem limites” nem a “plenitude condicionada”, mas ambas as coisas simultaneamente. Foi, é e sempre será.
Assim, as “Vestes” representam o númeno da Matéria Cósmica não diferenciada. Não a matéria tal como a conhecemos, mas a essência espiritual da matéria; em seu sentido abstrato, coeterna e una com o Espaço. A Natureza-Raiz é também a fonte das propriedades sutis e invisíveis da matéria visível. É, por assim dizer, a Alma do Espírito Único e Infinito. Os hindus a chamam Mûlaprakriti, e dizem que é a Substância Primordial, que constitui a base do Upâdhi ou Veículo de todos os fenômenos, sejam físicos, psíquicos ou mentais. É a fonte de onde se irradia o Âkâsha.
As “Sete Eternidades” significam evos ou períodos. A palavra Eternidade, tal como a entende a Teologia cristã, não tem sentido para os asiáticos, exceto quando aplicada à Existência Única. O termo “sempiterno”, que é o eterno somente em relação ao futuro, não passa de uma expressão errônea2. Tais palavras não existem nem podem existir na metafísica filosófica, e eram até desconhecidas anteriormente ao cristianismo eclesiástico. As Sete Eternidades significam os sete períodos de um Manvantara, ou um espaço de tempo correspondente à sua duração; e abrangem toda a extensão de um Mahâkalpa ou “Grande Idade” (100 anos de Brahmâ), perfazendo um total de 311.040.000.000.000 anos. Cada Ano de Brahmâ se compõe de 360 Dias e de igual número de Noites de Brahmâ (computando-se pelo Chandrâyama ou ano lunar); e um Dia de Brahmâ corresponde a 4.320.000.000 anos comuns. Estas Eternidades se relacionam com cálculos os mais secretos, em que, para a obtenção do total exato, cada cifra deve ser 7x, variando o expoente x conforme a natureza do ciclo no mundo subjetivo ou real; e também todo número ou cifra que represente os diversos ciclos (do maior ao menor), ou a eles se refira, no mundo objetivo ou ilusório, deve ser necessariamente múltiplo de 7. Não é possível dar a chave dessas operações, porque ela envolve o mistério dos cálculos esotéricos, e para fins de cálculos ordinários deixa de ter sentido. “O número 7”, diz a Cabala, “é o grande número dos Mistérios Divinos”. O número 10 é o de todos os conhecimentos humanos (a Década pitagórica); 1.000 é a terceira potência de 10; e, portanto, o número 7 é igualmente simbólico. Na Doutrina Secreta, o número 4 é o símbolo masculino apenas no plano mais elevado da abstração; no plano da matéria, o 3 é o masculino e o 4 o feminino — a linha vertical e a horizontal no quarto grau do simbolismo, em que os símbolos se convertem em signos dos poderes geradores no plano físico.
2. Lê-se no Vishnu Purâna, livro II, c. VIII: “Entende-se por imortalidade a existência até o fim do Kalpa”; e Wilson, o tradutor, observa em uma nota: “Eis, segundo os Vedas, tudo o que se deve entender com respeito à imortalidade (ou eternidade) dos deuses; estes perecem ao consumar-se a dissolução universal (ou Pralaya).” E a Filosofia Esotérica diz: “Não perecem, mas são reabsorvidos.”
2. O TEMPO NÃO EXISTIA, PORQUE DORMIA NO SEIO INFINITO DA DURAÇÃO.
ResponderExcluirO “Tempo” não é mais que uma ilusão ocasionada pela sucessão dos nossos estados de consciência, à medida que viajamos através da Duração Eterna; e deixa de existir quando a consciência em que tal ilusão se produz já não exista; então, ele “jaz adormecido”. O Presente não é senão uma linha matemática que separa aquela parte da Duração Eterna, que chamamos Futuro, daquela outra a que damos o nome de Passado. Nada há sobre a Terra que tenha uma duração real, pois nada permanece sem mutação, ou no mesmo estado, durante um bilionésimo de segundo que seja; e a sensação que temos da realidade desta divisão do Tempo, conhecida como o Presente, advém da impressão momentânea ou das impressões sucessivas que as coisas comunicam aos nossos sentidos, à medida que passam da região do ideal, que denominamos Futuro, à região da memória, que chamamos Passado. Da mesma forma, uma centelha elétrica instantânea produz em nós uma sensação de duração, por deixar em nossa retina uma impressão que continua. As pessoas e as coisas reais e efetivas não são unicamente o que se vê em um dado momento, mas consistem na soma de todas as suas múltiplas e cambiantes condições, desde o instante em que aparecem sob forma material até àquele em que deixam de existir sobre a terra. Estas “somas totais” estão eternamente no Futuro, e passam gradualmente através da matéria para ficarem eternamente no Passado. Ninguém dirá que uma barra de metal que se arremessa ao mar começa a existir a partir do momento em que deixa a atmosfera, e que cessa de existir quando penetra na água; nem que tal objeto consiste tão somente em sua seção transversal coincidente, em determinado momento, com o plano matemático que separa e une, ao mesmo tempo, a atmosfera e o oceano. Analogamente, é o que sucede com as pessoas e as coisas que, caindo do “será” no “foi”, isto é, do Futuro no Passado, apresentam ocasionalmente aos nossos sentidos como que uma seção transversal do seu todo à medida que vão passando através do Tempo e do Espaço (como Matéria) em seu caminho de uma eternidade para outra; e estas duas eternidades constituem aquela Duração, na qual, e somente na qual, há algo que tem existência real, que os nossos sentidos confirmariam, se estivessem aptos a conhecê-la.
3. A MENTE UNIVERSAL NÃO EXISTIA, PORQUE NÃO HAVIA AH-HI PARA CONTÊ-LA.
ResponderExcluir“Mente” é o nome dado à totalidade dos Estados de consciência compreendidos sob as denominações de Pensamento, Vontade e Sentimento. Durante o sono profundo, cessa o trabalho de ideação no plano físico e a memória é suspensa; em todo esse tempo, a “Mente não existe”, uma vez que o órgão, por cujo intermédio o Ego manifesta a ideação e a memória no plano físico, cessou temporariamente de funcionar. Um númeno não pode chegar a ser fenômeno em qualquer plano de existência sem que se manifeste nesse plano por meio de uma casa ou veículo apropriado; e durante a longa Noite de repouso chamada Pralaya, quando todas as Existências são dissolvidas, a “Mente Universal” permanece como uma possibilidade de ação mental, ou como aquele Pensamento abstrato e absoluto do qual a Mente é a manifestação concreta e relativa. Os Ah-hi (Dhyân Chohans) são as Legiões de Seres espirituais — as Legiões Angélicas do Cristianismo, os Elohim e os “Mensageiros” dos judeus — que constituem o Veículo para a manifestação do Pensamento e da Vontade Divina ou Universal. São as Forças Inteligentes que elaboram as “Leis” da Natureza e as fazem executar, cumprindo, por sua vez, e ao mesmo tempo, as leis que lhes são analogamente ditadas por Poderes ainda mais elevados; mas não são “personificações” das Forças da Natureza, como erroneamente se tem acreditado.
Esta Hierarquia de Seres espirituais, por cujo intermédio atua a Mente Universal, assemelha-se a um exército — uma verdadeira legião — pelo qual se manifesta o poder militar de uma nação, e que se compõe corpos de tropa, divisões, brigadas, regimentos, etc., cada qual com sua individualidade ou vida distinta, sua liberdade de ação e sua responsabilidade limitadas; estando cada unidade contida em uma individualidade superior, à qual ficam subordinados seus próprios interesses, e encerrando em si, ao mesmo passo, individualidades inferiores.
4. OS SETE CAMINHOS DA FELICIDADE3 NÃO EXISTIAM (A). AS GRANDES CAUSAS DA DESGRAÇA4 NÃO EXISTIAM, PORQUE NÃO HAVIA NINGUÉM QUE AS PRODUZISSE E FOSSE POR ELAS APRISIONADO (B).
ResponderExcluir3. Nirvana, em chinês Nippang; Neibban em birmanês; Moksha na Índia.
4. Nidâna e Mâyâ. As “Doze” Nidânas (em tibetano Ten-brel Chug-nyi) são as causas principais da existência, efeitos gerados por um encadeamento.
(a) Há “Sete Caminhos” ou “Vias” que conduzem à “Felicidade” da Não-Existência, que é o absoluto Ser, Existência e Consciência. Não existiam, porque o Universo até então se achava vazio, só existindo no Pensamento Divino.
(b) Porque são... as Doze Nidânas, ou Causas do Ser. Cada uma é o efeito da Causa antecedente, e, por seu turno, a causa da que lhe sucede; estando a soma total das Nidânas baseada nas Quatro Verdades, doutrina especialmente característica do Sistema Hînayâna5. Pertencem elas à teoria de que todas as coisas seguem o curso da lei, a lei inevitável que produz o mérito e o demérito, e que finalmente faz sentir a força do Carma em toda a sua plenitude. É um sistema fundado na grande verdade de que a reencarnação infunde temor, porque a existência neste mundo só traz ao homem sofrimento, desgraça e dor; sendo a própria morte incapaz de dar ao homem a sua libertação, porque a morte não é mais que a porta pela qual ele passa de uma para outra vida na terra, após um breve repouso no umbral, ou seja, no Devachan. O Sistema Hînayâna, ou Escola do Pequeno Veículo, data de tempos muito remotos, ao passo que o Mahâyâna, ou Escola do Grande Veículo, pertence a um período mais recente e teve início após a morte de Buddha. Todavia, as doutrinas deste último sistema são tão antigas como as montanhas que têm servido de locais para escolas semelhantes desde épocas imemoriais; e na verdade as Escolas Hînayâna e Mahâyâna ensinam ambas a mesma coisa. Yâna, ou Veículo, é uma expressão mística, e os dois “Veículos” significam que o homem pode escapar às tribulações dos renascimentos, e até à ilusória felicidade do Devachan, por meio da obtenção da Sabedoria e do Conhecimento, os únicos que podem dissipar os frutos da Ilusão e da Ignorância.
5. Veja-se Wassilief: Der Buddhismus, págs. 97-128.
Mâyâ, ou Ilusão, é um elemento que participa de todas as coisas finitas, porque tudo quanto existe possui tão só um valor relativo, e não absoluto, tendo em vista que a aparência assumida pelo númeno perante o observador depende do poder de cognição deste último. Aos olhos incultos do selvagem uma pintura se apresenta como um aglomerado confuso e incompreensível de linhas e manchas coloridas, ao passo que a vista educada descobre ali imediatamente uma figura ou uma paisagem. Nada é permanente, a não ser a Existência Una, absoluta e oculta, que contém em si mesma os númenos de todas as realidades. As existências pertencentes a cada plano do ser, incluindo os Dhyan Chohâns mais elevados, são comparáveis às sombras projetadas por uma lanterna mágica em uma superfície branca. No entanto, todas as coisas são relativamente reais, porque o conhecedor é também um reflexo, e por isso as coisas conhecidas lhe parecem tão reais quanto ele próprio.
ResponderExcluirPara conhecer a realidade das coisas há mister considerá-las antes ou depois de haverem passado, qual um relâmpago, através do mundo material; pois, não podemos discernir essa realidade diretamente, quando só dispomos de instrumentos sensitivos que trazem à nossa consciência apenas os elementos do mundo material. Seja qual for o plano em que possa estar atuando a nossa consciência, tanto nós como as coisas pertencentes ao mesmo plano somos as únicas realidades do momento. À medida, porém, que nos vamos elevando na escala do desenvolvimento, percebemos que, nos estádios já percorridos, havíamos tomado sombras como realidades, e que o progresso ascendente do Ego é um contínuo e sucessivo despertar, cada passo à frente levando consigo a idéia de que então alcançamos a “realidade”. Mas só quando houvermos atingido a Consciência absoluta, e com ela operarmos a fusão da nossa, é que viremos a libertar-nos das ilusões de Mâyâ.
5. SÓ AS TREVAS ENCHIAM O TODO SEM LIMITES (A), PORQUE PAI, MÃE E FILHO ERAM NOVAMENTE UM, E O FILHO AINDA NÃO HAVIA DESPERTADO PARA A NOVA RODA6 E A PEREGRINAÇÃO POR ELA (B):
ResponderExcluir6. O termo “Roda” é a expressão simbólica para designar um mundo ou globo, o que demonstra que os antigos sabiam ser a nossa Terra um globo que gira, e não um quadrado imóvel como ensinaram alguns Padres cristãos. A “Grande Roda” é a duração completa do nosso Ciclo de existência, ou Mahâkalpa, isto é, a revolução completa de nossa Cadeia especial de sete Globos ou Esferas desde o princípio até o fim. As “Pequenas Rodas” significam as Rondas, também em número de sete.
(a) As “Trevas são Pai-Mãe; a Luz é o seu Filho”, diz antigo provérbio oriental. Não podemos conceber a luz senão considerando-a como proveniente de alguma fonte que lhe seja a causa; e, como no caso da Luz Primordial essa fonte é desconhecida — conquanto a reclamem a razão e a lógica — nós a chamamos “Trevas”, do ponto de vista intelectual. Quanto à luz secundária ou reflexa, seja qual seja a sua fonte, não pode ter senão um caráter temporário ou mayávico. As Trevas são, portanto, a Matriz Eterna, na qual as Origens da Luz aparecem e desaparecem. Em nosso plano nada se acrescenta às trevas para convertê-las em luz, nem tampouco à luz para transformá-la em trevas. Elas são permutáveis, e cientificamente a luz é tão-somente um modo das trevas, e vice-versa. Contudo, ambas são fenômenos do mesmo númeno, que são trevas absolutas para a mente científica, mas não passam de um obscuro crepúsculo para os místicos em geral, se bem que aos olhos espirituais do Iniciado seja luz absoluta. O grau de luz que podemos perceber no meio das trevas depende da nossa capacidade de visão. O que para nós é luz, são trevas para certos insetos; e o olho do clarividente vê iluminação ali onde o olho normal só depara escuridão. Quando todo o Universo jazia imerso no sono, isto é, quando havia regressado ao seu elemento primordial, não existia ali nem centro de luminosidade nem olho para perceber a Luz; e as trevas enchiam necessariamente o “Todo Sem Limites”.
(b) O “Pai e a Mãe” são os princípios masculino e feminino na Natureza-Raiz, os pólos opostos que se manifestam em todas as coisas, em cada plano do Cosmos; ou o Espírito e a Substância, em um aspecto menos alegórico, e cuja resultante é o Universo, ou o “Filho”. Eles são “novamente Um”, quando, na noite de Brahmâ, durante o Pralaya, tudo no Universo objetivo retorna à sua causa única, eterna e primária, para ressurgir na Aurora seguinte, como acontece periodicamente. “Kârana” — a Causa Eterna — estava só. Para dizer mais claramente: Kârana permanece só durante as Noites de Brahmâ. O anterior Universo objetivo dissolveu-se em sua Causa única, eterna e primária, e mantém-se como que em dissolução no espaço, para diferenciar-se outra vez e cristalizar-se de novo na seguinte Aurora Manvantárica, que será o começo de um novo Dia ou de uma nova atividade de Brahmâ, símbolo de um Universo. Em linguagem esotérica, Brahmâ é o Pai-Mãe-Filho, ou Espírito, Alma e Corpo a um só tempo, sendo cada personagem o símbolo de um atributo e cada atributo ou qualidade um eflúvio graduado do Sopro Divino em suas diferenciações cíclicas, involutivas e evolutivas. No sentido cósmico-físico, é o Universo, a Cadeia Planetária e a Terra; no sentido puramente espiritual, é a Divindade Ignota, o Espírito Planetário e o Homem (o Filho dos dois, produto do Espírito e da Matéria; sua manifestação nos aparecimentos periódicos sobre a terra durante as “Rodas” ou Manvantaras).
6. OS SETE SENHORES SUBLIMES E AS SETE VERDADES HAVIAM CESSADO DE SER (A); E O UNIVERSO, FILHO DA NECESSIDADE, ESTAVA MERGULHADO EM PARANISHPANNA (B)7, PARA SER EXPIRADO POR AQUELE QUE É, E TODAVIA NÃO É. NADA EXISTIA(C).
ResponderExcluir7. A Perfeição Absoluta, Piranirvana, que é Yong-Grub.
(a) Os “Sete Senhores Sublimes” são os Sete Espíritos Criadores, os Dhyân Chohans, que correspondem aos Elohim hebreus. É a mesma Hierarquia de Arcanjos a que pertencem São Miguel, São Gabriel e outros, na teogonia cristã. Mas, enquanto na teologia dogmática romana se atribui a São Miguel, por exemplo, a guarda de todos os golfos e promontórios, no Sistema Esotérico os Dhyânis velam, sucessivamente, sobre uma das Rondas e sobre as grandes Raças-Raízes de nossa Cadeia Planetária. Ensina-se, por outra parte, que eles enviam seus Bodhisattvas à Terra, como representantes humanos dos Dhyâni-Buddhas, durante cada Ronda e cada Raça. Das “Sete Verdades” e Revelações, ou melhor, segredos revelados, só quatro nos foram dadas a conhecer; pois estamos ainda na Quarta Ronda, e por isso não teve o mundo, até agora, senão quatro Buddhas. Trata-se, aliás, de questão sobremodo complexa, da qual mais adiante nos ocuparemos com mais amplitude.
Até hoje “existem somente Quatro Verdades e Quatro Vedas” — dizem os Hindus e os Budistas. Foi por uma razão semelhante que Irineu insistiu na necessidade de Quatro Evangelhos. Mas, como cada nova Raça-Raiz, no início de uma Ronda, deve ter a sua revelação e os seus reveladores, a próxima Ronda trará consigo a Quinta, a subsequente a Sexta, e assim por diante.
(b) “Paranishpanna” é a perfeição absoluta que todas as existências alcançam no fim de um grande período de atividade, ou Mahâmanvantara, e em que permanecem durante o período seguinte de repouso. Chama-se em tibetano “Yong-Grub”. Até os dias da escola Yogâchârya, a verdadeira natureza do Paranirvana era ensinada publicamente; mas desde então passou a ser de todo esotérica, e daí o existirem tantas interpretações contraditórias sobre este assunto. Só um verdadeiro idealista é capaz de compreendê-la. Para entender a significação daquele estado e saber por que o Não-Eu, o Vazio e as Trevas são Três em Um, o que existe por si mesmo e é perfeito, há que considerar tudo como ideal, à exceção do Paranirvana. Este, porém, só é absoluto de um ponto de vista relativo, devendo dar lugar a uma perfeição ainda mais absoluta e de um grau de excelência mais elevado, no subsequente período de atividade, tal como acontece — se tão material comparação nos é permitida — com uma flor perfeita, que deve cessar de sê-lo e perecer, a fim de converter-se em um fruto perfeito.
A Doutrina Secreta ensina o progressivo desenvolvimento de todas as coisas, tanto dos mundos como dos átomos. Não é possível conceber o princípio desse maravilhoso desenvolvimento, nem tampouco imaginar-lhe o fim. O nosso “Universo” não passa de uma unidade em um número infinito de Universos, todos eles “Filhos da Necessidade”, elos da Grande Cadeia Cósmica de Universos, cada qual em relação de efeito com o que o precedeu, e de causa com o que lhe sucede.
ResponderExcluirO aparecimento e o desaparecimento do Universo são descritos como expiração e inspiração do Grande Sopro, que é eterno e que, sendo Movimento, é um dos três aspectos do Absoluto; os outros dois são o Espaço Abstrato e a Duração. Quando o Grande Sopro expira, é chamado o Sopro Divino e considerado como a respiração da Divindade Incognoscível — a Existência Una —, emitindo esta, por assim dizer, um pensamento, que vem a ser o Cosmos. De igual modo, quando o Sopro Divino é inspirado, o Universo desaparece no seio da Grande Mãe, que então dorme “envolta em suas Sempre Invisíveis Vestes”.
(c) Por “aquele que é, e todavia não é”, entende-se aquele Grande Sopro, do qual só podemos dizer que é a Existência Absoluta, sem que nos seja dado representá-lo em nossa imaginação como uma forma qualquer de Existência que possamos distinguir da Não-Existência.
Os três períodos — Presente, Passado e Futuro — são, em filosofia esotérica, um tempo composto; mas apenas em relação ao plano fenomenal, pois que no reino dos números não têm validade abstrata. Como dizem as Escrituras: “O Tempo Passado é o Tempo Presente, e também o Futuro, o qual, não tendo ainda vindo à existência, entretanto, é” segundo um preceito do Prasanga Madhyamika, cujos dogmas se tornaram conhecidos após a sua separação das escolas puramente esotéricas8.
8. Veja-se Dzungarian: Mani Kumbum, o “Livro dos 10.000 Preceitos”. Consulte-se também Wassilief, Der Buddhismus, págs. 327 e 357, etc.
Em resumo: nossas idéias quanto à duração do tempo são todas derivadas de nossas sensações, de acordo com as leis de associação. Enlaçadas de modo inextricável com a relatividade do conhecimento humano, essas idéias não podem, contudo, ter existência alguma fora da experiência do eu individual, e perecem quando sua marcha evolutiva dissipa o Mâyâ da existência fenomenal. Qual é, por exemplo, o Tempo, senão a sucessão panorâmica de nossos estados de consciência? Eis aqui as palavras de um Mestre: “Sinto-me desnorteado quando tenho de empregar estas três palavras — Passado, Presente e Futuro; pobres conceitos das fases objetivas do subjetivo todo, e tão mal apropriadas ao seu objeto quanto uma acha à delicada arte do escultor.” É um axioma filosófico: há que alcançar Paramârtha para não se converter em fácil presa de Samvriti9.
9. Para dizer com mais clareza: O homem deve adquirir a verdadeira Consciência de Si Mesmo para compreender Samvriti, ou a “origem da ilusão”. Paramârtha é sinônimo do termo Svasamvedanâ, ou “a reflexão que se analisa a si mesma”. Existe uma diferença na interpretação do significado de Paramârtha entre os Yogâchâryas e os Madhyamikas, mas nenhuma destas duas escolas explica o verdadeiro sentido esotérico da expressão.
7. AS CAUSAS DA EXISTÊNCIA HAVIAM SIDO ELIMINADAS (A); O VISÍVEL, QUE FOI, E O INVISÍVEL, QUE É, REPOUSAVAM NO ETERNO NÃO-SER — O ÚNICO SER (B).
ResponderExcluir(a) “As Causas da Existência” significam não somente as causas físicas conhecidas pela ciência, mas também as causas metafísicas, a principal das quais é o desejo de existir, uma resultante de Nidâna e de Mâyâ. Este desejo de uma vida senciente manifesta-se por si mesmo em todas as coisas, desde o átomo ao sol, é um reflexo do Pensamento Divino projetado na existência objetiva sob a forma de uma lei que manda o Universo existir. Segundo o ensinamento esotérico, a causa real daquele suposto e de toda existência permanece sempre oculta, e suas primeiras emanações representam as mais elevadas abstrações que a mente humana pode conceber. Temos que admitir tais abstrações como a causa deste Universo material que se apresenta aos sentidos e à inteligência; e são elas necessariamente o fundamento dos poderes secundários e subordinados à Natureza, que têm sido antropomorfizados e adorados como “Deus” e como “deuses” pelas multidões de todas as épocas.
Impossível é conceber seja lá o que for sem uma causa; tentar fazê-lo é deixar a mente no vazio. Esta é virtualmente a condição em que deve afinal encontrar-se a mente, quando pretendemos acompanhar, de diante para trás, a cadeia de causas e efeitos; mas tanto a Ciência como a Religião se lançam nesse vazio com demasiada precipitação, porque ignoram as abstrações metafísicas, e são estas as únicas causas concebíveis das coisas concretas do mundo físico. As abstrações tornam-se cada vez mais concretas à medida que se aproximam do nosso plano de existência, até que por fim se cristalizam em fenomenais, sob a forma de Universo material, por um processo de conversão do metafísico em físico, semelhante àquele que faz o vapor condensar-se em água e a água solidificar-se em gelo.
(b) A idéia do “Eterno Não-Ser” que é o “Único Ser” aparece como um paradoxo a quem quer que não se dê conta de que nós limitamos nossas idéias sobre o Ser à nossa presente consciência da Existência, dando a este termo um sentido específico, em vez de genérico. Se uma criança ainda no seio materno pudesse pensar, segundo a acepção que damos a esta palavra, limitaria necessariamente e do mesmo modo o seu conceito do Ser à vida intra-uterina, a única por ela conhecida; e se tratasse de exprimir em sua consciência a idéia da vida depois do nascimento (para ela a morte), chegaria provavelmente — na falta de base para o raciocínio e de faculdades para compreendê-la — a definir aquela vida como o “Não-Ser que equivale ao Ser (ou Existência) Real”. Em nosso caso, o Ser Uno é o númeno de todos os númenos, que sabemos devem existir por trás de todos os fenômenos, dando-lhes a sombra do quê de realidade que possuem; mas que não podemos atualmente conhecer por nos faltarem os sentidos e a inteligência indispensáveis à sua percepção. Os átomos impalpáveis de ouro disseminados em uma tonelada de quartzo aurífero podem ser imperceptíveis à vista do mineiro; no entanto, sabe o mineiro não só que ali se encontram, mas também que são eles unicamente que conferem ao minério um valor apreciável; e esta relação entre o ouro e o quartzo pode sugerir apenas uma fraquíssima idéia da que existe entre o númeno e o fenômeno. Com a diferença de que o mineiro sabe que aspecto terá o ouro quando for extraído do quartzo; ao passo que o mortal comum não pode ter noção da realidade das coisas fora do Mâyâ que as vela e oculta. Só o Iniciado, enriquecido pelo conhecimento adquirido através de inúmeras gerações de seus predecessores, dirige o “Olho de Dangma”, para a essência das coisas, em que Mâyâ não pode ter nenhuma influência. É neste ponto que os ensinamentos da Filosofia Esotérica, em relação com os Nidânas e as Quatro Verdades, assumem capital importância; são, porém, secretos.
ResponderExcluir8. A FORMA UNA DE EXISTÊNCIA (A), SEM LIMITES, INFINITA, SEM CAUSA, PERMANECIA SOZINHA, EM UM SONO SEM SONHOS (B); E A VIDA PULSAVA INCONSCIENTE NO ESPAÇO UNIVERSAL, EM TODA A EXTENSÃO DAQUELA ONIPRESENÇA QUE O OLHO ABERTO DE DANGMA PERCEBE10.
ResponderExcluir10. Na Índia é chamado o “Olho de Shiva”; mas para lá das grandes montanhas é conhecido, na fraseologia esotérica, como o “Olho Aberto de Dangma”. Dangma quer dizer alma purificada, aquele que se tornou um Jîvanmukta, o Adepto mais elevado, ou melhor, aquele a quem se dá o nome de Mâhâtma. Seu “Olho Aberto” é olho espiritual e interno do vidente; e a faculdade que por ele se manifesta não é a clarividência como se entende geralmente, ou seja, o poder de ver à distância, mas antes a faculdade de intuição espiritual, por meio da qual se pode obter o conhecimento direto e exato. Esta faculdade se acha intimamente relacionada com o “terceiro olho”, que a tradição mitológica atribui a certas raças humanas.
(a) A tendência do pensamento moderno é voltar à antiga idéia de que as coisas aparentemente mais diversas possuem uma base homogênea — a heterogeneidade emergindo da homogeneidade. Os biologistas procuram neste momento o protoplasma homogêneo, e os químicos o protilo, enquanto a Ciência investiga a força da qual a eletricidade, o magnetismo, o calor, etc., são diferenciações. A Doutrina Secreta leva esta idéia à região da metafísica, com o postulado de uma “Forma Única de Existência” como base e fonte de todas as coisas. Mas é possível que a expressão “Forma Única de Existência” não seja totalmente correta. A palavra sânscrita é Prabhavâpyava, “a região” (seria melhor dizer “o plano”) “de onde tudo sai e para onde tudo retorna”, como diz um comentador. Não é a “Mãe do Mundo”, conforme a tradução de Wilson11; porque Jagad Yoni, como demonstra Fitzedward Hall, é mais propriamente a “Causa Material do Mundo” que a “Mãe do Mundo” ou a “Matriz do Mundo”. Os comentaristas purânicos a interpretam como Karâna, “Causa”; mas a Filosofia Esotérica a considera o espírito ideal daquela Causa. Em seu estado secundário, é o Svabhâvat do filósofo budista, a Eterna Causa-e-Efeito, onipresente e contudo abstrata, a Essência plástica existente por si mesma, e a Raiz de todas as coisas, vista em seu duplo sentido, da mesma forma como o vedantino considera o seu Parabrahman e Mûlaprakriti, o Uno sob dois aspectos. Parece realmente extraordinário ver grandes sábios especularem sobre a possibilidade de que a Vedanta e sobretudo o Uttara-Mîmânsâ tenham sido “inspirados pelos ensinamentos dos budistas”, quando, ao contrário, o budismo, o ensinamento de Gautama Buddha, é que foi “inspirado” e construído inteiramente sobre os princípios da Doutrina Secreta, de que ora tentamos apresentar um epítome, ainda que incompleto e nos quais também se apoiaram os Upanishads12. É uma verdade, que não será lícito obscurecer, diante dos ensinamentos de Sri Shankarâchârya13.
11. Vishnu Parâna, I, 21.
ResponderExcluir12. E, não obstante, uma pretensa autoridade, Sir Monier Williams, professor catedrático de sânscrito em Oxford, acaba de negar precisamente este fato. Eis o que ele ensinava ao seu auditório em 4 de junho de 1888, em seu discurso anual perante o Instituto Vitória da Grã-Bretanha: “Em sua origem, o Budismo mostrou-se infenso a todo ascetismo solitário... para alcançar as sublimes alturas do conhecimento. Não possuía nenhum corpo de doutrina, fosse oculto ou esotérico... vedado às pessoas comuns” (!!). E mais: “Quando Gautama Buddha começou o seu ofício, a última e inferior forma de Ioga parece que era muito pouco conhecida.” E logo, contradizendo-se, o ilustre conferencista diz aos seus ouvintes: “Sabemos pelo Lalita-Vestara, que diversas formas de tortura corporal, automacerações e austeridades eram comuns no tempo de Gautama” (!!). Mas o orador parece ignorar por completo que aquela espécie de tortura e maceração do próprio corpo é precisamente a forma inferior de Ioga, Hatha Yoga, sistema que, segundo suas palavras, era “pouco conhecido” e, no entanto, tão “comum” no tempo de Gautama.
13. Pretende-se até que todos os Seis Darshanas (escolas de filosofia) apresentam traços da influência de Buddha e traços oriundos ora do Budismo, ora de ensinamentos gregos! (Veja-se: Weber, Max Muller, etc.) Devemos lembrar, no entanto, que Colebrooke, “autoridade máxima” em tais assuntos, há muito tempo que resolveu a questão, demonstrando que “os hindus, neste caso, foram os mestres e não os discípulos”.
(b) O “Sono sem Sonhos” é um dos sete estados de consciência conhecidos no esoterismo oriental. Em cada um destes estados entra em ação uma parte distinta da mente; ou, como diria um vedantino, o indivíduo é consciente em um plano diferente do seu ser. As palavras “Sono sem Sonhos” são usadas para exprimir uma condição algo semelhante àquele estado de consciência, no homem, que, não dando lugar a nenhuma lembrança no estado de vigília, parece um vazio — da mesma forma que o sono de uma pessoa magnetizada se lhe afigura um vazio inconsciente quando ela retorna à sua condição normal, embora acabasse de falar e conduzir-se durante aquele sono magnético como o faria um indivíduo consciente.
9. ONDE, PORÉM, ESTAVA DANGMA QUANDO O ALAYA DO UNIVERSO14 SE ENCONTRAVA EM PARAMÂRTHA (A)15, E A GRANDE RODA EM ANUPÂDAKA? (B)
ResponderExcluir14. A Alma, como base do mundo, Anima Mundi.
15. O Ser Absoluto e a Consciência Absoluta, que são o Absoluto Não-Ser e a Absoluta Inconsciência.
(a) Depara-se-nos aqui a questão que constituiu, durante séculos, o fundo das controvérsias escolásticas. Os dois termos “Alaya” e “Paramârtha” foram causa de múltiplas discussões nas escolas, e de que a verdade fosse subdividida em um sem número de aspectos, e isto em escala jamais ocorrida quanto a outras palavras místicas. Alaya é a Alma do Mundo, Anima Mundi, a Superalma de Emerson, que, segundo o ensinamento esotérico, muda periodicamente de natureza. Alaya, apesar de eterna e imutável em sua essência interna, nos planos fora do alcance dos homens ou mesmo dos deuses cósmicos (Dhyâni-Buddhas), altera-se durante o período de vida ativa que diz respeito aos planos inferiores, inclusive o nosso. Durante esse tempo, não só os Dhyâni Buddhas são unos com Alaya em Alma e Essência, mas até o homem que realizou a Ioga (meditação mística) “é capaz de fundir sua alma nela”, como diz Aryâsanga, da escola Yogachârya. Não é isto o Nirvana, senão uma condição que dele se aproxima. E aqui a divergência. Enquanto os Yogachâryias da escola Mahâyâna dizem que Alaya (Nyingpo e Tsang em tibetano) é a personificação do Vazio e, não obstante, a base de todas as coisas visíveis e invisíveis; e que, apesar de eterna e imutável em sua essência, Alaya se reflete em cada objeto do Universo, “como a lua na água clara e tranquila” — outras escolas contestam essa proposição. Sucede o mesmo em relação a Paramârtha. Os Yogachâryas interpretam este termo como aquilo que também depende de outras coisas (paratantra); e os Madhyamikas dizem que Paramârtha está limitado a Paranishpanna, ou a Perfeição Absoluta; vale dizer que, na exposição destas “Duas Verdades” (entre as Quatro), os primeiros crêem e sustentam que, neste plano pelo menos, só existe Samvritisatya, ou a verdade relativa; e os segundos ensinam a existência de Paramârthasatya, a Verdade Absoluta16. “Nenhum Arhat, oh! mendicantes, pode alcançar o conhecimento antes de identificar-se com Paranirvana; Parikalpita e Paratantra são os seus dois grandes inimigos”17. Parikalpita (em tibetano Kuntag) é o erro em que incidem os que não percebem o caráter vazio e ilusório de todas as coisas, e crêem na existência de algo que não existe, por exemplo, o Não-Eu. E Paratantra é aquilo, seja o que for, que existe unicamente em virtude de uma relação causal ou de dependência, e que deve desaparecer tão logo cesse a causa de que procede, como a chama de um pavio. Suprima-se ou destrua-se o pavio, e a luz desaparece.
16. “Paramârthasatya” é a consciência própria; Svasamvedanâ, ou o pensamento que se analisa a si mesmo; de duas palavras: parama, por cima de todas as coisas, e artha, compreensão; significando satya o ser verdadeiro e absoluto, ou esse. Em tibetano, Paramârthasatya é Dondampaidenpa. O oposto a esta realidade absoluta é Samvritisatya — a verdade relativa somente; pois Samvritisatya significa “falso conceito”, e é a origem da ilusão, Mâyâ — em tibetano Kundzabchidenpa, “aparência que cria a ilusão”.
17. Aphorisms of the Bôdhisattvas.
Ensina a Filosofia Esotérica que tudo vive e é consciente, mas não que toda vida e toda consciência sejam semelhantes às dos seres humanos ou mesmo dos animais. Nós consideramos a vida como a única forma de existência manifestando-se no que chamamos Matéria, ou naquilo que, no homem, chamamos Espírito, Alma e Matéria (separando-os sem razão). A Matéria é o Veículo para a manifestação da Alma neste plano de existência, e a Alma é o Veículo em um plano mais elevado para a manifestação do Espírito; e os três formam uma Trindade sintetizada pela Vida, que os interpenetra a todos. A idéia da Vida Universal é um daqueles antigos conceitos que estão retornando à mente humana neste século, como consequência de sua libertação da teologia antropomórfica. Verdade é que a Ciência se contenta com traçar ou expor os sinais da Vida Universal, não ousando ainda pronunciar ou sequer sussurrar a expressão Anima Mundi! A idéia da “vida cristalina”, que hoje é familiar à ciência, teria sido repudiada com desprezo meio século atrás. Os botânicos agora investigam os nervos das plantas; não porque suponham que as plantas sejam capazes de sentir ou pensar como os animais, mas por acreditarem que, para explicar o crescimento e a nutrição dos vegetais, é necessária uma estrutura que guarde, na vida das plantas, uma relação funcional idêntica à dos nervos na vida animal. Parece quase impossível que a Ciência se deixe enganar por muito mais tempo com o simples uso de palavras tais como “força” e “energia” tardando em reconhecer que as coisas dotadas de movimento são coisas vivas, quer se trate de átomos ou de planetas.
ResponderExcluirMas ao leitor poderá ocorrer a pergunta: Qual é a crença das Escolas Esotéricas sobre esse ponto? Quais as doutrinas ensinadas pelos “budistas” esotéricos?
Para eles, Alaya tem uma dupla significação, e até mesmo tríplice. No sistema Yogachârya da escola contemplativa Mahâyâna, Alaya e, ao mesmo tempo, a Alma Universal, Anima Mundi, e o Eu de um Adepto adiantado. “Aquele a quem a Ioga conferiu poderes é capaz de introduzir à vontade o seu Alaya, por meio da meditação, na verdadeira natureza da Existência”. “Alaya possui uma existência eterna e absoluta” — diz Aryâsanga, o rival de Nâgârjuna18. Em certo sentido, é Pradhâna, que o Vishnu Parâna define como “a causa não evolucionada, a base original, na denominação enfática dos sábios, o Prakriti sutil, ou seja, o eterno e o que ao mesmo tempo é (ou encerra em si) o que é o que não é, ou é mera evolução19. “A causa contínua, que é uniforme, que é ao mesmo tempo causa e efeito, chamada Pradhâna e Prakriti por aqueles que conhecem os primeiros princípios, é o incognoscível Brahma, que era anterior a tudo”20; quer dizer, Brahma não cria nem mesmo produz a evolução, mas unicamente revela vários aspectos de si próprio, um dos quais é Prakriti, aspecto de Pradhâna. “Prakriti”, no entanto, não é uma palavra adequada, e Alaya o explicaria melhor, visto que Prakriti não é o “incognoscível Brahma”. É um erro ensinar que a Anima Mundi, a Vida Una ou Alma Universal, só foi dada a conhecer por Anaxágoras, ou durante sua época; é um erro dos que ignoram a universalidade das doutrinas ocultas desde o berço das raças humanas, e sobretudo por parte daqueles sábios que repugnam até mesmo a idéia de uma “revelação primordial”. O ensinamento do filósofo citado teve simplesmente em vista combater os conceitos demasiado materialistas de Demócrito sobre cosmogonia, que se baseavam na teoria exotérica de átomos postos em movimento ao acaso ou cegamente. Anaxágoras de Clazomene não foi o inventor daquela doutrina; ele apenas a divulgou, como também o fez Platão. O que Anaxágoras denominava Inteligência do Mundo, o Nous (νοῦς), o princípio que, segundo as suas idéias, existe absolutamente separado e livre da matéria, atuando com um objetivo preestabelecido, era chamado o Movimento, Vida Una ou Jîvâtmâ, na Índia, desde tempos muito anteriores ao ano 500 antes de Cristo. Os filósofos arianos, porém, a esse princípio, para eles infinito, jamais deram o “atributo de pensar”, que é finito21.
ResponderExcluir18. Âryâsanga foi um Adepto anterior à era cristã e fundador de uma escola esotérica budista, embora Csoma de Koros o situe, por uma razão pessoal, no século VII depois de Cristo. Existiu outro Aryâsanga, que viveu nos primeiros séculos de nossa era, e é bem provável que o sábio húngaro confundisse um com o outro.
19. Vishnu Purâna, I, pág. 20.
20. Vishnu Purâna, Wilson, I, 21; citado do Vayu Purâna.
21. Com isso queremos dizer Consciência Própria Finita. Porque, como pode o Absoluto alcançá-la de outro modo, senão como um aspecto, o mais elevado dos que conhecemos — a consciência humana?
Isto conduz naturalmente ao “Espírito Supremo” de Hegel e dos transcendentalistas alemães, e apresenta um contraste que talvez seja útil assinalar. As escolas de Schelling e de Fichte divergiram muito do conceito arcaico e primitivo de um Princípio Absoluto, e não refletiram senão um (aspecto da idéia fundamental do sistema Vedânta. O “Absoluter Geist”22, sugerido vagamente por Von Hartmann, em sua filosofia pessimista do “Inconsciente”, e que é talvez a maior aproximação das doutrinas hindus “advaítas” a que pôde chegar a especulação européia, está, ainda assim, muito longe da realidade.
ResponderExcluir22. Espírito Absoluto.
Segundo Hegel, o “Inconsciente” jamais se daria à tarefa vasta e complexa de fazer evolucionar o Universo, se o não movesse a esperança de alcançar clara consciência de Si Mesmo. Com relação a esse ponto, convém ter presente que os panteístas europeus, quando se referem ao Espírito, termo que empregam como equivalente de Parabrahman, e o chamam Inconsciente, não dão a esta expressão o significado indireto que geralmente implica. Usam-na porque não dispõem de um termo mais apropriado para simbolizar um profundo mistério.
Eles nos dizem que a “Consciência Absoluta por trás dos fenômenos” só é chamada inconsciência por carecer de todo elemento de personalidade; e que transcende a concepção humana. O homem, incapaz de formular um conceito que não seja relacionado a fenômenos empíricos, sente-se impotente, em virtude mesmo da constituição do seu ser, para levantar o véu que encobre a majestade do Absoluto. Só o Espírito liberto é capaz de perceber, vagamente ainda, a natureza de sua própria origem, à qual deverá retornar com o passar dos tempos. Se ao mais elevado dos Dhyân Chohans não cabe senão curvar-se, humildemente, em sua ignorância, diante do insondável mistério do Ser Absoluto; se até naquele ponto culminante da existência consciente — “em que a consciência individual se funde na consciência universal”, para usar uma expressão de Fichte — não pode o Finito conceber o Infinito, nem pode aplicar-lhe sua própria medida de experiências mentais, como se poderá dizer que o Inconsciente e o Absoluto tenham sequer algum impulso instintivo ou esperança de alcançar a clara consciência de si mesmo23? O Vedantino jamais admitiria esta idéia hegeliana, e o Ocultista diria que ela é perfeitamente aplicável ao Mahat desperto, ou seja, à Mente Universal, já projetada no mundo fenomenal como aspecto primeiro do Imutável Absoluto, mas nunca a este último. “O Espírito e a Matéria, ou Purusha e Prakriti, são somente os dois aspectos primordiais do Um sem Segundo” — tal é o ensinamento.
23. Veja-se Handbook of the History of Philosophy de Schwegler, na tradução de Sterling, pág. 28.
O “Nous”, que faz mover a matéria, a Alma que a anima, imanente em todos os átomos, manifestada no homem, latente na pedra, tem graus diversos de poder; e esta idéia panteísta de um Espírito-Alma geral, que penetra toda a Natureza, é a mais antiga de todas as concepções filosóficas. O Arqueu não foi uma invenção de Paracelso nem de seu discípulo Van Helmont; pois que este Arqueu é o “Pai-Éter” localizado, a base manifestada e a origem de todos os fenômenos da vida. A série completa das inumeráveis especulações desta espécie não passa de variações sobre o mesmo tema, cuja nota predominante foi dada com aquela “revelação primitiva”.
ResponderExcluir(b) A palavra “Anupâdaka”, sem pais ou sem progenitores, é uma designação mística que tem várias significações em nossa filosofia. É o nome que se costuma dar aos Seres Celestes como os Dhyân Chohans ou os Dhyâni Buddhas. Estes últimos correspondem misticamente aos Buddhas e Bodhisattvas humanos, conhecidos por Mânushi (humanos) Buddhas e chamados mais tarde Anupâdaka, quando operada a fusão de sua personalidade com os seus Princípios Sexto e Sétimo combinados, ou Âtmâ-Buddhi, convertendo-se nas “Almas de Diamante” (Vajrasattvas)24 ou Mahâtmâs completos. O “Senhor Oculto” (Sang-bai Dag-po), “o que está imerso no Absoluto”, não pode ter pais, porque é existente por Si Mesmo, e Uno com O Espírito Universal (Svayambhu)25, Svabhâvat em seu mais elevado aspecto. Grande é o mistério da hierarquia dos Anupâdaka; o seu vértice é o Espírito-Alma Universal e a sua base os Mânushi Buddhas; e cada homem dotado de Alma é um Anupâdaka em estado latente. Daí o emprego da expressão: “a Grande Roda (o Universo) era Anupâdaka”, quando se alude ao Universo em seu estado sem forma, eterno e absoluto, antes de ser formado pelos “Construtores”.
24. Vajrapâni ou Vajradhara significa possuidor do diamante (Dorjesempa em tibetano, sempa significando a alma); e a qualidade adamantina refere-se à sua indestrutibilidade no futuro. A explicação de “Anupâdaka” contida no Kâla Chakra — o primeiro na divisão Gyut do Kanjur — é semi-esotérica, e induziu os orientalistas a errôneas especulações quanto aos Dhyâni-Buddhas e seus correspondentes terrestres, os Mânushi-Buddhas. A significação verdadeira vai indicada em volume subsequente, e a seu tempo será explicada com maior amplitude.
25. Citando de novo Hegel, que, como Schelling, aceitou praticamente o conceito panteísta dos Avatares periódicos (encarnações especiais do Espírito do Mundo no Homem, como sucede no caso de todos os grandes reformadores religiosos): “A essência do homem é o espírito... só descartando-se de seu modo de ser finito e abandonando-se voluntariamente à pura consciência de si mesmo é que pode alcançar a verdade. O Homem-Cristo, como homem em quem se manifestou a Unidade de Deus-Homem (identidade da consciência individual com a universal, segundo o ensinamento dos Vedantinos e de alguns Advaítas), resumiu em si, com sua morte e sua vida histórica em geral, a eterna história do Espírito, história que todo homem tem que realizar em si mesmo, a fim de existir como Espírito” (Philosophy of History, tradução inglesa de Sibree, pág. 340).
Do livro: A Doutrina Secreta - Vol. I - Cosmogênese
De: Helena Petrovna Blavatsky